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Especialização em Educação Escolar Contemporânea abre atividades letivas em solenidade

08/08/2017 16:17

Os mais novos estudantes de pós-graduação do campus Blumenau foram recepcionados na última sexta-feira (4/8), no auditório da Sede Acadêmica, em uma solenidade de boas-vindas e apresentação do projeto pedagógico do curso de especialização em Educação Escolar Contemporânea.

A coordenadora, Gestine Cássia Trindade e os professores Julio Faria Corrêa e Aldo Sena de Oliveira saudaram os alunos juntamente com o diretor do campus, João Luiz Martins, a chefe em exercício do Departamento de Engenharias e docente da especialização, Marilise Luiza Martins dos Reis Sayão, e a secretária de educação de Blumenau, Patrícia Lueders.

Antes de dar inicio às falas, os convidados tiveram a oportunidade de revisitar um pouco da música brasileira e sul-americana em uma apresentação de violão com Renato Emílio Hörbe e Igor Vinicius de França, estudante da Licenciatura em Química. Eles interpretaram clássicos de Tom Jobim, Ary Barroso, Chico Buarque, Candeia e Gerardo Matos Rodriguez.

Em seguida, a secretária municipal de educação, Patrícia Lueders destacou a importância do curso para a integração entre a educação básica e a universidade, especialmente em um momento em que se propõe a reformulação da base nacional comum curricular no país. O diálogo entre os profissionais da educação foi reforçado como essencial para alcançar bons resultados futuros junto à comunidade.

O professor Julio Corrêa aproveitou a oportunidade para ressaltar, como vice-líder do Grupo de Pesquisas em Fundamentos Histórico-Filosóficos da Educação (UFSC/CNPq), a relevância da pesquisa e seu impacto no desenvolvimento nacional. Ele aproveitou para traçar um breve histórico sobre as origens do fomento à investigação acadêmica e instigou os estudantes a repensarem as formas e os significados da pesquisa na academia.

Como chefe em exercício do Departamento de Ciências Exatas e educação e líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Ensino de Ciências e Matemática (UFSC/CNPq), o professor Aldo Sena de Oliveira destacou a atuação universitária nos três eixos – ensino, pesquisa e extensão – e fez uma retrospectiva sobre a concepção do curso de especialização, a primeira pública e gratuita da região do médio vale do Itajaí.

Para a coordenadora, Gestine Trindade, a abertura do curso de especialização marca a finalização da primeira etapa do processo de consolidação dos estudos na área da Educação no campus. Desde a criação do centro de Blumenau da UFSC, as discussões e formulações teórico-metodológicas sobre o tema, até então difusas, acabaram por se consolidar nos Grupos de Pesquisa que impulsionaram a criação da especialização. Para a docente, o curso trará ao debate temas essenciais como o tipo de escola existente na atualidade e a importância de resgatar autores clássicos para subsidiar tais reflexões.

Por fim, o diretor do campus, João Luiz Martins, encerrou a solenidade com um panorama das universidades públicas do Brasil, sua formação sócio-histórica e a importância das instituições para o país. Também aproveitou para evidenciar o caráter de formação continuada do curso de especialização proposto, tão importante para diminuir a desconexão de realidades presente entre os professores recém-formados e a escola básica. O diretor afirmou ainda que as políticas educacionais vigentes tratam por setorizar a educação, sendo necessário integrar todas suas esferas - da educação infantil ao ensino superior - para então operar uma mudança significativa no cenário social, político e econômico brasileiro.

Logo após a solenidade, os estudantes participaram de um coquetel organizado pela equipe docente do curso no Laboratório de Ensino de Matemática (LEMA) e assistiram à apresentação do projeto pedagógico do curso e dos professores, conduzida pelo professor Aldo Sena de Oliveira.

(Comunicação UFSC Blumenau. Fotos: Eduardo Amorim)

Tags: educaçãoescolaespecializaçãoPesquisapúblicauniversidade

UFSC Blumenau promove pesquisa sobre arte e cultura no campus

07/08/2017 17:17

Como forma de planejar e fomentar ações artísticas e culturais no campus, a UFSC Blumenau está promovendo uma pesquisa com os estudantes e servidores sobre os principais interesses da comunidade acadêmica - música, artes visuais, cinema, entre outros.

Para isso, convidamos todos (as) para responderem um questionário online. É fácil e rápido: apenas alguns minutinhos que podem auxiliar muito na organização de um calendário regular de iniciativas: acesse http://l.ufsc.br/bnupesquisa e contribua até o dia 18 de agosto.

 

Tags: arteculturaPesquisa

LabCTI desenvolve protótipo de aquaponia

07/06/2017 19:48

Alguns projetos nascem de uma indagação, outros para suprir alguma necessidade. Mas há aqueles que curiosamente iniciam da teimosia. Dirigida para uma finalidade criativa, ela pode render bons resultados. Ao menos é o que tem demonstrado o Professor Marcio Loos e a equipe do Laboratório de Ciência, Tecnologia e Inovação (LabCTI), do campus Blumenau.

Quando tinha doze anos, Loos encasquetou com uma ideia: queria ter um lago no terreno de em casa. Nem a negativa repetida dos pais impediu que um dia o pegassem com a enxada em mãos, cavando um buraco para, enfim, dar cabo do intento. “Aí não teve outro jeito, tiveram que me deixar fazer o lago”, lembra o professor rindo. Ainda antes de entrar na universidade, trabalhando para juntar o dinheiro que o possibilitaria cursar o primeiro semestre da faculdade de Física escondido dos pais, o professor Loos entrou em contato com o universo da piscicultura ao trabalhar em um “pesque e pague”.

Dessas experiências aparentemente desconexas do cotidiano atual do docente, que há três anos leciona na UFSC Blumenau, surgiu a ideia de montar, em laboratório, um protótipo acessível ao público que integrasse peixes e plantas, possibilitando o cultivo de chás e temperos em escala doméstica. O projeto de montagem de um sistema de aquaponia mobiliza uma equipe de vinte pessoas no LabCTI, formada por alunos de graduação do campus Blumenau e bolsistas de ensino médio (PIBIC EM). Iniciado em agosto de 2016 ele deve ser finalizado em julho deste ano.

Mas afinal, o que é aquaponia?

A aquaponia é uma técnica que conjuga práticas da hidroponia e da aquicultura. Ela consiste em um ciclo no qual a água utilizada em um aquário é bombeada para uma horta acima do nível do viveiro. Assim a água com nutrientes proveniente dos peixes é levada para a cama de cultivo onde as plantas absorvem esses nutrientes e fazem um processo de filtragem. Esta água filtrada retorna ao aquário, fazendo com que o ciclo continue (ver imagem).

A utilização de peixes, além de fornecer nutrientes para as plantas, gera um complexo sustentável e eficiente. A economia de água pode chegar a 90% em relação à agricultura convencional e ainda eliminar completamente a liberação de resíduos no meio ambiente, pois se trata de um sistema fechado. Economicamente, a aquaponia tem um custo de implantação mais baixo se comparado à hidroponia, possibilita uma produtividade elevada em pequenos espaços, diversificação na produção, dispensa o uso de defensivos agrícolas e pode ser instalada em centros urbanos e, até mesmo, em zonas com pouca disponibilidade de água doce.

A tecnologia já é utilizada na Comunidade Europeia, México, Austrália e Ásia Oriental. No Brasil, a Embrapa tem investido, desde 2014, em estudos para implantação de sistemas de aquaponia, com destaque para projetos desenvolvidos em Sergipe.

 

Tentativas, erros e acertos

Para auxiliar no projeto piloto da UFSC, o professor Loos entrou em contato com o Engenheiro de Aquicultura Marcos Nicolás Blum, referência na área em Santa Catarina, para obter as orientações básicas. Logo após, cada etapa foi delegada a grupos menores entre os integrantes do projeto no LabCTI - pesquisa da melhor forma de iluminação, criação do sistema de bombeamento e filtragem de água, mapeamento das espécies de peixes, plantas e até mesmo a construção de um sistema automatizado para fornecer a ração periodicamente aos animais.

Na entrada do bloco B da Sede Acadêmica encontra-se um dos protótipos em atividade. Nas primeiras tentativas, utilizaram-se tilápias nos tanques de piscicultura. Porém, devido ao tamanho atingido pelo peixe na fase adulta, foi feita a troca por lambaris. As espécies comerciais de aquário não são indicadas para a atividade por serem muito sensíveis a variações de temperatura e pH. Na prancha de cultivo vegetal há variedades como alface, cebolinha, manjericão e hortelã.

Periodicamente os bolsistas monitoram a qualidade da água, a quantidade de sais, amônia, oxigênio e a adaptação dos animais e plantas ao ambiente. Quando questionados (as) sobre o principal problema já encontrado durante a construção do sistema, os (as) bolsistas Mariana Pontara, Maria Clara Lima, Gabriel Schmdit e Pedro Bernardo foram unânimes: “Logo no início todos os peixes morreram” lembraram em tom tragicômico. Outro instrumento que demandou várias tentativas durante a construção foi o chamado copo de Pitágoras, responsável por manter constante o nível da água armazenado na cama de cultivo. Conseguir o diâmetro ideal foi um dos desafios para fazer com que a peça funcionasse de modo adequado.

Para automatizar o fornecimento periódico de ração aos peixes e o controle de iluminação artificial, a bolsista Gabriela Antunes está utilizando o Arduino, uma plataforma de prototipagem eletrônica, para programar essas funcionalidades. Como o projeto prevê um modelo de aquaponia doméstico, a proposta é tornar o sistema o mais autônomo possível.

Aprendizado além da sala convencional

Com uma equipe heterogênea e horários variados de trabalho, é preciso manter uma boa sintonia em laboratório para evitar o retrabalho dentro do projeto. Para isso, os (as) alunos (as) mantém um “diário de bordo” online onde são descritas as atividades do dia e relatórios. Assim garante-se uma continuidade na rotina. “Para os (as) bolsistas é uma boa oportunidade para desenvolver o senso de organização, o espírito de trabalho em equipe, além de instiga-los (as) a achar soluções para os problemas que são encontrados pelo caminho”, explica o professor Loos.

Como monitores da equipe atuam os graduandos Diogo Guimarães da Silva (Engenharia Têxtil), Igor Vinícius de França (Licenciatura em Química) e Gabriel Henrique Dal­ Ri (Engenharia de Materiais). Entre os (as) bolsistas de ensino médio, engana-se quem acha que apenas aqueles com afinidade com a área de exatas e biológicas se interessam pelas atividades. Mariana quer fazer vestibular para Publicidade e Propaganda. Seus demais colegas de equipe – entre uma indecisão aqui outra ali – flertam mais com as engenharias.

Para as disciplinas escolares, a vivência no laboratório ajuda a estabelecer paralelos entre prática e teoria. Os bolsistas afirmam que os conteúdos de biologia e física começaram a fazer mais sentido depois de verem as aplicações conceituais se desenrolando ao longo das atividades. Uma coisa é certa: independente da área profissional almejada pelos futuros universitários, as habilidades proporcionadas pela experiência certamente servirão para a vida.

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Para saber mais

Embrapa: https://www.embrapa.br/tabuleiros-costeiros/projetos

Canal Rural: http://www.canalrural.com.br/noticias/rural-noticias/aquaponia-economiza-agua-usada-producao-65949

(Camila Collato/Comunicação UFSC Blumenau)

Tags: aquaponiaExtensãohidroponialabctiPesquisapibicpisciculturaprojeto
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