Dezenove docentes da rede pública de educação básica de Blumenau e região estão participando da primeira edição do curso de extensão "Escola, Currículo e Tecnologias: integração didático-interdisciplinar sobre os usos de tecnologias nas práticas docentes", no Campus Blumenau da UFSC.
Coordenada pelo professor Alaim Souza Neto, a iniciativa gratuita tem o objetivo de promover uma formação-participante aos professores que lecionam disciplinas de ciências e/ou química, sobre diferentes possibilidades e formas de uso pedagógico das tecnologias digitais (aplicativos, softwares, computadores, laptops, tablets) nas práticas docentes. O curso também discute elementos didático-pedagógicos e sua relação com possíveis mudanças e/ou inovações curriculares durante os processos de ensino e de aprendizagem.
O debate também permeia questões como as políticas públicas que propõem inserção de tecnologias ditais na escola, sobretudo, para as mudanças e inovações curriculares; a atual situação das escolas públicas da região de Blumenau, com base no Censo Escolar dos últimos cinco anos, no que diz respeito à infraestrutura tecnológica, em especial, das salas de aula; a formação docente para o uso das tecnologias digitais nas práticas pedagógicas; o desenvolvimento de práticas curriculares inovadoras e a geração de dados para subsídio ao aprofundamento de novas práticas sobre a realidade educacional das escolas públicas da região de Blumenau, no que se refere aos usos de tecnologias digitais no contexto escolar.
As aulas são ministradas em laboratório de informática, com o suporte de ferramentas como Google Classroom, plataforma Khan Academy, simuladores para as disciplinas de química e matemática, aplicativos para área educacional, além de pesquisa científica com uso de diferentes tecnologias digitais. O projeto conta ainda com o suporte de duas bolsistas. A estimativa é de uma nova edição do curso para o semestre 2019/2, no qual serão abordados tópicos mais avançados.
(Camila Collato/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau, com informações Alaim Souza Neto)
O Pró-Reitor de Pesquisa da UFSC (PROPESQ), Sebastião Roberto Soares, estará no Campus Blumenau para uma conversa com docentes e técnicos no dia 04 de abril, às 14h. O encontro será realizado no auditório da Sede Acadêmica.
Na ocasião serão debatidos pontos relevantes e estratégicos para a pesquisa nesse ano, com o objetivos de planejar ações em sintonia com os objetivos da pró-reitoria. Será ainda uma oportunidade para tratar sobre temas como os editais PIBIC/PIBIT, ações de fomento da PROPESQ voltadas ao campi e possíveis alterações na Resolução nº 74/2014/CUn, que dispõe sobre a pesquisa na universidade.
(Camila Collato/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau)
A Pró-Reitoria de Pesquisa informa que estão abertas as inscrições para os processos seletivos de bolsas do PIBIC e do PIBITI, ciclo 2019/2020. Os interessados devem acessar o Formulário IC Online e enviar suas propostas até o dia 22 de abril.
A Propesq destaca que edições podem ocorrer durante o período de inscrições, mas é importante ao final clicar em “Inscrever Projeto”. Após este procedimento as alterações não serão mais possíveis.
Mais informações podem ser verificadas nos editais dos programas:
Para abrir os trabalhos do Mestrado Acadêmico de Engenharia Têxtil (PGETEX/UFSC) a coordenação do programa convidou o pesquisador Antonio Augusto Ulson de Souza para uma aula inaugural, no dia 14 de março (quinta-feira), às 19h, no auditório da Sede Acadêmica (bloco B- 1º andar). Com o tema "Desafios Tecnológicos do Setor Têxtil e Confecção", o evento contará ainda com a presença da Vice-reitora da UFSC, Alacoque Lorenzini Erdmann, do Superintendente de Pós-Graduação da UFSC, Juarez Vieira do Nascimento, do Pró-Reitor de Pesquisa, Sebastião Roberto Soares e do Presidente do Sindicato Indústria Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (SINTEX), José Altino Comper.
Antonio Augusto Ulson de Souza possui um currículo que traduz , e muito, sua experiência no tema em foco. Docente da UFSC (CTC/EQA), atua na área de Engenharia Química, com ênfase em Têxteis, Petróleo e Petroquímica, Meio ambiente e Produtos Naturais. Graduado em Engenharia Química pela UFRJ, Mestre em Engenharia Química pela UNICAMP e Doutor em Engenharia Mecânica pela UFSC, o palestrante convidado realizou ainda pós-doutoramento na University of California at Davis (Estados Unidos).
Bolsista produtividade CNPq, lidera o Grupo de Pesquisa TECTEXTIL, focado no Desenvolvimento Tecnológico Têxtil, desde 1999. Desempenhou ainda várias atribuições de chefia e coordenação na UFSC. Sua produção inclui mais de 160 (cento e sessenta) artigos em periódicos especializados, 482 (quatrocentos e oitenta e dois) trabalhos em anais de eventos, 07 (sete) capítulos de livros publicados, 07 (sete) depósitos de patente e 404 (quatrocentos e quatro) itens de produção técnica. Entre 1986 e 2017 participou de 69 (sessenta e nove) projetos de pesquisa – destes, em 40 (quarenta), como coordenador. Atualmente participa de 05 (cinco) projetos de pesquisa, atuando como coordenador em 01 (um).
Inovação para impulsionar o setor - berço de um dos polos têxteis mais dinâmicos do país, Blumenau movimenta a economia não só por meio da produção industrial, mas por toda a cadeia de comércio e investimentos gerada pelo segmento têxtil. Sede de uma das maiores feiras do ramo na América Latina, a FEBRATEX - que movimenta investimentos superiores a R$ 1 bilhão - os empresários atualmente apostam na inovação e na tecnologia como formas de criar produtos diferenciados e com alto valor agregado. Na ordem do dia estão redução de custos, agilização de processos e a sustentabilidade das ações do ponto de vista ambiental - três aspectos contemplados pelas linhas do Mestrado Acadêmico em Engenharia Têxtil.
"Nossa visão, com a graduação e agora com a pós-graduação em Engenharia Têxtil no Campus Blumenau da UFSC, é sermos referência e parceiros da indústria. Queremos desenvolver pesquisas conectadas às necessidades do setor e, ao mesmo tempo, contribuir com o aperfeiçoamento de qualidade dos profissionais do ramo. Certamente teremos resultados frutíferos em médio e longo prazo", avalia o coordenador do PGETEX, José Alexandre Borges Valle.
O quê? Aula inaugural do Mestrado Acadêmico em Engenharia Têxtil - Palestra com Antonio Augusto Ulson de Souza: "Desafios Tecnológicos do Setor Têxtil e Confecção"
Quando? 14 de março de 2019 (quinta-feira)
Onde? UFSC Blumenau - Rua João Pessoa, nº 2750, bairro Velha. Bloco B - auditório.
Quanto: gratuito
(Camila Collato/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau)
O campus Blumenau da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) terá mais uma opção de pós-graduação em 2019. Além da abertura de um mestrado acadêmico em Engenharia Têxtil, a Coordenação de Desenvolvimento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) divulgou, no dia 20/12/18, a aprovação da proposta de criação do mestrado acadêmico em Nanociência, Processos e Materiais Avançados. O programa de pós-graduação stricto sensu surge em razão da demanda por formação especializada, oriunda de instituições de ensino superior e do mercado de trabalho (indústrias, institutos de pesquisa, laboratórios, escolas, empresas, dentre outros) com perfil profissional distinto, que permita o estudo e desenvolvimento de novos processos e transformações, materiais e métodos de análise e caracterização.
O mestrado contempla uma área de concentração (Nanociência, Processos e Materiais Avançados) e duas linhas de pesquisa (Materiais, Processos e Transformações e Nanociência e Nanotecnologia) que visam ampliar as discussões e a compreensão do conhecimento na interface entre Física, Química, Ciência e Engenharia dos Materiais. A proposta a formação de profissionais altamente qualificados com perfil diferenciado. No estado de Santa Catarina não há, até o momento, outro programa de pós-graduação com tais características.
(Foto: Eduardo Amorim/COMICOM)
Para estruturação dessa abordagem, o mestrado reunirá profissionais com formação e atuação em diferentes áreas de conhecimento, mas que apresentam sobreposição destas áreas em suas pesquisas. O programa contará com a participação de quatorze docentes permanentes, todos doutores, que desenvolvem projetos em conjunto nas áreas de Física, Química e Engenharia de Materiais. “A interdisciplinaridade dos professores envolvidos, bem como a ampla inter-relação entre as suas áreas de pesquisa, proporcionará a realização de investigações na fronteira do conhecimento, promovendo avanços científicos e tecnológicos em diversos campos, tais como Energia, Têxtil, Metal-mecânica, Papel e Celulose, Polímeros, Biomedicina, Farmacêutica e Ambiental”, afirma a coordenadora da proposta aprovada Larissa Nardini Carli.
O Programa de Pós-Graduação em Nanociência, Processos e Materiais Avançados terá início em agosto de 2019, em regime semestral. Todas as disciplinas ofertadas, distribuídas entre disciplinas obrigatórias e eletivas, serão compartilhadas entre dois ou mais professores com atuação em diferentes áreas de conhecimento, proporcionando a formação de profissionais com caráter interdisciplinar. Esta estrutura curricular permitirá grande flexibilidade, atendendo às necessidades das linhas de pesquisa do programa, bem como do projeto de pesquisa do mestrando, considerando-se ainda a multi e a interdisciplinaridade da área de Materiais.
O processo seletivo de ingresso será anual, oferecendo-se quatorze vagas/ano, distribuídas proporcionalmente ao número de docentes permanentes. O lançamento do edital para o primeiro processo seletivo está previsto ainda para o semestre 2019/1 e, em breve, serão divulgadas novas informações por meio do portal blumenau.ufsc.br.
Coleção foi apresentada no 6º Prêmio Brasil Sul de Moda Inclusiva
(Atualizado em 11/01/2019, às 08h47min)
Fabieli Diones Breier desenvolveu looks com sensores e tecnologias exclusivas aplicadas ao tecido
Fabieli Diones Breier, acadêmica do curso de Engenharia Têxtil da UFSC Blumenau e bacharel em Design de Moda, coproduziu com a Associação Blumenauense de Deficientes Físicos (ABLUDEF), três looks que além de inclusivos promovem a saúde e o bem-estar. As peças, pensadas para auxiliar pessoas com deficiência física, contam com uma tecnologia exclusiva no tecido que permite melhorar a circulação sanguínea e possuem sensores acoplados para a prevenção de acidentes.
Utilizando premissas do Desenho Universal, os produtos são passíveis de serem utilizados por todas as pessoas, independentemente de possuírem alguma deficiência. Para tanto, os decotes das blusas são mais abertos e possuem a mesma altura tanto na frente, quanto nas costas, as costuras das peças possuem acabamento limpo, diminuindo o desconforto ao contato com a pele e as calças possuem elástico no cós e passantes nas laterais para facilitar o vestir.
As peças confeccionadas com tecidos doados pela Invel Roupas Medicinais comportam uma tecnologia exclusiva patenteada da Biocerâmica® MIG3®, irradiadora de infravermelho. Essa inovação estimula a produção de óxido nítrico (NO), gás solúvel que possui propriedades vasodilatadoras e broncodilatadoras quando em interação com o organismo. Isso proporciona uma melhor circulação sanguínea, trazendo benefícios para saúde do usuário.
Dispositivo é acoplado ao forro da jaqueta
O item-chave da coleção é uma jaqueta que combina o tecido terapêutico e a aplicação de dispositivos eletrônicos inseridos na parte frontal e dentro do forro, criados para detectar a queda do usuário. Os sensores, conectados a uma bateria de celular portátil e ligado à rede wi-fi, foram incorporados após pesquisa realizada com os associados da ABLUDEF que demonstrou a constância do número de quedas. “Alguns deles moram sozinhos e possuem dificuldades para se levantar depois de um incidente. Pensando nisso, a jaqueta foi criada para auxiliar não apenas pessoas que possuam algum tipo de deficiência, mas também para aquelas com alguma doença como Alzheimer, Parkinson, doenças degenerativas ou epilepsia, por exemplo”, explica a professora Grazyella Cristina Oliveira de Aguiar, orientadora da estudante.
Notificação é enviada por aplicativo e garante rápido atendimento
Um dos aparelhos eletrônicos portáteis inseridos na jaqueta é um acelerômetro, responsável por detectar a precisão da queda em movimento. Ao cair, a jaqueta emite uma notificação pelo celular, por meio de um aplicativo. Parentes ou amigos próximos receberão uma mensagem e poderão ligar para a pessoa para ver se ela precisa de ajuda.
Os idosos também são um público relevante. Estimativas do Ministério da Saúde apontam uma queda para um em cada três indivíduos com mais de 65 anos, por ano, no Brasil. Um entre vinte daqueles que sofrem quedas apresentam fraturas ou necessitam de internação. Dentre a população com 80 anos ou mais, 40% caem a cada ano. Para aqueles que moram em asilos e casas de repouso, a frequência de quedas é de 50%. A jaqueta torna-se assim uma aliada no atendimento a estes incidentes.
Trabalho em equipe – Para o desenvolvimento das peças, Fabieli Breier teve orientação técnica da professora Grazyella Cristina Oliveira de Aguiar, coordenadora do projeto de pesquisa “A moda é para todos: estudo dos princípios do Desenho Universal aplicados ao vestuário”.
A estudante contou ainda com o apoio e orientação quanto à parte tecnológica do professor do curso de Engenharia de Controle e Automação da UFSC Blumenau, Leonardo Mejia Rincon, e do acadêmico Christian Mailer, que aplicou sucessivos testes para verificar a viabilidade e a confiabilidade da tecnologia, montou os dispositivos eletrônicos, executou a programação e elaborou o layout do aplicativo.
Fusão entre tecnologia e arte – O público pode prestigiar o resultado de todo esse trabalho durante o desfile do Prêmio Brasil Sul de Moda Inclusiva. Fabieli participou da sexta edição do evento, realizada no dia 28 de novembro de 2018, em Florianópolis-SC.
Quanto à linguagem estética, a coleção inclusiva foi inspirada nas obras de Gonçalo Borges e na tendência artsy de inverno 2019, que faz alusão à comunicação de diferentes artes visuais e diversas obras de artistas. Gonçalo é professor, palestrante e artista visual inclusivo. Pinta suas obras com a boca e com os pés. Atualmente é membro da Associação de Pintores de Bocas e Pés (APBP).
A tela “Minha Palhaça”, pintada com a boca pelo artista, foi uma das escolhidas para a coleção. A imagem foi estampada em um colete e transpassa um ar jovial ao utilizar a peça, transmitidas pelas cores vibrantes presentes na obra. Outra tela utilizada foi “Palhaças”, que representa o afeto entre mãe e filha.
Há muitas décadas que Vale do Silício, nos Estados Unidos, é considerado a Meca daqueles que buscam inovação e tecnologia. Para quem ainda está na graduação, uma ideia inovadora bem orientada pode ser o começo de uma startup de sucesso nos moldes de Google, Facebook, entre tantas outras sediadas na Califórnia. Com esse espírito determinado o estudante Renato Poli Mari, do curso de Engenharia Têxtil da UFSC Blumenau, participou do Concurso Universitário de Negócios Inovadores, promovido pelo SEBRAE/SC. "Quando eu decidi participar do concurso eu disse aos meus professores orientadores que era para ganhar", revelou o estudante que levou, no dia 15 de setembro, um dos cinco troféus de Melhor Pitch de Negócio da edição 2018.
O projeto "Palmilha tecnológica para corredores de rua - Fastpace", desenvolvido sob orientação dos professores Jose Alexandre Borges do Valle e Rita de Cássia Siqueira Curto Valle, rendeu ao aluno uma viagem aos Estados Unidos, no dia 27 de outubro, com os demais vencedores da competição. O grupo teve a oportunidade de conhecer as instalações de empresas como Nvidia, Google, Facebook, Autodesk, além do campus da Universidade de Stanford. Quando questionado sobre o que mais chamou sua atenção durante as visitas, Renato afirma que "praticamente todas as empresas possuem sua estrutura focada no funcionário. Não há horários fixos, cada um faz sua rotina, pois eles são cobrados por metas". Apesar de parecer o ambiente de trabalho perfeito, ele também destaca a alta cobrança das organizações: "a pressão é muito grande por estar em uma startup de sucesso. Você sempre tem que estar mostrando resultados. Os próprios gestores explicaram que as metas fixadas são impossíveis. Por isso eles esperam que sejam cumpridas em índices que variam de 60 a 70%".
Ainda segundo o estudante, a aprendizagem no decorrer do desenvolvimento do projeto trouxe ganhos para além da premiação em si, oportunizando experiências de trabalho em equipe e a ampliação do leque de aplicação dos conhecimentos da graduação. "Foi muito importante contar com o apoio de todo o time, além dos professores, da Letícia Brito de Souza (EMT/UFSC/BNU), da Edna Regina Evaristo (ETX/UFSC/BNU), que também ganhou o prêmio em 2016, e da Dinnye Caroline dos Santos (ETX/UFSC/BNU)".
Startup a caminho - com o apoio da família e de um sócio, Renato Poli Mari agora quer fomentar novas criações por meio da startup Nanoplus. Atualmente a empresa já propõe soluções para a companhia da família que atua no ramo calçadista e a proposta é expandir a atuação. "Não é só porque o mundo hoje é digital que a engenharia têxtil vai ficar para trás. Nós temos condições de criar produtos e soluções de qualidade", reafirmou o estudante.