UFSC na mídia: Jovens criam pulseira para ajudar pessoas cegas ou com baixa visão

17/06/2020 19:39

Anderson Cordeiro de Souza, Dartagnan Scalon Machado e Érique Moser

Anderson Cordeiro de Souza, Dartagnan Scalon Machado e Érique Moser, estudantes da UFSC Blumenau, desenvolveram a Pulseira Vision, ideia aprovada na última edição do Programa Nascer, realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc) em parceria com o Sebrae/SC.

O acessório serve para informar o nome de lojas ou outros estabelecimentos a pessoas com deficiência visual. Assim, não será preciso abordar pessoas na rua e perguntar, uma conduta especialmente não recomendada no contexto da pandemia da Covid-19.

Cada comércio que quiser se tornar mais acessível, deverá ter um dispositivo chamado BlindBox, que emite um sinal contendo as informações do local e que serão recebidas pelo equipamento. Quando o usuário passar pela frente, sentirá uma vibração e poderá escolher se aceita ou não saber qual é o estabelecimento.

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Coronavírus: projeto da UFSC Blumenau elabora vídeos para conscientização de crianças sobre cuidados preventivos

27/03/2020 15:53

A pandemia de coronavírus ainda mantém o alerta de saúde ligado no mundo todo. No Brasil, o primeiro caso de Covid-19 foi confirmado em São Paulo no dia 26/2 e, em poucas semanas, diversas cidades confirmaram casos da doença.

Em Santa Catarina, a quarentena segue como medida governamental de contenção até o próximo dia 1/4, para que o vírus não atinja ainda mais pessoas. Os grupos vulneráveis (pessoas com doenças crônicas preexistentes e idosos) são aqueles que recebem a maior atenção neste momento.

Porém, uma outra parcela da sociedade também deve ser considerada na força-tarefa contra o coronavírus: as crianças. Com o objetivo de conscientizá-las sobre esse momento e divulgar informações com base científica, um projeto da UFSC coordenado pelos professores Aldo Sena de Oliveira e Renata Orlandi, elaborou dois vídeos com dicas de prevenção com foco na população infantil.

 

Acessibilidade e visibilidade

Augusto e sua bicicleta adaptada. Mountain bike já lhe rendeu diversas premiações.

Os vídeos foram elaborados com a intenção de alcançar o maior número possível de crianças e, para isso, possuem duas versões: uma com tradução e interpretação em Libras e outra com audiodescrição.

Somaram-se aos esforços de produção a professora Fabiana Schmitt Corrêa; Aline Guesser e Patrícia Taffarel, do Serviço de Tradução/Interpretação de Libras-Português do Campus Blumenau da UFSC; e voluntários na parte de audiodescrição e na gravação da música composta para o projeto (créditos ao final). Entre os apoiadores estão ainda o Colméia - Coletivo de Artes e o Laboratório de Ciência Tecnologia e Inovação da UFSC Blumenau - LABCTI.

Augusto Selhorst, de nove anos, protagoniza a produção. Ele é uma criança com deficiência visual, natural de Indaial/SC e sua contribuição para o projeto se deu por meio do contato dos docentes da UFSC com a Rede de Inclusão. Augusto contou ainda com a participação de seu amigo, Yago Gabriel de Liz, durante as filmagens.

Diagnosticado com glaucoma congênito, Augusto não permite que as barreiras impostas às crianças com deficiência visual restrinjam a vivência de uma infância plena. Além de “ator” nas horas vagas, ele acumula premiações no ciclismo e no judô. Entre suas premiações na mountain bike, incluem-se dois troféus feitos em braile especialmente para ele.

Participe do próximo vídeo!

É possível que outras crianças interessadas também participem do projeto de divulgação científica. Para isso, basta entrar em contato com os professores Aldo ou Renata ( | ).

Seguem abaixo orientações e um breve roteiro de vídeo para quem quiser gravar o seu de casa e enviar para a UFSC Blumenau:

No smartphone

  1. Limpe a lente
  2. Atenção ao áudio
  3. Filme na horizontal
  4. Use as duas mãos
  5. Use a luz a seu favor, não faça o vídeo contra a luz
  6. Não coloque bordas ou efeitos
  7. Verifique o enquadramento
  8. Solicite aos coordenadores a música do projeto

 

Roteiro para gravação do vídeo de prevenção do Covid-19 e demais doenças relacionadas à higienização das mãos

  1. Molhe as mãozinhas com água
  2. Passe sabão ou coloque sabonete líquido suficiente para cobrir as duas mãos
  3. Esfregue as mãozinhas uma na outra, espalhando o sabão
  4. Junte as mãozinhas e cruze (entrelace) os dedinhos, esfregando todos eles ao mesmo tempo
  5. Passe os dedinhos na parte de trás de cada mãozinha, para ficar tudo bem limpinho
  6. Agora vamos lavar cada dedinho: a mão direita será nossa esponjinha e lavará cada dedinho da mão esquerda, esfregando cada um, depois nossa mão esquerda será nossa esponjinha para lavar os dedinhos da mão direita
  7. Lave todos os dedinhos e as unhas de cada um
  8. Enxague as mãozinhas com água até tirar todo o sabão
  9. Seque as mãozinhas
  10. Não esqueça de manter as unhas bem aparadas

 

Caso não esteja em casa e sem acesso para lavar as mãos com água e sabão, o mesmo procedimento acima deve ser adotado com o álcool gel.

 

Mensagem da equipe de produção

Desejamos fortemente que, após a quarentena, todos os pais e responsáveis por crianças, especialmente os homens pais, assumam o compromisso e disponham do tempo necessário para seguir brincando com os seus filhos. Também ficaremos muito felizes quando todas as crianças tiverem bons motivos para voltar para a escola. Voltar para uma escola justa, inclusiva, onde todas e todos, com ou sem deficiência, ricos e pobres, negros e brancos, toda a pluralidade que as infâncias abarcam, seja convidada para jogar bola”.

 

Créditos

Augusto Selhorst

Yago Gabriel de Liz (amigo)

Márcio Selhorst (cineasta)

 

Professores Coordenadores

Aldo Sena de Oliveira

Renata Orlandi

Professora de Libras

Fabiana Schimitt Corrêa

Intérprete de Libras

Aline Vanessa Poltronieri Gesser

Áudio-descritora voluntária

Mara Rubian Matteussi Garcia Kortelt

Consultora e Áudio-descritora voluntária

Luana Tillmann

Estudantes Voluntários da UFSC

Luana Magnani

Luis Fernando Magnani

Vantuir Dionísio Junior

Melodia

Marcos Roberto da Silva

Composição

Renata Orlandi

 

(Camila Collato/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau)

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Projeto da UFSC Blumenau é semifinalista do Prêmio Brasil Criativo

01/11/2019 16:29

Jaqueta com dispositivo acoplado no interior envia mensagem a aplicativo no caso de quedas e permite o monitoramento por parte de amigos e familiares.

(Atualizada em 08/11/2019, às 11h22min)

O projeto Tecnologias assistivas aplicadas ao vestuário coordenado pela professora Grazyella Cristina Oliveira de Aguiar, do curso de Engenharia Têxtil da UFSC Blumenau, está entre os semifinalistas da categoria Design do Prêmio Brasil Criativo. A equipe é composta pela acadêmica Fabieli Breier do curso de Engenharia Têxtil, pelo acadêmico Christian Mailer, do curso de Engenharia de Controle e Automação e pelo professor Leonardo Mejia Rincon, do Departamento de Engenharia de Controle, Automação e Computação (CAC/UFSC/BNU) .

Em parceria com a Associação Blumenauense de Deficientes Físicos (Abludef), a equipe desenvolveu três modelos de roupas que, além de inclusivos, promovem a saúde e o bem-estar. As peças, pensadas para auxiliar pessoas com deficiência física, contam com uma tecnologia exclusiva no tecido que permite melhorar a circulação sanguínea e possuem sensores acoplados para a prevenção de acidentes - saiba mais aqui.

O Prêmio Brasil Criativo é promovido pelo Ministério da Cidadania e 3M e chega a sua 3ª edição em 2019 como propósito de valorizar atitudes criativas. Consolidado como a Premiação Oficial da Economia Criativa, os principais objetivos do Prêmio são: revelar, valorizar e preservar a diversidade criativa do povo brasileiro; reconhecer ações inovadoras do empreendedorismo criativo no país e fortalecer as políticas de economia criativa no Brasil e fomentar a rede de empreendedores que fazem parte desse setor.

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Erramos

O projeto encontra-se entre os semifinalistas da competição na categoria "Design" e não como finalista, conforme divulgado no dia 1º de novembro. A divulgação dos finalistas será realizada no dia 8 de novembro.

 

(Camila Collato/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau, com informações Prêmio Brasil Criativo)

 

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Parceria entre UFSC, Furb, IFSC e Centro Braile promove a inclusão e a acessibilidade em atrações do Colmeia 2019

23/08/2019 17:42

O Teatro Carlos Gomes, em Blumenau, receberá a oitava edição do Colmeia, coletivo independente de arte e cultura, nos dias 24 e 25 de agosto. Serão dois dias de música, exposições, oficinas, teatro e demais expressões artísticas reunidas em uma programação totalmente gratuita.

Reconhecido com um espaço amplamente democrático e plural, o Colmeia deste ano não se restringe à abertura de um dos espaços mais tradicionais da cidade a variadas modalidades artísticas, mas também ao público – a todos os públicos. Para a edição 2019 haverá a chamada “Rota Acessível” que congrega espetáculos, exposições e poemas que terão audiodescrição, tradução em Libras e braile, permitindo assim que pessoas com deficiência auditiva e visual possam interagir com as atrações.

Uma das exposições congregará produções dos associados da Associação de Cegos do Vale do Itajaí (Acevali). “À luz do seu olhar” propõe uma reflexão para que o próprio expectador (re)signifique o papel da imagem sob o olhar de uma pessoa com baixa visão ou com cegueira total. As obras foram produzidas por meio de oficinas, que contaram com a colaboração de alunos dos cursos de Engenharia Têxtil e Engenharia de Materiais da UFSC Blumenau e de Licenciatura em Dança da Furb. O projeto foi coordenado pelas professoras Grazyella Cristina Oliveira de Aguiar e Renata Orlandi, por meio de Prática Curricular de Inovação, Desenvolvimento Regional e Interação Social (Pidris).

“Compreendemos este trabalho como uma cocriação acessível aos sentidos disponibilizados pelo(a) observador(a), sejam eles fisiológicos, éticos ou estéticos”, explica a Profa. Renata Orlandi. Para o desenvolvimento das atividades foi utilizada a técnica stencil, na qual se aplica um desenho ou ilustração - que pode representar um número, letra, símbolo tipográfico ou qualquer outra forma ou imagem, figurativa ou abstrata - através do uso de tinta. Cada associado(a) da Acevali escolheu um molde e recebeu uma amostra de tecido 100% algodão para, a partir da mesma, dar início a sua criação. Cada um dele(a)s foi acompanhado(a) por um(a) estudante que áudio-descreveu a imagem representada no stencil e depois o auxiliou no processo de pintura. As imagens vazadas utilizadas remetem a ícones do cinema como Charles Chaplin e Sophia Loren e da música, como Elvis Presley, Madonna e Paul McCartney - figuras presentes no imaginário dos associados. Ao final, os associados assinaram suas obras.

Garantia de Direitos – a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, estabelecida em Assembleia Geral das Nações Unidas, em seu artigo 30 assegura a participação das pessoas com deficiência na vida cultural, recreação, lazer e esporte em igualdade de oportunidades com os demais. Ainda a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) garante à pessoa com deficiência acesso a bens culturais em formato acessível, sejam esses programas de televisão, cinema, teatro e/ou atividades esportivas.

Veja as obras expostas no Colmeia 2019

Estudantes que colaboraram

Ana Aline Mendes Paim
André Luiz Marquardt
David Spila Dias Rocha
Franciele Lemes Rosa
Karina da Silva Medeiros
Kerolyn Paula Freire Wirmond
Carolina D'avila Kramer Cavalcanti
Luiza Helena Ferreira Moreira
Larissa Theodoro da Silva
Lucas Moreira Araujo

Rota Acessível Colmeia 2019

TEATRO

Sábado (24/8)
Espetáculo "Tartufo"
Grupo: Grupo de Teatro FIC
Local: Praça
Horário: 14h
Acessibilidade disponível: LIBRAS e Audiodescrição

Domingo (25/8)
Espetáculo "A menina buscava o sol"
Grupo: Enloucrescer
Local: Palco do Grande Auditório.
Horário: 11h
Acessibilidade disponível: LIBRAS

ARTES PLÁSTICAS

Artistas:
- Tita Tinta Ilustrações - audiodescrição
- Fogaça - audiodescrição
- João Victor Elias - audiodescrição
- Carolina Peretti - audiodescrição
- Danrlei - audiodescrição
- Raquel Gastaldi - obras táteis
Local: Salão Centenário
Hora: durante todo o evento
Acessibilidade Disponível: audiodescrição e obras táteis

LITERATURA

Ação: POEMAS IMPRESSOS EM BRAILE
Local: Sala Superior A
Horário: Durante todo o evento.

Ação: CABINE POÉTICA COM POESIAS EM ÁUDIO.
Autor: Blenda Silva
Local: Sala superior A
Horário: Durante todo o evento

Ação: DECLAMAÇÃO COM INTERPRETAÇÃO EM LIBRAS
Autor: Tai Calegaro
Local: Pequeno auditório
Horário: 13:30h

MÚSICA

Artista: Paulo Germano
Local: Pequeno Auditório
Horário: 17h30

Acessibilidade: Interpretação em Libras

Artista: Léo Vieira
Local: Pequeno Auditório
Horário: 19h
Acessibilidade: Interpretação em Libras

(Camila Collato/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau 

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Desfile emociona o público na Semana da Inclusão

25/09/2018 11:49

(Atualizada em 25/09/2018, às 17h50min)

A UFSC Blumenau participou do "Dia D" da Semana Inclusiva 2018. O evento foi realizado no último sábado (15/9), no Complexo Esportivo do SESI Blumenau, das 9h às 14h. A UFSC foi representada pelos docentes Fabiana Schmitt Corrêa, Fernanda Luiza de Faria, Graziela Piccoli Richetti, Grazyella Cristina Oliveira de Aguiar, Jorge Cássio Nóbriga, Nério Bogoni Júnior e Renata Orlandi, pela intérprete em libras Patrícia Taffarel e vinte estudantes dos cursos de Licenciatura em Química, Licenciatura em Matemática e Engenharia Têxtil.

A programação incluiu um desfile de moda inclusiva, organizado por docentes e acadêmica(o)s da UFSC e Furb e Uniasselvi/FAMEG. Com relação à colaboração da UFSC Blumenau, estudantes do curso de Engenharia Têxtil responsabilizaram-se pela customização das peças que foram desfiladas, as quais, em sua maioria, foram disponibilizadas pelo Brechó da Associação de Cegos do Vale do Itajaí (ACEVALI), visando a problematização da sustentabilidade na perspectiva do consumo consciente, bem como a inclusão das pessoas com deficiência no mundo do trabalho, destacando-se também a sensibilização da indústria têxtil no que tange à moda inclusiva. Já os alunos das licenciaturas em Matemática e Química buscaram desenvolver a tradução simultânea em LIBRAS e a audiodescrição do evento, bem como uma mesa dedicada à arte atrelada à cultura surda.

Durante o evento, os professores que estavam no stand da UFSC aproveitaram para conversar com os visitantes sobre as atividades desenvolvidas no campus, distribuíram folhetos informativos dos cursos de graduação e pós-graduação oferecidos e divulgaram o Vestibular UFSC/2019.

Depoimentos de quem esteve lá

"Participar desse evento foi um processo de muito aprendizado, desde o momento que fui convidado para auxiliar na organização até sua concepção. Um grande desafio, visto que este foi o primeiro desfile do qual participei efetivamente, mas o trabalho realizado em conjunto com outras pessoas resultou em algo realmente esplêndido, que foi confirmado no último dia 15".

- Gabriel Matheus Klutckowski

"Minha percepção foi que não importa quem somos ou como somos, todas as pessoas indiferente de qualquer dificuldade física é capaz de realizar uma atividade. E um desfile de moda onde os modelos sempre estão cuidando de sua aparência física para estar dentro das medidas, esse modelo pode ser substituído por uma pessoa com alguma limitação que essa pessoa irá dar o melhor de si para impressionar o público que está assistindo. Exemplo foi o meu modelo que desfilou com muita alegria e vontade sem se importar de como é sua deficiência. E ainda trouxe muita alegria com quem estava assistindo".

- Jean Carlos Fantoni

"Quando falei a professora Renata Orlandi sobre o meu tema do Pcc para matéria de Psicologia Educacional que seria sobre inclusão e deficiência, ela comentou sobre o desfile inclusivo que seria realizado dia 15/09 que poderia fazer baseado no mesmo, a primeira coisa na qual eu pensei foi a data da realização que estava em cima da hora, porém só de pensar na questão do privilégio de conhecer 20 pessoas com deficiência nas quais são pessoas incríveis, a correria passou a ser felicidade. Foi um evento organizado às pressas mas com uma magnitude inestimável e com o passar das entrevistas pude conhecer um pouco de cada modelo, suas dificuldades, reviravoltas que deram na vida e como se adaptaram. Tive o prazer em conhecer dois modelos pessoalmente, um deles foi a Paula, que com o relato de sua mãe sobre suas dificuldades e evoluções, pude notar o quão maravilhosa ela é, a cada sorriso que ela dava e as formas dela de se expressar sem nem precisar falar me fizeram agradecer por estar ali,assim como os abraços que ganhei do Henry ( o outro menino que conheci pessoalmente), mesmo no meio da loucura e correria, ali com aqueles sorrisos e abraços, fizeram tudo valer a pena! Foi e ainda é uma experiência que levarei com muito gosto no decorrer da minha vida, fico muito grata por ter conhecido um pouquinho de cada um deles e ter feito parte disso tudo".

- Kimberly Soares de Andrade

"O projeto é fantástico e promoveu várias reflexões referente a pessoa com deficiência. Todos os profissionais e alunos envolvidos no projeto tiveram uma experiência gratificante que levarão para toda vida. Eu como pessoa com deficiência e professora da UFSC,  fiquei admirada com empenho e dedicação e todos, e fiquei muito feliz de ver muitas pessoas aprendendo e compartilhando os conhecimentos."

- Fabiana Schmitt Corrêa

"Eu me apaixonei, foi tudo surpresa. A roupa será que vai servir? A Ana Carolina vai desfilar certinho? A cada vez ganho um presente: minha filha arrasou. Minha filha, meu presente, minha vida. ELA NÃO ANDA, ELA DESFILA!"

- Maria Aparecida Naumann

"Eu amei senti uma modelo, na hora do desfile fiquei muito feliz, deu vontade de rir gostaria de desfilar mais. Fiquei emocionada, obrigada pela oportunidade."

- Ana Carolina Naumann

Veja as fotos do evento abaixo

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Graduanda de Engenharia Têxtil classificada para Prêmio Brasil Sul de Moda Inclusiva

23/11/2017 08:52

Fabieli Breier desenvolveu looks agênero, inteligentes e acessíveis

A acadêmica Fabieli Diones Breier, do curso de Engenharia Têxtil, foi classificada para participar do desfile do Prêmio Brasil Sul de Moda Inclusiva. O evento será realizado nesta quinta-feira (23/11), a partir das 19 horas, no Majestic Palace Hotel, em Florianópolis-SC.

Fabieli é bacharel em Design de Moda e, atualmente, está no terceiro ano do curso de Engenharia Têxtil da UFSC Blumenau. Ela criou três looks pensados para serem usados por pessoas com algum tipo de deficiência, seguindo as premissas do Desenho Universal. Aplicado ao desenvolvimento de produto, o desenho incide em artigos que possam ser utilizados por todas as pessoas, na sua máxima extensão possível - ou seja, por pessoas com ou sem deficiência.

As modelagens das peças foram desenvolvidas pensando no conceito agênero, sem gênero ou pós-gênero, sem se restringir no modelo binário de gênero: homem ou mulher. As formas das roupas também foram pensadas em auxiliar, de alguma forma, pessoas com deficiência visual. Os decotes das blusas são mais abertos e possuem a mesma altura tanto na frente, quanto nas costas. As costuras das peças possuem acabamento limpo, diminuindo o desconforto ao contato com a pele.

A peça-chave é uma jaqueta com a estampa do quadro na parte frontal e nas costas. O diferencial dela é a aplicação de dispositivos eletrônicos inseridos na linha do peitoral e dentro do forro, criados para auxiliar deficientes visuais a detectarem obstáculos por meio de sensores ultrassônicos e componentes de vibrações. Os tecidos escolhidos amassam menos, permitem uma melhor transpiração e possuem um toque agradável ao vestir.

A linguagem estética da coleção foi inspirada na obra Bailarina, do artista Antônio da Silva e na tendência artsy de inverno 2018, a qual faz alusão a comunicação visual de diferentes artes visuais e diversas obras de artistas (ver imagem abaixo). “As peças foram criadas para adultos com estatura mediana, mas, também, pensadas para pessoas que fazem parte da nova geração da terceira idade. Pessoas que são vaidosas e com atitude, independentemente da idade. São conectadas e com o passar do tempo suas belezas são ressaltadas”, explica a Profa. Grazyella Cristina Oliveira de Aguiar, coordenadora do projeto de pesquisa A moda é para todos: estudo dos princípios do Desenho Universal aplicados ao vestuário, do qual Fabieli é bolsista.

Foto do quadro “Bailarina” da série “Música em Cores” (Antônio da Silva, 2016)
#PraCegoVer: A foto enquadra a tela “Bailarina” que está pendurada em uma parede branca. Obra pintada principalmente nas tonalidades de azul, de vermelho e de branco. No fundo da tela predominam texturas abstratas, pinceladas misturadas nas cores citadas e em relevo. Como elemento principal da obra, encontram-se da esquerda para direita silhuetas, contornos de corpos de cinco bailarinas em movimento que foram pintadas de branco e em relevo.

Além da orientação técnica na parte de desenvolvimento de produto, Fabieli contou com o apoio e orientação técnica da parte tecnológica do professor do curso de Engenharia de Controle e Automação, Alex Sandro Roschildt Pinto, e do acadêmico Christian Mailer, que montou os dispositivos eletrônicos e fez a programação.

(Comunicação UFSC Blumenau, com informações Grazyella Cristina Oliveira de Aguiar)

Fotos

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Licenciandos participam de atividades sobre acessibilidade no campus

20/11/2017 22:42

Há quem diga que o melhor aprendizado vem da experiência. Essa afirmação ganhou sentido ainda maior para os estudantes das Licenciaturas em Química e Matemática do campus Blumenau, nos dias 26/10 e 09/11. A professora Fabiana Schmitt Corrêa, que ministra a disciplina de Educação Especial, promoveu uma atividade para que os estudantes percebam as barreiras arquitetônicas que se colocam aos deficientes físicos e visuais no campus.

Para isso as turmas exploraram os blocos A e B da Sede Acadêmica utilizando vendas, bengalas, andadores, cadeira de rodas e muletas. Eles adentraram salas, secretarias, biblioteca e utilizaram equipamentos como os elevadores. Os estudantes puderam observar dificuldades de locomoção, a falta de espaço para mobilidade da cadeira de rodas e de referências táteis e sonoras.

“Esta ação promoveu um exercício de empatia e oportunidade de revisão de concepções, desconstrução de preconceitos a respeito da pessoa com deficiência, destacando a mobilidade e acesso das pessoas com deficiência visuais e físicas. Espero que a partir dessa ação, os alunos licenciandos reflitam sobre o direito da pessoa com deficiência, de acessibilidade, de equidade e de inclusão” avaliou a docente.

Fabiana agradeceu ainda à FURB e à ABLUDEF que contribuíram para a realização dessa experiência, cedendo os equipamentos como cadeira de rodas, bengalas, andador e muletas.

Opinião de quem participou

"Foram atividades de empatia. Com base nas nossas próprias suposições e impressões, tentamos compreender os desafios impostos às pessoas com deficiência física ou visual no dia a dia da instituição, além de refletir sobre a melhor forma de ajudá-las em situações de dificuldade.

Em alguns minutos, encontramos diversos obstáculos que podem dificultar ou impossibilitar a mobilidade dentro do campus: não há audiodescrição nos elevadores, pisos táteis nos corredores, nem placas ou mapas de localização em braile para maior independência da pessoa com deficiência visual. De forma análoga, alguns dos livros da biblioteca estavam dispostos em prateleiras a alturas inacessíveis para pessoas em cadeiras de rodas e os banheiros, classificados como adaptados, eram de difícil utilização e estavam ocupados enquanto banheiros comuns estavam livres. Além disso, não há rampas de acesso ao bloco B nem na saída de emergência, limitando o direito de ir e vir de pessoas com deficiências físicas.

O mais surpreendente foi perceber que o problema não estava na nossa maior ou menor limitação fisiológica, mas na consciência de o ambiente que nos cercava estava despreparado para atender às nossas necessidades e que as pessoas se sentiam desconfortáveis para se aproximar e prestar auxílio."

* Morgana Aline Voigt, Licencianda em Química

Fotos

 

(Comunicação UFSC Blumenau, com informações da docente)

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