UFSC sedia audiências públicas do Fórum Municipal de Educação de Blumenau

25/07/2019 18:35

Nos dias 13 e 15 de agosto, o Campus Blumenau da Universidade Federal de Santa Catarina sediará duas audiências públicas do Fórum Municipal de Educação de Blumenau (FME). Ambas serão realizadas das 18h30 às 22h, no auditório da Sede Acadêmica (Rua João Pessoa, 2750, bloco B, 1º andar), com a participação do Prof. João Luiz Martins, Diretor do Campus, e da Profª Renata Orlandi, docente do Departamento de Ciências Exatas e Educação (CEE).

O Plano Municipal de Educação (PME) 2015/2024 nasceu com a aprovação da Lei 13.005/2014, que trata do Plano Nacional de Educação (PNE), que determina que, no prazo de 1 (um) ano, todos os municípios deverão ter o seu próprio plano. O PME possui, a exemplo do PNE, 20 metas, e que no município de Blumenau se desdobram em 338 estratégias, que foram construídas à época da elaboração do documento.

Em 2019, passados praticamente 40% do período de implementação do PME e no sentido de cumprir o que destaca o artigo da mesma Lei que o aprova, é necessário que se faça uma avaliação do que, neste período já passado, se conseguiu realizar, da mesma forma que precisamos discutir enquanto sociedade o que se faz necessário reorganizar para os próximos anos da vigência do plano.

Agora, no segundo semestre deste ano, realiza-se então um ciclo avaliativo do PME, do qual todos os cidadãos blumenauenses são convidados a participar.  Serão 06 (seis) audiências entre julho e agosto, cada uma com tema específico alinhados às metas previstas pelo documento (clique aqui ou na imagem ao lado para abrir a programação).

(Camila Collato/Comunicação UFSC Blumenau, com informações Prefeitura de Blumenau)

 

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Um intercâmbio pela paz: pesquisadoras colombianas realizam estudos no Campus Blumenau da UFSC

16/07/2019 15:18

Daniela Montoya Osorio

(Atualizado em 17/07/2019, às 12h53min)

Educar para a paz. A ideia pode parecer incomum, porém já gera bons frutos na Colômbia, país latino-americano que resolveu colocar em prática o velho jargão – porém, não menos atual – de que apenas a educação é capaz de transformar um cenário social de exclusão e violência em inclusão e desenvolvimento.

Durante o mês de junho, o Campus Blumenau da UFSC recebeu duas pesquisadoras colombianas que atuam como docentes de Matemática na educação básica de Medellín. Ángela María Quiceno Restrepo (26 anos) e Daniela Montoya Osorio (27 anos) vivem e lecionam na cidade, que já foi considerada uma das mais violentas do mundo na década de 90 em razão do narcotráfico. Hoje elas auxiliam a manter viva a virada por cima do município, que hoje ostenta um título bem mais positivo: o de mais inovador do mundo.

Ángela María Quiceno Restrepo

Em 2015, por meio de um decreto legislativo, estabeleceu-se que todas as escolas colombianas deveriam ter uma disciplina denominada “Cátedra para a Paz”, como estratégia de propagação da cultura pacífica entre crianças e jovens. Os projetos ligados à componente curricular estão diretamente direcionados aos professores das áreas de ciências humanas, naturais e sociais, algo que está sendo questionado por Ángela e Daniela por meio da pesquisa denominada “Matemáticas, educación y paz en la escuela”, sob orientação da Profª Carolina Tamayo Osorio. Durante dois anos, as pós-graduandas da Universidad de Antioquia pretendem superar a separação entre profissionais das ciências exatas e humanas ao provocar o debate sobre as implicações éticas e práticas da utilização dos conhecimentos matemáticos em conflitos bélicos.

Recepcionadas pelo professor Julio Faria Corrêa, as pesquisadoras realizaram um intercâmbio de um mês no Campus Blumenau da UFSC, período em que também participaram da "Jornada de 27 de Junho", promovida pelo Grupo de Pesquisa em Educação, Linguagem e Práticas Culturais (PHALA), na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo. Aproveitando a troca de experiências, Ángela e Daniela explicam as razões que as levaram a escolher o Brasil como campo de estudo e também as perspectivas de atuação social e educacional proporcionadas pela pesquisa. Leia abaixo:

(Da esq. p/ dir) Daniela, Julio Corrêa e Ángela em evento da área de Educação na Unicamp.

1. O que motivou vocês a trabalharem no tema da paz?

Ángela – Sinto que o trabalho para a paz, com a paz e pela paz é um assunto que compete a todos, especialmente em um país como a Colômbia que viveu tanto tempo entre o conflito. As escolas, hoje em dia, estão cheias de desafios e eu como professora estou envolvida no trabalho da minha turma de matemática com as crianças e na problematização dos aspectos sociais que funcionam em todas as áreas do conhecimento. O Ministério da Educação Nacional da Colômbia sustenta que há disciplinas fundamentais para trabalhar o tema da paz nas escolas e não está incluída a Matemática, então, querer trabalhar a construção da paz em meu ambiente, a partir da Matemática, é um ato de resistência.

Daniela - São muitas as questões que me motivaram a trabalhar em prol da paz, uma das quais foi que uma vez tive experiências próximas com a guerra e, embora não tenha sido diretamente afetada, senti-me tocada. Agora que tive a oportunidade de estudar, senti a necessidade de mobilizar e refletir com os alunos e na escola onde trabalho como forma de contribuir para a paz - tão necessária na Colômbia e que todos nós precisamos. Trabalhar com paz é uma maneira de elevar a voz e falar por aqueles que não foram ouvidos, para ressignificar formas de viver e reconstruir a história do meu fazer e do meu ser a partir da matemática.

Pesquisadoras participam de Jornada em São Paulo com demais docentes brasileiros da área de educação.

2. Por que a escolha pelo Brasil para desenvolvimento da pesquisa?

Ángela - Lembro que desde a minha graduação, fazer um estágio estudantil era uma conquista pessoal indescritível. Agora que estou cursando o mestrado, ter desembarcado no Brasil foi um sonho que se tornou realidade. Nosso trabalho na perspectiva da Filosofia da Linguagem e da Matemática, com a perspectiva de autores como Wittgenstein, Derrida, Deleuze, tem sido muito bem fundamentado neste país. Além disso, um dos nossos principais autores para leitura e construção do nosso trabalho é o professor Julio Corrêa. Portanto, ter a possibilidade de compartilhar alguns espaços acadêmicos com ele foi muito relevante para a pesquisa. Também o divertido e interessante em conhecer o Brasil foi perceber que, como países da América do Sul, compartilhamos muitos problemas sociais semelhantes, nossas escolas, nossos governos ... então a ideia é continuar lutando pelas utopias.

Daniela - Chegar ao Brasil é um evento que não foi planejado recentemente, teve toda uma história, mas vou tentar resumir aqui. Desde que comecei a estudar Educação Matemática antes da graduação que me interessou este país (Brasil). Discutíamos textos de diferentes autores brasileiros e, no grupo de pesquisa (MES) do qual faço parte, alguns haviam tido a experiência de conhecer o Brasil, sua cultura, sua educação e, acima de tudo, aquelas pessoas que nos permitiram ter esse olhar crítico sobre a Matemática e o mundo em si. A partir daí esse interesse começou. Já no mestrado esse desejo aumentou, especialmente porque neste país vivem algumas das nossas referências sobre o trabalho em paz - como os professores Julio Corrêa e Antonio Miguel – que, a partir de suas perspectivas filosóficas, nos mostraram que a paz é uma preocupação não só dos colombianos, mas de todos nós que estamos interessados em um mundo melhor. Ter então a oportunidade de conhecer o Brasil e de nos vermos enriquecidas pelo conhecimento, amizade e hospitalidade foi um fato que, sem dúvida, contribuiu para continuar nesse processo de pensar e trabalhar pela paz.

3. Quais são suas metas para os estudantes da educação básica por meio da pesquisa?

Ángela - Construir a paz na escola tem sido um desafio para todos nós ao procurarmos relações ou até mesmo ao entendermos como estamos usando a Matemática, ou quando problematizamos práticas militares. Tem sido um trabalho complexo, mas satisfatório ao mesmo tempo não só para as crianças, mas também para mim, porque nesse processo eu também me construí e também me desconstruí no sentido de Derrida, aprendi a ver as coisas além do que levamos para a sala de aula. Minha ideia ao fazer a pesquisa com crianças do 5º ano foi mostrar-lhes outras possibilidades, outras formas de ver o mundo, outras maneiras de ver a Matemática além da lista de conteúdos que estão nos planos curriculares das escolas, motivá-las e mostrá-las também algo da história do nosso país.

Daniela - Com esta pesquisa pretendemos problematizar, na aula de Matemática, aspectos que alguns não acreditariam ser possíveis pelo fato de não encontrarem relações. Exatamente, é poder contribuir para a paz a partir e com a Matemática: abrir espaços para reflexão, fazer terapia e desconstruir as ideias estruturadas que nos fizeram ver como naturais, em locais onde não há espaço para novos pensamentos, novas ideias e novos caminhos. Até certo ponto, é possível que os alunos enxerguem além do que acontece na escola e sejam capazes de lidar com os problemas de seus contextos externos à Matemática como uma prática social.

4. Quais perspectivas vocês veem para uma maior participação dos professores e profissionais das ciências exatas na resolução dos problemas sociais?

Ángela – Eu sinto que devemos começar quebrando a ideia de que Matemática tem a ver com a realidade, mas não com os problemas sociais reais. Parar de vermos as "Ciências Exatas" como um conjunto de conteúdos conceituais que se comportam de uma maneira determinada, porque isso implica não vê-las envolvidas nas práticas sociais que os seres humanos realizam em seus diferentes contextos.

Daniela – A partir de nossa pesquisa, claramente observamos que é fundamental falarmos da Filosofia da Educação Matemática e da Filosofia da Linguagem, desde qualquer área de conhecimento, porque ao trabalharmos com elas estamos rompendo padrões, desconstruindo ideias e pensamentos que se instauraram precisamente a partir das concepções das ciências exatas. Ousamos problematizar práticas sociais como a paz e a guerra a partir da área da Matemática, esta que tem sido tratada como uma das mais formalistas das ciências. Portanto, consideramos que a perspectiva filosófica de Wittgenstein é uma grande possibilidade para professores e alunos pensarem sobre os problemas da sala de aula desde uma área específica.

 

(Camila Collato/Comunicação UFSC Blumenau, com informações Julio Faria Corrêa)

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Núcleo Pedagógico divulga plano de trabalho para o próximo biênio

17/06/2019 15:26

O Núcleo Pedagógico (NuPe) do Campus Blumenau divulgou, nesta segunda-feira (17/6) o seu Plano de Trabalho 2019/2021. O setor constitui-se num espaço de consulta, orientação, planejamento, desenvolvimento e avaliação de ações e atividades que qualificam as políticas, processos e as trajetórias de ensino e aprendizagem.

O documento foi formulado mediante contribuições das coordenações de cursos de graduação, chefias de departamento e direção de Centro e traz cinco eixos de atividades, cada um com ações específicas.

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UFSC e Institutos Federais de Blumenau e região vão às ruas em defesa da educação pública

16/05/2019 16:07

Foto: Vitor Ardengue

Nem o tempo instável da última quarta-feira (15/5) abalou a mobilização de servidores e estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Blumenau em defesa da educação. O movimento que uniu forças ao Instituto Federal Catarinense (IFC) - Blumenau e Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) – Gaspar tomou as ruas do centro da cidade, rumo à Praça do Teatro Carlos Gomes.

Vestidos com roupas pretas, às treze horas a passeata saiu, em tom fúnebre, da Sede Acadêmica do Campus Blumenau da UFSC pela Rua João Pessoa, no bairro Velha, rumo à primeira parada, na Prefeitura de Blumenau. Estudantes carregavam faixas, cartazes e, simbolicamente, um caixão no qual se lia a palavra “Educação” gravada. No local, mais pessoas juntaram-se à mobilização: estudantes e professores da educação básica da região, além de movimentos sociais e sindicatos.

A organização do ato, entretanto, reforçou aos presentes e à imprensa o caráter suprapartidário e plural da iniciativa. “Essa mobilização partiu integralmente dos estudantes, sem viés político ideológico. Quando soubemos dos cortes, tivemos uma assembleia no Campus e logo após os estudantes se reuniram para planejar o que iria ser feito diante disso. Quando vimos que as atividades da universidade já poderiam paralisar a partir de agosto ou setembro, decidimos lutar pela nossa educação por meio de uma manifestação pacífica”, explicou Dartagnan Machado, aluno do curso de Engenharia de Controle e Automação da UFSC Blumenau.

Foto: Tamara Kiernan

Um dos principais objetivos do movimento foi dialogar e demonstrar à população o que efetivamente é desenvolvido pelas universidades e institutos federais. Ainda na Praça do Teatro Carlos Gomes foram expostos banners com os projetos de pesquisa e extensão concluídos e em andamento. Estudantes e servidores distribuíram materiais informativos às pessoas que passavam pelo local, como forma de esclarecer e desconstruir notícias falsas (fake news) veiculadas virtualmente. No encerramento foi lido, em forma de coro, um manifesto em defesa da educação pública, universal e de qualidade para todos.

Segundo a organização cerca de 800 pessoas participaram do ato ao longo de toda a tarde. Segundo os números da Polícia Militar, 400 pessoas estiveram presentes. De acordo com o Comando da PM, nenhuma ocorrência foi registrada.

(Camila Collato/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau)

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Curso de extensão discute uso pedagógico das tecnologias digitais com docentes da educação básica

29/04/2019 15:14

Dezenove docentes da rede pública de educação básica de Blumenau e região estão participando da primeira edição do curso de extensão "Escola, Currículo e Tecnologias: integração didático-interdisciplinar sobre os usos de tecnologias nas práticas docentes", no Campus Blumenau da UFSC.

Coordenada pelo professor Alaim Souza Neto, a iniciativa gratuita tem o objetivo de promover uma formação-participante aos professores que lecionam disciplinas de ciências e/ou química,  sobre diferentes possibilidades e formas de uso pedagógico das tecnologias digitais (aplicativos, softwares, computadores, laptops, tablets) nas práticas docentes. O curso também discute elementos didático-pedagógicos e sua relação com possíveis mudanças e/ou inovações curriculares durante os processos de ensino e de aprendizagem.

O debate também permeia questões como as políticas públicas que propõem inserção de tecnologias ditais na escola, sobretudo, para as mudanças e inovações curriculares; a atual situação das escolas públicas da região de Blumenau, com base no Censo Escolar dos últimos cinco anos, no que diz respeito à infraestrutura tecnológica, em especial, das salas de aula; a formação docente para o uso das tecnologias digitais nas práticas pedagógicas; o desenvolvimento de práticas curriculares inovadoras e a geração de dados para subsídio ao aprofundamento de novas práticas sobre a realidade educacional das escolas públicas da região de Blumenau, no que se refere aos usos de tecnologias digitais no contexto escolar.

As aulas são ministradas em laboratório de informática, com o suporte de ferramentas como Google Classroom, plataforma Khan Academy, simuladores para as disciplinas de química e matemática,  aplicativos para área educacional, além de pesquisa científica com uso de diferentes tecnologias digitais. O projeto conta ainda com o suporte de duas bolsistas. A estimativa é de uma nova edição do curso para o semestre 2019/2, no qual serão abordados tópicos mais avançados.

(Camila Collato/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau, com informações Alaim Souza Neto)

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Abertas as inscrições para curso de extensão sobre psicanálise, matemática e educação

15/03/2019 12:43

Estão abertas as inscrições para o curso de extensão "Introdução à Psicanálise e suas Relações com a Matemática e a Educação", ministrado pelo Prof. Julio Faria Corrêa. Os encontros serão sempre às quartas-feiras, das 16h30min às 18h00, no Campus Blumenau. A iniciativa é aberta à comunidade em geral e gratuita.

O objetivo é introduzir o estudo da psicanálise lacaniana para qualquer pessoa interessada no assunto e estabelecer relações com a Matemática e a Educação. O curso será baseado no comentário das Conferências Introdutórias à Psicanálise que foram pronunciadas por Freud entre 1915 e 1917 na Universidade de Viena. Com base neste comentário serão problematizadas as relações com a Matemática e a Educação.

O comentário será realizado por meio da exposição dialogada com os participantes do curso. Serão realizados, ao todo, trinta encontros semanais, ao longo dos dois semestres letivos de 2019. O curso contará também com apresentação de trabalho sobre livro Submissão de Michel Houellebecq. Espera-se despertar o interesse pela psicanálise e suas relações com a Matemática e a Educação, além de criar as bases para o comentário da obra de Jacques Lacan.

Inscrições e projeto completo em http://juliocorrea.paginas.ufsc.br/

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UFSC oferece Curso de Aperfeiçoamento em Educação, Pobreza e Desigualdade Social – modalidade EaD (Polo Blumenau)

26/11/2018 14:27

Inscrições prorrogadas até 16 de dezembro de 2018

Edital 007/CED/2018 - Processo seletivo para ingresso no Curso

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Sobre o curso

Curso de Aperfeiçoamento Educação, Pobreza e Desigualdade Social (EPDS) tem a finalidade de provocar o debate e a reflexão, sobretudo, no que se refere aos processos de educação envolvendo sujeitos que vivenciam a pobreza ou a pobreza extrema. A provocação de tal debate está fundamentalmente associada aos desafios postos pela quase universalização da educação básica no Brasil nas últimas décadas. Esse esforço visa o cumprimento de um dever do Estado, portanto, um direito da população, garantido pela Constituição Federal de 1988 e pela Lei nº 13.005/2014, de 25/06/2014, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE).

Para que esse esforço apresente resultados, é necessário o conhecimento aprofundado do lugar social de origem de crianças, adolescentes e jovens, bem como da realidade das escolas públicas brasileiras. Considerando, desse modo, os desafios postos pela quase universalização da educação básica; pelos questionamentos referentes ao tensionamento das relações entre educação, pobreza e desigualdade social; pela necessária e urgente formação continuada de profissionais da educação; e visando fomentar o debate acadêmico sobre a temática, com vistas à transformação social de contextos empobrecidos, propõe o Curso de Aperfeiçoamento EPDS.

Objetivo Geral

Formar, em nível de aperfeiçoamento, na temática da Educação, Pobreza e Desigualdade Social, profissionais da educação básica (gestores escolares, professores, coordenadores pedagógicos, assistentes sociais) e outros envolvidos com políticas sociais que estabelecem relações com a educação para a necessidade de romper com práticas escolares que reforçam a condição de pobreza e reproduzam as desigualdades sociais.

Quem pode fazer?

É pré-requisito para o ingresso pertencer às categorias descritas como público-alvo, sendo que, nesta edição, a admissão será priorizada pela ordem descrita abaixo.

- Profissionais da educação básica (gestores escolares, professores, coordenadores pedagógicos) atuantes no Estado de Santa Catarina;
- Assistentes sociais e outros envolvidos com políticas sociais que estabelecem relações com a educação de crianças e adolescentes que vivem em circunstâncias de pobreza ou extrema pobreza, atuantes no Estado de Santa Catarina.

Metodologia

O Curso é organizado na modalidade à distância, organizado em torno de 3 módulos temáticos com duração de 180h. O Módulo Introdutório (40h) é comum a todos os percursos formativos e trata do tema: Pobreza, Desigualdades e Educação. Os demais módulos, que podem ser combinados em diferentes formatos de cursos, estão organizados a partir dos temas: a) Pobreza e Cidadania (60h); b) Pobreza, Direitos Humanos, Justiça e Educação (60h); c) Escola: espaços e tempos de reprodução e resistências da pobreza (60h); e d) Pobreza e Currículo (60h). A dinâmica proposta abrangerá: um processo introdutório, em que a equipe gestora local apresentará o processo formativo em sua totalidade; acesso aos módulos, no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVEA); encontros presenciais para as avaliações e socialização de atividades do curso, preferencialmente, ao final de cada Módulo e início do Módulo subsequente, podendo ser realizados em polos de apoio presencial; e encontro final para apresentação dos Trabalhos Finais de Curso (TFC). O TFC terá duração de 20 horas e tratará da trajetória escolar de crianças e adolescentes em situação de pobreza, beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF), que articule reflexões teóricas à trajetória escolar dessas crianças e adolescentes, tendo como centralidade os principais fatores que têm dificultado o acesso, a permanência e a conclusão dos estudos dessas populações na idade adequada.

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