Bloqueio no orçamento: acompanhe as últimas informações

01/10/2019 11:52
O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou, nesta segunda-feira (30/9), o desbloqueio de 1,99 bilhão do Orçamento do Governo para a educação. Do total desbloqueado, as universidades receberão R$ 1,156 bilhão. Com isso, essas instituições, que tiveram, em média, 30% dos recursos discricionários bloqueados no início do ano, seguirão com 15% dessas verbas contingenciadas, segundo Weintraub.
 
Na tarde desta segunda-feira, em reunião aberta do Conselho Universitário, o reitor da UFSC Ubaldo Balthazar anunciou que a universidade receberá R$ 21 milhões dos R$ 43 milhões que foram contingenciados. Aguarda-se ainda a autorização do Ministério para operacionalização dos recursos.

Reposição das atividades de ensino - 
Em sessão extraordinária realizada na tarde desta segunda-feira, dia 30 de setembro, o presidente do Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) propôs uma minuta de resolução com orientações à comunidade acadêmica em relação à reposição das aulas e avaliação de disciplinas em função da greve estudantil. Durante a reunião, os representantes estudantis apresentaram uma segunda minuta de resolução sobre o tema. Sem grandes debates sobre o conteúdo, mas como um ato político, a presidência propôs a aprovação das duas minutas e também a criação de um grupo de trabalho para unificar as resoluções. O assunto foi levado à votação e aprovada por maioria dos membros. Leia mais aqui.

Blumenau – no Campus Blumenau da UFSC, os estudantes do curso de Licenciatura em Matemática retomaram as atividades. Os estudantes do curso de Licenciatura em Química permanecem em greve e terão nova assembleia nesta semana para reavaliação das estratégias para os dias 2 e 3 de outubro. Uma assembleia geral unificada foi realizada nesta segunda-feira (30/9), mas não houve quantidade suficiente de participantes para deliberação. Os estudantes presentes então sugeriram a realização de uma votação on-line sobre a adesão ou não à paralisação dos dias 2 e 3 de outubro. O formulário pode ser acessado clicando aqui até às 18h desta terça-feira, 1º de outubro.

Paralisação nacional em defesa da Educação, Ciência e Tecnologia

Nos dias 2 e 3 de outubro está agendada uma paralisação nacional em defesa da educação. Veja o posicionamento de cada categoria:

Apufsc – em votação, os filiados deliberaram pela adesão à paralisação. A Diretoria da Apufsc emitiu nota oficial no site da associação, reforçando o engajamento nacional. Leia aqui a íntegra da nota.

Sintufsc – o Sindicato dos Trabalhadores da UFSC também decidiu aderir à paralisação. Foi decidido ainda que haverá nova assembleia no dia 08/10 para discutir as respostas dos sindicatos à FASUBRA e qual a possibilidade de deflagração de uma greve nacional. Leia aqui a nota completa.


DCE – o Diretório Central dos Estudantes divulgou em suas redes sociais a programação de atividades para os dias 2 e 3/10. Será feita panfletagem no centro de Florianópolis, aulas públicas e um ato final em frente a Catedral do município. Veja aqui.

ANPG – a Associação Nacional dos Pós-Graduandos emitiu nota, no dia 10/9, convidando professores, estudantes, trabalhadores da educação e a sociedade civil para adesão aos atos. A principal pauta é a recomposição orçamentária dos órgãos de fomento à Ciências, tais como Capes e CNPq, e das bolsas de pós-graduação. Veja aqui.

Campus Blumenau – estudantes estão convocando uma passeata em defesa da Educação, para o dia 3/10, com saída do Campus Blumenau da UFSC com destino ao Campus da Furb. A concentração está agendada para 16h (informações do perfil @quandoagrevebater).
Tags: CUneducaçãoorçamento

Fórum reúne profissionais e professores que ensinam Matemática no Campus Blumenau

25/09/2019 17:55

Entre os dias 19 e 20 de setembro, o Campus Blumenau da UFSC recebeu cerca de 95 participantes, entre palestrantes e ouvintes, para o I Fórum Catarinense das Licenciaturas que Formam Professores que Ensinam Matemática. O evento, promovido pela Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM) teve como objetivo avaliar e debater, na comunidade acadêmica, as políticas de implementação dos Cursos de Licenciatura que formam professores que ensinam matemática, decorrentes das Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior, formação continuada e os diálogos com as Propostas Curriculares Municipais, Estaduais e Nacionais.

A solenidade de abertura contou, na mesa de autoridades, com a presença do diretor do Campus Blumenau da UFSC, João Luiz Martins; da reitora do Instituto Federal Catarinense (IFC), Sônia Regina de Souza Fernandes; da vice-presidente da Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM), Fátima Peres Zafgo de Oliveira; da presidente da Diretoria Regional de Santa Catarina da Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM-SC), Araceli Gonçalves; e do coordenador-geral do evento e coordenador do curso de Licenciatura em Matemática da UFSC Blumenau, André Vanderlinde da Silva. A palestra de abertura foi proferida por Regina Célia Grando, pesquisadora da UFSC do Centro de Ciências da Educação (CED), com o tema Perspectivas para a formação de Professores que ensinam Matemática.

Além da apresentação de trabalhos, o fórum configurou-se como um espaço de construção coletiva. Os participantes tiveram a oportunidade de integrar, pelo menos, um dos cinco Grupos de Discussão propostos e também compartilharam pontos de vista e encaminhamentos dos GDs, acerca dos processos de formação dos professores de Matemática, na assembleia de encerramento. "Avalio que nossos objetivos foram alcançados neste evento. Tivemos uma grande adesão, com representantes de todas as regiões de Santa Catarina, palestrantes de onze instituições diferentes e ouvintes de mais de vinte instituições de todo o estado. Há perspectiva de uma segunda edição daqui três anos. Coloca-se isso como meta das diretorias da SBEM, de  pelo menos realizar um Fórum a cada gestão e um Encontro Catarinense de Educação Matemática - que aliás, já está agendado para os dias 15, 16 e 17 de outubro de 2020, na cidade de Rio do Sul", declara o coordenador do evento, André Vanderlinde da Silva. Da assembleia geral foi produzida ainda uma ata, que será apresentada no Fórum Nacional das Licenciaturas que Formam Professores que Ensinam Matemática.

Fotos:

(Camila Collato/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau, com informações SBEM-SC)

Tags: blumenaueducaçãoensinolicenciaturapedagogiaprofessor

Bloqueio no orçamento: acompanhe as últimas informações e deliberações

12/09/2019 17:26

(Atualizado em 12/09/2019)

Liberação parcial de recursos garante RUs abertos até outubro

A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) comunica que, tendo em vista a liberação de 7% do orçamento anual da Universidade Federal de Santa Catarina neste mês de setembro, será possível garantir que os Restaurantes Universitários da UFSC permaneçam abertos normalmente por pelo menos cerca de 30 dias.

Antes da liberação dos valores havia a previsão de que os RUs abririam somente para os estudantes isentos a partir de 15 de setembro. Com a liberação, portanto, será possível manter os RUs funcionando até pelo menos 15 de outubro.

As medidas de contenção orçamentária anunciadas continuarão a ser revistas diariamente, seguindo possíveis alterações anunciadas pelo Governo Federal que tenham impacto direto na Universidade.

(Fonte: Notícias UFSC)

 


(Atualizado em 09/09/2019)

Bloqueio orçamentário: categorias discutem situação da universidade

A Direção do Campus Blumenau da UFSC informa que está aguardando as manifestações das entidades representativas das categorias universitárias – estudantes, técnicos-administrativos e docentes – para avaliação das próximas medidas a serem tomadas quanto à paralisação ou não das atividades letivas.

Conforme informe enviado aos alunos e servidores do Campus Blumenau, em 05/09/2019, atualmente o cronograma de debates encontra-se na seguinte situação:

  • Estudantes - por meio das suas instâncias representativas (Diretório Central e Centros Acadêmicos), estão promovendo reuniões para discussão das seguintes pautas: greve geral, suspensão do vestibular e mobilizações. Em Blumenau, os estudantes dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Química; e Licenciatura em Matemática deliberaram, no dia 5/9, pelo Estado de greve até o dia 10/9 (leia nota abaixo). Os estudantes dos cursos de Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Têxtil e Engenharia de Materiais estão em assembleia, nesta segunda-feira (9/9), e ainda não há posicionamento oficial divulgado.
  • Docentes - A Associação dos Professores da Universidade Federal de Santa Catarina (Apufsc) está convocando os docentes para reunião ampliada no dia 10/9. A entidade apoia a mobilização estudantil que reivindica greve geral imediata, porém entende que a articulação deve ser nacional para ser efetiva (leia aqui).
  • Técnicos – O Sindicato dos Trabalhadores da UFSC (Sintufsc) fará assembleia geral no dia 12/9 no hall da Reitoria. Será feita avaliação da paralisação realizada no dia 3/9 e uma análise de conjuntura para decisão dos próximos passos da mobilização (leia aqui).

A Direção considera legítima a pauta de defesa da educação pública superior sustentada pelos segmentos da comunidade acadêmica e se coloca à disposição para o diálogo.

Tão logo tenhamos novas informações, manteremos os servidores e estudantes atualizados.

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NOTA DOS CENTROS ACADÊMICOS DE LICENCIATURA EM QUÍMICA E MATEMÁTICA - CALIQ e CALMAT

Prezada comunidade acadêmica,

Em Assembleia Estudantil no dia 05 de setembro de 2019, das 18h30 às 21h30, 143 estudantes dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Química e Licenciatura em Matemática reuniram-se no Auditório da sede acadêmica para discutir os rumos do movimento estudantil frente à conjuntura posta pelas ações diretas do Governo Federal, por intermédio do Ministério da Educação. Após ampla discussão, 92% dos estudantes presentes deliberaram o ESTADO DE GREVE até o dia 10 de setembro de 2019. Ao final deste período, decidiu-se pelo início da GREVE GERAL dos e das estudantes.

É importante ressaltar que a deliberação de Estado de Greve até dia 10 de setembro para construção e organização da Greve Geral, foi um dos encaminhamentos referendados pela comunidade acadêmica em Assembleia Unificada, que aconteceu na segunda-feira, 02 de setembro, em Florianópolis. No entanto, os estudantes de Química e Matemática, tiveram autonomia e participaram em coletivo na construção das atividades da Greve, sendo tirados como encaminhamentos:

- Elaboração de nota informando sobre as deliberações votadas em Assembleia Estudantil;
- Criação das seguintes Comissões: de Segurança; de Alimentação; Financeira; de Mobilização Externa; de Formação; de Comunicação e Divulgação; e de Atividades Culturais e Artísticas;
- Criação de um Comando de Greve, composto por um representante de cada Comissão, um representante do CALIQ, um do CALMAT e um do DCE.
Atenciosamente,

Centro Acadêmico da Licenciatura em Química – CALIQ

Centro Acadêmico da Licenciatura em Matemática - CALMAT

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(Camila Collato/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau)


(Atualizado em 05/09/2019)

Informes da Direção

O Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) se reuniu, no dia 3 de setembro, no auditório Guarapuvu em Florianópolis, para discussão sobre o posicionamento da instituição em relação à minuta do projeto de lei “Future-se”, apresentado pelo Governo Federal em julho deste ano e aberto para consulta pública online, até 29 de agosto. Com pauta única, a reunião teve como base as discussões feitas pela Assembleia Geral Universitária, realizada na segunda-feira (2/9) e demais debates promovidos pelas Unidades de Ensino (Centros) da UFSC.

A Direção do Centro de Blumenau, representada pelo professor João Luiz Martins, levou ao conhecimento do CUn deliberação retirada em Assembleia Geral do Campus Blumenau, no dia 30 de agosto e homologada pelo Conselho da Unidade na mesma data. O entendimento dado foi pela rejeição integral da minuta do projeto de lei, devido aos termos apresentados pelo documento em sua versão atual.

O CUn expediu uma moção na qual expressa, além da rejeição ao projeto, sua abertura ao diálogo com o Ministério da Educação (MEC) para a proposição de novas formas de aperfeiçoamento das instituições federais e ensino superior - leia aqui.

Permanência estudantil – Na última semana a Administração Central anunciou uma série de medidas para a contenção de gastos, de forma a manter o regular funcionamento da universidade pelo maior período possível, frente ao cenário de não liberação orçamentária, por parte do MEC, após o dia 15 de setembro.

Uma das ações de maior impacto seria restringir o acesso ao Restaurante Universitário apenas para estudantes com benefício de isenção concedido pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae). Também havia sido divulgada possível suspensão da concessão de novas bolsas e renovação das vagas de estágio, monitoria, pesquisa e extensão, a partir de novembro deste ano, em todos os setores administrativos e acadêmicos da UFSC.

Entretanto, na abertura da sessão do CUn, o reitor Ubaldo Cesar Balthazar, após ouvir os diretores dos Centros de Ensino, acolheu sugestões para buscar alternativas que permitam a continuidade do serviço de alimentação e da concessão de bolsas, apesar da necessidade de medidas restritivas. “Vamos manter o RU aberto até acabar o dinheiro. Acabando o dinheiro, o Restaurante fecha, a Universidade fecha”, afirmou.

O Campus Blumenau está colocando em prática uma série de ações visando resistir ao cancelamento do semestre. Apesar do cenário ser incerto, porém, a manutenção das bolsas e do Restaurante Universitário nos dá oxigênio para prosseguir. Entretanto, cientes que as mobilizações serão necessárias para que a reversão dos cortes se concretizem e desta forma possamos garantir a qualidade da formação dos nossos estudantes”, afirma o Diretor João Luiz Martins.

Vestibular 2020 – A Administração Central da UFSC expediu nota oficial, nesta quarta-feira (4/9), sobre o lançamento do edital do vestibular 2020 em conjunto com a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Houve alteração no cronograma de lançamento do certame pela necessidade de apreciação, pelo Conselho Universitário, da proposta de alteração da Resolução Normativa nº 52, que dispõe sobre a Política de Ações Afirmativas no âmbito da Universidade Federal de Santa Catarina para os Processos Seletivos de 2016 a 2022. Portanto, até o presente momento, o Vestibular 2020 está confirmado pela instituição.

Pautas das categorias – A Assembleia Geral Universitária realizada no dia 2/9 trouxe ao debate inúmeras pautas e proposições de ações das categorias da comunidade acadêmica – docentes, técnicos-administrativos e estudantes. Saiba mais:

  • Estudantes - por meio das suas instâncias representativas (Diretório Central e Centros Acadêmicos), estão promovendo reuniões para discussão das seguintes pautas: greve geral, suspensão do vestibular e mobilizações para o dia 7 de setembro (veja aqui).
  • Docentes - A Associação dos Professores da Universidade Federal de Santa Catarina (Apufsc) está convocando os docentes para reunião ampliada no dia 10/9. A entidade apoia a mobilização estudantil que reivindica greve geral imediata, porém entende que a articulação deve ser nacional para ser efetiva (leia aqui).
  • Técnicos – O Sindicato dos Trabalhadores da UFSC (Sintufsc) fará assembleia geral no dia 12/9 no hall da Reitoria. Será feita avaliação da paralisação realizada no dia 3/9 e uma análise de conjuntura para decisão dos próximos passos da mobilização (leia aqui).

Em tempo: a Direção do Campus se compromete em apresentar, semanalmente, novas informações a respeito deste cenário. Até o dia 15 de setembro do corrente ano o quadro é de normalidade.

(Camila Collato/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau, com informações Agecom/UFSC)

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UFSC Blumenau sedia I Fórum Catarinense das Licenciaturas que Formam Professores que Ensinam Matemática

10/09/2019 20:02

O Campus Blumenau da UFSC recebe, nos dias 19 e 20 de setembro, o I Fórum Catarinense das Licenciaturas que Formam Professores que Ensinam Matemática. Promovido pela Diretoria Regional da Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM-SC), em parceria com professores, coordenadores e gestores das instituições que oferecem cursos de Licenciaturas que formam professores que Ensinam Matemática, o Fórum traz como tema desta edição Desafios e perspectivas das licenciaturas catarinenses que formam professores que ensinam matemática no cenário atual.

O objetivo do evento será avaliar e debater, na comunidade acadêmica, políticas de implementação dos cursos de Licenciatura em Matemática e Pedagogia decorrentes das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura), formação continuada (Resolução CNE/CP nº 2/2015, aprovado em 1º de julho de 2015) e os diálogos com as Propostas Curriculares Municipais, Estaduais e Nacionais.

A programação abrange palestras, mesas-redondas, sessões de pôsteres, Grupos de Discussão e exposições de pesquisas realizadas na área. As inscrições seguem abertas até 19/09. Ao todo são 175 vagas, com  no máximo 35 inscritos por Grupo de Discussão. Será emitido certificado de 20 horas para os inscritos que participarem de, no mínimo, 75% das atividades do Fórum.

Público-alvo

• Professores, acadêmicos e demais profissionais que atuam na gestão e em Programas de Pós-Graduação ligados às Licenciaturas em Matemática, Pedagogia e Educação do Campo, presencial e/ou à distância;
• Professores que ensinam matemática na educação básica;
• Profissionais que atuam na formação de professores que ensinam matemática (coordenadores de curso, membros de Núcleo Docente Estruturante, coordenadores de PIBID e Residência Pedagógica, etc.);
• Pesquisadores que discutem a formação de professores que ensinam Matemática;
• Alunos de pós-graduação que pesquisam sobre a formação dos professores que ensinam Matemática;
• Alunos de graduação das licenciaturas envolvidas.

Informações

(Camila Collato/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau, com informações da Comissão Organizadora)

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PRODEGESP abre edital para contratação temporária de docente no Departamento de Ciências Exatas e Educação

30/07/2019 18:16

A Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Prodegesp) publicou, no dia 26/7, edital para processo seletivo simplificado para contratação de professor por tempo determinado.

Para o Campus Blumenau, há 01 (uma) vaga para o Departamento de Ciências Exatas e Educação (CEE), na área/subárea de conhecimento Educação.

O período de inscrições é de 29 de julho a 02 de agosto, das 8h às 11h30min e das 13h às 17h, na Secretaria dos Departamentos, localizada na Sala C204, na Sede Administrativa do Campus Blumenau (Rua João Pessoa, nº 2514, Bairro Velha, Blumenau/SC).

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Área/Subárea de conhecimento: Educação

Processo: 23080.050785/2019-35

Nº de vagas: 01 (uma).

Regime de Trabalho: 20 (vinte) horas semanais

Requisitos: Licenciatura em qualquer área e Mestrado ou Doutorado em Educação ou Educação Científica e Tecnológica.

DOCUMENTOS

 

programa de pontos que serão avaliados no processo segue descrito abaixo:

  • Pensamento pedagógico no Brasil: história e tendências contemporâneas;
  • A educação na história da humanidade: referências da antiguidade, do medievo, da modernidade e da pós-modernidade;
  • A educação científica e tecnológica no contexto da educação escolar;
  • Organização e Gestão da Educação a partir do currículo e do PPP – Projeto Político-Pedagógico
  • Políticas Curriculares para formação dos estudantes e da educação básica

Informações diretamente no CEE/UFSC - clique aqui para contatos

(Fonte: PRODEGESP/UFSC)

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UFSC sedia audiências públicas do Fórum Municipal de Educação de Blumenau

25/07/2019 18:35

Nos dias 13 e 15 de agosto, o Campus Blumenau da Universidade Federal de Santa Catarina sediará duas audiências públicas do Fórum Municipal de Educação de Blumenau (FME). Ambas serão realizadas das 18h30 às 22h, no auditório da Sede Acadêmica (Rua João Pessoa, 2750, bloco B, 1º andar), com a participação do Prof. João Luiz Martins, Diretor do Campus, e da Profª Renata Orlandi, docente do Departamento de Ciências Exatas e Educação (CEE).

O Plano Municipal de Educação (PME) 2015/2024 nasceu com a aprovação da Lei 13.005/2014, que trata do Plano Nacional de Educação (PNE), que determina que, no prazo de 1 (um) ano, todos os municípios deverão ter o seu próprio plano. O PME possui, a exemplo do PNE, 20 metas, e que no município de Blumenau se desdobram em 338 estratégias, que foram construídas à época da elaboração do documento.

Em 2019, passados praticamente 40% do período de implementação do PME e no sentido de cumprir o que destaca o artigo da mesma Lei que o aprova, é necessário que se faça uma avaliação do que, neste período já passado, se conseguiu realizar, da mesma forma que precisamos discutir enquanto sociedade o que se faz necessário reorganizar para os próximos anos da vigência do plano.

Agora, no segundo semestre deste ano, realiza-se então um ciclo avaliativo do PME, do qual todos os cidadãos blumenauenses são convidados a participar.  Serão 06 (seis) audiências entre julho e agosto, cada uma com tema específico alinhados às metas previstas pelo documento (clique aqui ou na imagem ao lado para abrir a programação).

(Camila Collato/Comunicação UFSC Blumenau, com informações Prefeitura de Blumenau)

 

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Um intercâmbio pela paz: pesquisadoras colombianas realizam estudos no Campus Blumenau da UFSC

16/07/2019 15:18

Daniela Montoya Osorio

(Atualizado em 17/07/2019, às 12h53min)

Educar para a paz. A ideia pode parecer incomum, porém já gera bons frutos na Colômbia, país latino-americano que resolveu colocar em prática o velho jargão – porém, não menos atual – de que apenas a educação é capaz de transformar um cenário social de exclusão e violência em inclusão e desenvolvimento.

Durante o mês de junho, o Campus Blumenau da UFSC recebeu duas pesquisadoras colombianas que atuam como docentes de Matemática na educação básica de Medellín. Ángela María Quiceno Restrepo (26 anos) e Daniela Montoya Osorio (27 anos) vivem e lecionam na cidade, que já foi considerada uma das mais violentas do mundo na década de 90 em razão do narcotráfico. Hoje elas auxiliam a manter viva a virada por cima do município, que hoje ostenta um título bem mais positivo: o de mais inovador do mundo.

Ángela María Quiceno Restrepo

Em 2015, por meio de um decreto legislativo, estabeleceu-se que todas as escolas colombianas deveriam ter uma disciplina denominada “Cátedra para a Paz”, como estratégia de propagação da cultura pacífica entre crianças e jovens. Os projetos ligados à componente curricular estão diretamente direcionados aos professores das áreas de ciências humanas, naturais e sociais, algo que está sendo questionado por Ángela e Daniela por meio da pesquisa denominada “Matemáticas, educación y paz en la escuela”, sob orientação da Profª Carolina Tamayo Osorio. Durante dois anos, as pós-graduandas da Universidad de Antioquia pretendem superar a separação entre profissionais das ciências exatas e humanas ao provocar o debate sobre as implicações éticas e práticas da utilização dos conhecimentos matemáticos em conflitos bélicos.

Recepcionadas pelo professor Julio Faria Corrêa, as pesquisadoras realizaram um intercâmbio de um mês no Campus Blumenau da UFSC, período em que também participaram da "Jornada de 27 de Junho", promovida pelo Grupo de Pesquisa em Educação, Linguagem e Práticas Culturais (PHALA), na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo. Aproveitando a troca de experiências, Ángela e Daniela explicam as razões que as levaram a escolher o Brasil como campo de estudo e também as perspectivas de atuação social e educacional proporcionadas pela pesquisa. Leia abaixo:

(Da esq. p/ dir) Daniela, Julio Corrêa e Ángela em evento da área de Educação na Unicamp.

1. O que motivou vocês a trabalharem no tema da paz?

Ángela – Sinto que o trabalho para a paz, com a paz e pela paz é um assunto que compete a todos, especialmente em um país como a Colômbia que viveu tanto tempo entre o conflito. As escolas, hoje em dia, estão cheias de desafios e eu como professora estou envolvida no trabalho da minha turma de matemática com as crianças e na problematização dos aspectos sociais que funcionam em todas as áreas do conhecimento. O Ministério da Educação Nacional da Colômbia sustenta que há disciplinas fundamentais para trabalhar o tema da paz nas escolas e não está incluída a Matemática, então, querer trabalhar a construção da paz em meu ambiente, a partir da Matemática, é um ato de resistência.

Daniela - São muitas as questões que me motivaram a trabalhar em prol da paz, uma das quais foi que uma vez tive experiências próximas com a guerra e, embora não tenha sido diretamente afetada, senti-me tocada. Agora que tive a oportunidade de estudar, senti a necessidade de mobilizar e refletir com os alunos e na escola onde trabalho como forma de contribuir para a paz - tão necessária na Colômbia e que todos nós precisamos. Trabalhar com paz é uma maneira de elevar a voz e falar por aqueles que não foram ouvidos, para ressignificar formas de viver e reconstruir a história do meu fazer e do meu ser a partir da matemática.

Pesquisadoras participam de Jornada em São Paulo com demais docentes brasileiros da área de educação.

2. Por que a escolha pelo Brasil para desenvolvimento da pesquisa?

Ángela - Lembro que desde a minha graduação, fazer um estágio estudantil era uma conquista pessoal indescritível. Agora que estou cursando o mestrado, ter desembarcado no Brasil foi um sonho que se tornou realidade. Nosso trabalho na perspectiva da Filosofia da Linguagem e da Matemática, com a perspectiva de autores como Wittgenstein, Derrida, Deleuze, tem sido muito bem fundamentado neste país. Além disso, um dos nossos principais autores para leitura e construção do nosso trabalho é o professor Julio Corrêa. Portanto, ter a possibilidade de compartilhar alguns espaços acadêmicos com ele foi muito relevante para a pesquisa. Também o divertido e interessante em conhecer o Brasil foi perceber que, como países da América do Sul, compartilhamos muitos problemas sociais semelhantes, nossas escolas, nossos governos ... então a ideia é continuar lutando pelas utopias.

Daniela - Chegar ao Brasil é um evento que não foi planejado recentemente, teve toda uma história, mas vou tentar resumir aqui. Desde que comecei a estudar Educação Matemática antes da graduação que me interessou este país (Brasil). Discutíamos textos de diferentes autores brasileiros e, no grupo de pesquisa (MES) do qual faço parte, alguns haviam tido a experiência de conhecer o Brasil, sua cultura, sua educação e, acima de tudo, aquelas pessoas que nos permitiram ter esse olhar crítico sobre a Matemática e o mundo em si. A partir daí esse interesse começou. Já no mestrado esse desejo aumentou, especialmente porque neste país vivem algumas das nossas referências sobre o trabalho em paz - como os professores Julio Corrêa e Antonio Miguel – que, a partir de suas perspectivas filosóficas, nos mostraram que a paz é uma preocupação não só dos colombianos, mas de todos nós que estamos interessados em um mundo melhor. Ter então a oportunidade de conhecer o Brasil e de nos vermos enriquecidas pelo conhecimento, amizade e hospitalidade foi um fato que, sem dúvida, contribuiu para continuar nesse processo de pensar e trabalhar pela paz.

3. Quais são suas metas para os estudantes da educação básica por meio da pesquisa?

Ángela - Construir a paz na escola tem sido um desafio para todos nós ao procurarmos relações ou até mesmo ao entendermos como estamos usando a Matemática, ou quando problematizamos práticas militares. Tem sido um trabalho complexo, mas satisfatório ao mesmo tempo não só para as crianças, mas também para mim, porque nesse processo eu também me construí e também me desconstruí no sentido de Derrida, aprendi a ver as coisas além do que levamos para a sala de aula. Minha ideia ao fazer a pesquisa com crianças do 5º ano foi mostrar-lhes outras possibilidades, outras formas de ver o mundo, outras maneiras de ver a Matemática além da lista de conteúdos que estão nos planos curriculares das escolas, motivá-las e mostrá-las também algo da história do nosso país.

Daniela - Com esta pesquisa pretendemos problematizar, na aula de Matemática, aspectos que alguns não acreditariam ser possíveis pelo fato de não encontrarem relações. Exatamente, é poder contribuir para a paz a partir e com a Matemática: abrir espaços para reflexão, fazer terapia e desconstruir as ideias estruturadas que nos fizeram ver como naturais, em locais onde não há espaço para novos pensamentos, novas ideias e novos caminhos. Até certo ponto, é possível que os alunos enxerguem além do que acontece na escola e sejam capazes de lidar com os problemas de seus contextos externos à Matemática como uma prática social.

4. Quais perspectivas vocês veem para uma maior participação dos professores e profissionais das ciências exatas na resolução dos problemas sociais?

Ángela – Eu sinto que devemos começar quebrando a ideia de que Matemática tem a ver com a realidade, mas não com os problemas sociais reais. Parar de vermos as "Ciências Exatas" como um conjunto de conteúdos conceituais que se comportam de uma maneira determinada, porque isso implica não vê-las envolvidas nas práticas sociais que os seres humanos realizam em seus diferentes contextos.

Daniela – A partir de nossa pesquisa, claramente observamos que é fundamental falarmos da Filosofia da Educação Matemática e da Filosofia da Linguagem, desde qualquer área de conhecimento, porque ao trabalharmos com elas estamos rompendo padrões, desconstruindo ideias e pensamentos que se instauraram precisamente a partir das concepções das ciências exatas. Ousamos problematizar práticas sociais como a paz e a guerra a partir da área da Matemática, esta que tem sido tratada como uma das mais formalistas das ciências. Portanto, consideramos que a perspectiva filosófica de Wittgenstein é uma grande possibilidade para professores e alunos pensarem sobre os problemas da sala de aula desde uma área específica.

 

(Camila Collato/Comunicação UFSC Blumenau, com informações Julio Faria Corrêa)

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