Professora lança canal no YouTube que ensina Libras para ouvintes

18/06/2020 14:16

A professora da UFSC Blumenau Fabiana Schmitt Corrêa lançou um canal no YouTube intitulado Um Sinal de Inclusão, onde ensina a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para ouvintes. A ideia surgiu nesse momento de distanciamento social, provocado pela pandemia do novo coronavírus, para divulgar a língua e informações sobre a comunidade surda.

Fabiana explica que os temas dos vídeos são pensados para a comunicação do cotidiano, como saudações, contexto de alimentação, animais e lugares públicos de Blumenau. No entanto, o canal está aberto para sugestões. “Estamos sempre observando os comentários dos vídeos para suprir os interesses das pessoas que acompanham o canal. Foram solicitados temas referentes aos espaços e utensílios de casa e já estamos providenciando esse vídeo”, revela.

Além de ensinar os sinais para a interação cotidiana, os vídeos também trazem curiosidades referentes à língua e apresentam o uso da gramática. Para ajudar na elaboração dos vídeos, a professora conta com a bolsista voluntária Morgana Aline Voigt, formada no curso de Licenciatura em Química da UFSC Blumenau e atualmente aluna do mestrado em Nanociência, Processos e Materiais Avançados, também no Campus Blumenau.

Fabiana conta que atualmente ainda é comum que familiares de pessoas surdas se sintam inseguros sobre o uso da Libras. “A difusão da língua de sinais e a apresentação da cultura surda à sociedade promove a aproximação entre pessoas surdas e ouvintes, rompendo a barreira comunicacional e atitudinal. Esperamos que esse projeto amplie o conhecimento das pessoas e elimine o preconceito referente à Libras”, completa a professora.

O canal faz parte do projeto de extensão "Libras: comunicação e informação", coordenado pela professora Fabiana. Além do canal para difusão da língua, o projeto inclui ainda a tradução dos boletins sobre o coronavírus emitidos pela Prefeitura de Blumenau.

(Daiana Martini/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau)

Tags: acessibilidadeExtensãoinclusãoLIBRAS

CTE realiza pesquisa sobre inclusão digital dos estudantes dos cursos de graduação

22/05/2020 13:05

O Centro Tecnológico, de Ciências Exatas e Educação (CTE) do Campus Blumenau da UFSC lançou nesta sexta-feira, 22 de maio, uma pesquisa para levantar informações sobre o nível de inclusão digital dos estudantes dos cursos de graduação. O objetivo é avaliar as condições dos alunos em acompanharem de forma remota as disciplinas em que estão matriculados no semestre 2020.1.

No formulário, os alunos devem indicar, por exemplo, se possuem acesso a computador e à internet em seu local de isolamento. As informações levantadas serão usadas para o planejamento de atividades que possam ser feitas a distância, conforme explicação do Prof. João Luiz Martins, diretor do Centro Tecnológico, de Ciências Exatas e Educação (CTE), em transmissão ao vivo realizada nesta quarta-feira, 20 de maio.

Todos os alunos regulares dos cursos de graduação devem responder ao formulário eletrônico, que ficará disponível até a próxima quarta-feira, 27 de maio.

Para acessar o formulário, clique aqui.

(Daiana Martini/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau)

Tags: Centro Tecnológico de Ciências Exatas e EducaçãoCoronavírusinclusãoNAENUPEPesquisa

Projeto da UFSC Blumenau é semifinalista do Prêmio Brasil Criativo

01/11/2019 16:29

Jaqueta com dispositivo acoplado no interior envia mensagem a aplicativo no caso de quedas e permite o monitoramento por parte de amigos e familiares.

(Atualizada em 08/11/2019, às 11h22min)

O projeto Tecnologias assistivas aplicadas ao vestuário coordenado pela professora Grazyella Cristina Oliveira de Aguiar, do curso de Engenharia Têxtil da UFSC Blumenau, está entre os semifinalistas da categoria Design do Prêmio Brasil Criativo. A equipe é composta pela acadêmica Fabieli Breier do curso de Engenharia Têxtil, pelo acadêmico Christian Mailer, do curso de Engenharia de Controle e Automação e pelo professor Leonardo Mejia Rincon, do Departamento de Engenharia de Controle, Automação e Computação (CAC/UFSC/BNU) .

Em parceria com a Associação Blumenauense de Deficientes Físicos (Abludef), a equipe desenvolveu três modelos de roupas que, além de inclusivos, promovem a saúde e o bem-estar. As peças, pensadas para auxiliar pessoas com deficiência física, contam com uma tecnologia exclusiva no tecido que permite melhorar a circulação sanguínea e possuem sensores acoplados para a prevenção de acidentes - saiba mais aqui.

O Prêmio Brasil Criativo é promovido pelo Ministério da Cidadania e 3M e chega a sua 3ª edição em 2019 como propósito de valorizar atitudes criativas. Consolidado como a Premiação Oficial da Economia Criativa, os principais objetivos do Prêmio são: revelar, valorizar e preservar a diversidade criativa do povo brasileiro; reconhecer ações inovadoras do empreendedorismo criativo no país e fortalecer as políticas de economia criativa no Brasil e fomentar a rede de empreendedores que fazem parte desse setor.

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Erramos

O projeto encontra-se entre os semifinalistas da competição na categoria "Design" e não como finalista, conforme divulgado no dia 1º de novembro. A divulgação dos finalistas será realizada no dia 8 de novembro.

 

(Camila Collato/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau, com informações Prêmio Brasil Criativo)

 

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Estudantes e servidores da UFSC Blumenau participam do Feirão de Empregos para Pessoas com Deficiência

24/09/2019 18:08

A UFSC Blumenau esteve presente no Feirão de Empregos para Pessoas com Deficiência e Reabilitados Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), realizado no dia 21/09, no Complexo Esportivo do Sesi, em Blumenau. A iniciativa inseriu-se na programação da Semana Inclusiva de Blumenau e Região, promovida pela  Rede de Inclusão, Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Comped), Ministério Público do Trabalho (MPT), Secretaria de Inspeção do Trabalho e Ministério da Economia. O evento contou com cerca de cem estandes, com ofertas de inserção no mercado de trabalho, oportunidades de cursos técnicos e superiores, atividades lúdicas e artístico-culturais, bem como oportunidades de acesso a informações sobre outros setores ou instituições sociais.

A UFSC Blumenau contou com um estande e aproximadamente vinte voluntários, entre discentes e servidores, os quais colaboraram tanto na organização do evento, quanto na divulgação da Universidade para os participantes. Foram feitas apresentações de trabalhos de conclusão de curso (TCCs), projetos de extensão e pesquisa de caráter inclusivo - apresentados pessoalmente e em vídeo com tradução em LIBRAS - materiais pedagógicos elaborados para pessoas com deficiência visual e projetos desenvolvidos pelos cursos de Engenharia de Materiais, Engenharia Têxtil, Licenciatura em Química e Licenciatura em Matemática do Campus.

Os voluntários da UFSC também auxiliaram nas intervenções artísticas do evento, como shows musicais, declamação de poesias e espetáculos de dança, apresentados por artistas locais. Para as performances musicais, um grupo de estudantes da universidade, com auxílio de intérpretes da UFSC de Blumenau e do IFSC de Gaspar, fez a tradução em LIBRAS de algumas canções. Também estiveram presentes dezesseis artistas que integram o Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas (COLMEIA), em mais uma parceria com a UFSC Blumenau na Rota de Arte Acessível.

Extensão - A participação dos estudantes da UFSC e do COLMEIA nesta edição do Feirão foi viabilizada por meio de uma ação do projeto de extensão Direitos Humanos e Diversidade: Arte, Ciência e Tecnologias em Movimento para uma Educação Alterizante, coordenado pela professora Renata Orlandi e desenvolvido no Campus Blumenau desde maio de 2019. Este projeto busca criar e fortalecer contatos da Universidade com a comunidade local através da problematização dos direitos humanos através da arte, da cultura e da democratização do saber, no momento dos 70 anos da Declaração dos Direitos Humanos, celebrados em 2018.

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Os depoimentos de quem participou

“Estou muito agraciado pela minha participação neste evento. Estive compondo a mesa da UFSC e apresentando alguns de nossos projetos para a comunidade. Em especial, me dediquei a expor o kit montado pelo Laboratório de Ciência, Tecnologia e Inovação, que poderia ser adquirido gratuitamente por professores para levarem a suas escolas. Tal kit dava a possibilidade de o aluno aprender sobre energias renováveis de maneira interativa e diferenciada. O evento seguiu com várias apresentações culturais, que elevaram a experiência da coletividade ao máximo”.

- João Guilherme Voss, licenciando em Matemática.

“A participação dos acadêmicos da UFSC Blumenau no Feirão de Empregabilidade foi de fundamental importância para a divulgação da UFSC à população de Blumenau e região. Tivemos a possibilidade de apresentar nossos projetos e pesquisas à comunidade externa e também falar sobre a importância social da universidade. Como muitos dos trabalhos que fazemos, especialmente nos cursos de licenciatura, são voltados a pessoas com deficiência, tivemos a oportunidade de apresentá-los ao "público-alvo". Como estudante concluinte do curso de Licenciatura em Química, fiquei muito feliz por ter tido essa experiência. Muitas pessoas vinham com olhares curiosos e poder mostrar tudo o que nos dedicamos a fazer é muito gratificante”.
- Sthefany Caroline Luebke, licenciada em Química.

“Vim acompanhar minha mulher que tá procurando trabalho. Eu já trabalho na mesma empresa faz mais de 10 anos. É muito bacana essas coisas que vocês fazem. Na minha época, na nossa época, né? Não tinha essas coisas. Tu põe [a luz artificial que simula energia solar] e o carrinho anda. Eu só conhecia o carrinho que tem de empurrar com a mão. Tem até o cataventinho que roda sem vento, e o grilinho que mexe ali. Muito bacana”.
- Mário, participante.

“Dessa forma, tivemos duas oportunidades centrais neste dia: o primeiro foi conversar com os participantes e mostrá-los que a UFSC está muito mais próxima e aberta a eles do que imaginam. A segunda foi poder tornar o ambiente ainda mais acolhedor e também culturalmente rico por meio das apresentações artísticas realizadas por nossos colegas do COLMEIA. A experiência, pessoalmente falando, de levar nossas produções para fora dos muros da Universidade e dialogar com a população que dificilmente encontramos em nosso cotidiano é única”.
- Vantuir Dionisio Junior, licenciando em Química.

"A inclusão de pessoas surdas ou com deficiência auditiva no acesso às artes é imprescindível. Nós, tradutores e intérpretes de Libras e Português, percebemos que esse espaço ainda é pouco acessado pela comunidade Surda, mas estamos vendo uma crescimento de profissionais atuando nessa área. Sabemos que a tradução/interpretação de peças teatrais, musicais, shows, poesias, e etc. seja em língua de sinais ou português, é árdua e bem difícil. Mas estamos nos esforçando e estudando muito para fazermos um bom trabalho, mostrando à comunidade Surda a arte e suas façanhas”.
-Everton Luis Anselmini, tradutor e intérprete de LIBRAS (IFSC de Gaspar).

“A criação de uma cidade inclusiva extrapola as obrigações legais do poder público, porque é um fator humanizador. É o acolhimento às demandas da pessoa com deficiência (PCD) para sua participação cidadã no processo de construção da sociedade. Para além de um feirão de emprego, é importante se desconstruir preconceitos acerca das capacidades individuais de uma PCD, e garantir sua inclusão no mercado de trabalho com possibilidades de crescimento real em sua área de atuação, com plano de carreira e a gratificação justa e condizente com sua qualificação. Uma luta que para o trabalhador com deficiência enfrenta o peso do preconceito e menosprezo. Como artista visual e integrante do coletivo COLMEIA, pude sentir essas e outras demandas que estão presentes no dia a dia da PCD, e me senti feliz com o trabalho que estamos desenvolvendo na garantia do direito constitucional de acesso à cultura. Ainda temos muito trabalho pela frente, mas posso falar por mim e pelas abelhas do nosso coletivo, que as ações individuais podem fazer toda a diferença quando nos unimos por uma causa justa e tão importante como esta. A acessibilidade passou a fazer parte agora do processo de criação das minhas artes, e por entender a arte como parte vital da minha vida, me alegra estar quebrando "barreiras" e levando arte para todos, de verdade. Viva o GT Acessibilidade!”
- Tatiane Hardt, artista.

“O evento proporcionou um contato dos estudantes da UFSC com parte da sociedade blumenauense e região. Desse modo, os estudantes do evento conversaram, apresentaram seus trabalhos e trocaram ideias com PCDs, a fim de melhorar a acessibilidade dos trabalhos realizados e também apresentar os direitos e oportunidades da participação das PCDs nas universidades, principalmente, como estudantes, especificamente na UFSC campus Blumenau. O evento contou com apresentações culturais, exposições de trabalhos realizados por PCDs, além da oportunidade de os participantes saírem com uma vaga de emprego na cidade de Blumenau.”
- Guilherme Guimarães, licenciando em Matemática

Fotos do evento

 

(Texto: Vantuir Dionísio Júnior/bolsista)

Tags: blumenauempregoExtensãoinclusãooportunidadeufsc

Estudantes recebem Comenda do Poder Legislativo Municipal em reconhecimento a projeto de inclusão

30/08/2019 11:01

Os estudantes Fabieli Diones Breier e Christian Mailer, dos cursos de Engenharia Têxtil e Engenharia de Controle e Automação da UFSC Campus Blumenau, receberam, nesta quinta-feira (29/8) a Comenda Municipal do Mérito Projetos Acadêmicos “Edson Klaus Kielwagen”. A distinção foi concedida em razão do projeto Roupas Inclusivas (saiba mais aqui). A solenidade foi realizada pela Câmara de Vereadores de Blumenau, no Plenário da Casa.

A comenda, instituída em 2017, presta homenagem aos alunos que se destacaram no desenvolvimento de projetos acadêmicos, com o apoio dos professores, nas instituições de ensino superior do município. O estudante Christian Mailer falou em nome da dupla e, ao agradecer o reconhecimento, estendeu a homenagem aos professores que deram suporte e auxiliaram no desenvolvimento do projeto. “Agradeço à Câmara e ao vereador Bruno Cunha pela oportunidade e visibilidade dada ao projeto. Também à UFSC, demais colegas e professores, que prestaram assistência científica necessária para o sucesso do trabalho”.

A indicação dos estudantes para a comenda foi de iniciativa do vereador Bruno Cunha (PSB). O parlamentar ressaltou que o objetivo da condecoração é fazer essa ponte e trazer ao conhecimento da sociedade tantos projetos importantes que são desenvolvidos na área acadêmica. Registrou que os jovens produziram roupas inclusivas direcionadas a deficientes visuais e deficientes físicos, e que todos os detalhes foram pensados com carinho de forma a valorizar essas pessoas. “O trabalho que vocês desenvolvem é sensacional. Que esse reconhecimento pequeno desta Casa seja a possibilidade que vocês encontrem para seguir neste caminho”, desejou.

(Fonte: Câmara de Vereadores de Blumenau. Fotos: Lucas Prudêncio/Imprensa CMB)

Tags: engenhariainclusãoinovaçãoprêmiotecnologia

Parceria entre UFSC, Furb, IFSC e Centro Braile promove a inclusão e a acessibilidade em atrações do Colmeia 2019

23/08/2019 17:42

O Teatro Carlos Gomes, em Blumenau, receberá a oitava edição do Colmeia, coletivo independente de arte e cultura, nos dias 24 e 25 de agosto. Serão dois dias de música, exposições, oficinas, teatro e demais expressões artísticas reunidas em uma programação totalmente gratuita.

Reconhecido com um espaço amplamente democrático e plural, o Colmeia deste ano não se restringe à abertura de um dos espaços mais tradicionais da cidade a variadas modalidades artísticas, mas também ao público – a todos os públicos. Para a edição 2019 haverá a chamada “Rota Acessível” que congrega espetáculos, exposições e poemas que terão audiodescrição, tradução em Libras e braile, permitindo assim que pessoas com deficiência auditiva e visual possam interagir com as atrações.

Uma das exposições congregará produções dos associados da Associação de Cegos do Vale do Itajaí (Acevali). “À luz do seu olhar” propõe uma reflexão para que o próprio expectador (re)signifique o papel da imagem sob o olhar de uma pessoa com baixa visão ou com cegueira total. As obras foram produzidas por meio de oficinas, que contaram com a colaboração de alunos dos cursos de Engenharia Têxtil e Engenharia de Materiais da UFSC Blumenau e de Licenciatura em Dança da Furb. O projeto foi coordenado pelas professoras Grazyella Cristina Oliveira de Aguiar e Renata Orlandi, por meio de Prática Curricular de Inovação, Desenvolvimento Regional e Interação Social (Pidris).

“Compreendemos este trabalho como uma cocriação acessível aos sentidos disponibilizados pelo(a) observador(a), sejam eles fisiológicos, éticos ou estéticos”, explica a Profa. Renata Orlandi. Para o desenvolvimento das atividades foi utilizada a técnica stencil, na qual se aplica um desenho ou ilustração - que pode representar um número, letra, símbolo tipográfico ou qualquer outra forma ou imagem, figurativa ou abstrata - através do uso de tinta. Cada associado(a) da Acevali escolheu um molde e recebeu uma amostra de tecido 100% algodão para, a partir da mesma, dar início a sua criação. Cada um dele(a)s foi acompanhado(a) por um(a) estudante que áudio-descreveu a imagem representada no stencil e depois o auxiliou no processo de pintura. As imagens vazadas utilizadas remetem a ícones do cinema como Charles Chaplin e Sophia Loren e da música, como Elvis Presley, Madonna e Paul McCartney - figuras presentes no imaginário dos associados. Ao final, os associados assinaram suas obras.

Garantia de Direitos – a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, estabelecida em Assembleia Geral das Nações Unidas, em seu artigo 30 assegura a participação das pessoas com deficiência na vida cultural, recreação, lazer e esporte em igualdade de oportunidades com os demais. Ainda a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) garante à pessoa com deficiência acesso a bens culturais em formato acessível, sejam esses programas de televisão, cinema, teatro e/ou atividades esportivas.

Veja as obras expostas no Colmeia 2019

Estudantes que colaboraram

Ana Aline Mendes Paim
André Luiz Marquardt
David Spila Dias Rocha
Franciele Lemes Rosa
Karina da Silva Medeiros
Kerolyn Paula Freire Wirmond
Carolina D'avila Kramer Cavalcanti
Luiza Helena Ferreira Moreira
Larissa Theodoro da Silva
Lucas Moreira Araujo

Rota Acessível Colmeia 2019

TEATRO

Sábado (24/8)
Espetáculo "Tartufo"
Grupo: Grupo de Teatro FIC
Local: Praça
Horário: 14h
Acessibilidade disponível: LIBRAS e Audiodescrição

Domingo (25/8)
Espetáculo "A menina buscava o sol"
Grupo: Enloucrescer
Local: Palco do Grande Auditório.
Horário: 11h
Acessibilidade disponível: LIBRAS

ARTES PLÁSTICAS

Artistas:
- Tita Tinta Ilustrações - audiodescrição
- Fogaça - audiodescrição
- João Victor Elias - audiodescrição
- Carolina Peretti - audiodescrição
- Danrlei - audiodescrição
- Raquel Gastaldi - obras táteis
Local: Salão Centenário
Hora: durante todo o evento
Acessibilidade Disponível: audiodescrição e obras táteis

LITERATURA

Ação: POEMAS IMPRESSOS EM BRAILE
Local: Sala Superior A
Horário: Durante todo o evento.

Ação: CABINE POÉTICA COM POESIAS EM ÁUDIO.
Autor: Blenda Silva
Local: Sala superior A
Horário: Durante todo o evento

Ação: DECLAMAÇÃO COM INTERPRETAÇÃO EM LIBRAS
Autor: Tai Calegaro
Local: Pequeno auditório
Horário: 13:30h

MÚSICA

Artista: Paulo Germano
Local: Pequeno Auditório
Horário: 17h30

Acessibilidade: Interpretação em Libras

Artista: Léo Vieira
Local: Pequeno Auditório
Horário: 19h
Acessibilidade: Interpretação em Libras

(Camila Collato/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau 

Tags: acessibilidadearteblumenauColmeiaculturainclusão

Estudante de Engenharia Têxtil desenvolve roupas inclusivas e que trazem benefícios à saúde

04/01/2019 12:12

Coleção foi apresentada no 6º Prêmio Brasil Sul de Moda Inclusiva

(Atualizado em 11/01/2019, às 08h47min)

Fabieli Diones Breier desenvolveu looks com sensores e tecnologias exclusivas aplicadas ao tecido

Fabieli Diones Breier, acadêmica do curso de Engenharia Têxtil da UFSC Blumenau e bacharel em Design de Moda, coproduziu com a Associação Blumenauense de Deficientes Físicos (ABLUDEF), três looks que além de inclusivos promovem a saúde e o bem-estar. As peças, pensadas para auxiliar pessoas com deficiência física, contam com uma tecnologia exclusiva no tecido que permite melhorar a circulação sanguínea e possuem sensores acoplados para a prevenção de acidentes.

Utilizando premissas do Desenho Universal, os produtos são passíveis de serem utilizados por todas as pessoas, independentemente de possuírem alguma deficiência. Para tanto, os decotes das blusas são mais abertos e possuem a mesma altura tanto na frente, quanto nas costas, as costuras das peças possuem acabamento limpo, diminuindo o desconforto ao contato com a pele e as calças possuem elástico no cós e passantes nas laterais para facilitar o vestir.

As peças confeccionadas com tecidos doados pela Invel Roupas Medicinais comportam uma tecnologia exclusiva patenteada da Biocerâmica® MIG3®, irradiadora de infravermelho. Essa inovação estimula a produção de óxido nítrico (NO), gás solúvel que possui propriedades vasodilatadoras e broncodilatadoras quando em interação com o organismo. Isso proporciona uma melhor circulação sanguínea, trazendo benefícios para saúde do usuário.

Dispositivo é acoplado ao forro da jaqueta

O item-chave da coleção é uma jaqueta que combina o tecido terapêutico e a aplicação de dispositivos eletrônicos inseridos na parte frontal e dentro do forro, criados para detectar a queda do usuário. Os sensores, conectados a uma bateria de celular portátil e ligado à rede wi-fi, foram incorporados após pesquisa realizada com os associados da ABLUDEF que demonstrou a constância do número de quedas. “Alguns deles moram sozinhos e possuem dificuldades para se levantar depois de um incidente. Pensando nisso, a jaqueta foi criada para auxiliar não apenas pessoas que possuam algum tipo de deficiência, mas também para aquelas com alguma doença como Alzheimer, Parkinson, doenças degenerativas ou epilepsia, por exemplo”, explica a professora Grazyella Cristina Oliveira de Aguiar, orientadora da estudante.

Notificação é enviada por aplicativo e garante rápido atendimento

Um dos aparelhos eletrônicos portáteis inseridos na jaqueta é um acelerômetro, responsável por detectar a precisão da queda em movimento. Ao cair, a jaqueta emite uma notificação pelo celular, por meio de um aplicativo. Parentes ou amigos próximos receberão uma mensagem e poderão ligar para a pessoa para ver se ela precisa de ajuda.

Os idosos também são um público relevante. Estimativas do Ministério da Saúde apontam uma queda para um em cada três indivíduos com mais de 65 anos, por ano, no Brasil. Um entre vinte daqueles que sofrem quedas apresentam fraturas ou necessitam de internação. Dentre a população com 80 anos ou mais, 40% caem a cada ano. Para aqueles que moram em asilos e casas de repouso, a frequência de quedas é de 50%. A jaqueta torna-se assim uma aliada no atendimento a estes incidentes.

Trabalho em equipe – Para o desenvolvimento das peças, Fabieli Breier teve orientação técnica da professora Grazyella Cristina Oliveira de Aguiar, coordenadora do projeto de pesquisa “A moda é para todos: estudo dos princípios do Desenho Universal aplicados ao vestuário”.

A estudante contou ainda com o apoio e orientação quanto à parte tecnológica do professor do curso de Engenharia de Controle e Automação da UFSC Blumenau, Leonardo Mejia Rincon, e do acadêmico Christian Mailer, que aplicou sucessivos testes para verificar a viabilidade e a confiabilidade da tecnologia, montou os dispositivos eletrônicos, executou a programação e elaborou o layout do aplicativo.

Fusão entre tecnologia e arte – O público pode prestigiar o resultado de todo esse trabalho durante o desfile do Prêmio Brasil Sul de Moda Inclusiva. Fabieli participou da sexta edição do evento, realizada no dia 28 de novembro de 2018, em Florianópolis-SC.

Quanto à linguagem estética, a coleção inclusiva foi inspirada nas obras de Gonçalo Borges e na tendência artsy de inverno 2019, que faz alusão à comunicação de diferentes artes visuais e diversas obras de artistas. Gonçalo é professor, palestrante e artista visual inclusivo. Pinta suas obras com a boca e com os pés. Atualmente é membro da Associação de Pintores de Bocas e Pés (APBP).

A tela “Minha Palhaça”, pintada com a boca pelo artista, foi uma das escolhidas para a coleção. A imagem foi estampada em um colete e transpassa um ar jovial ao utilizar a peça, transmitidas pelas cores vibrantes presentes na obra. Outra tela utilizada foi “Palhaças”, que representa o afeto entre mãe e filha.

Veja como funciona o dispositivo 

Galeria

(Camila Collato/COMICOM UFSC Blumenau, com informações e fotos Grazyella Cristina Oliveira de Aguiar)

Tags: artedeficiênciadesignengenhariaidososinclusãomodaprevençãosaúdetecnologia
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