Professores da Engenharia Têxtil são autores de capítulo de livro sobre tingimento sustentável
Quatro professores do Departamento de Engenharia Têxtil da UFSC Blumenau são autores de um dos capítulos do livro “Sustainable Coloration Techniques in Textiles” (Técnicas Sustentáveis de Coloração em Têxteis), lançado no início de julho. Carlos Rafael Silva de Oliveira, Catia Rosana Lange de Aguiar, Grazyella Cristina Oliveira de Aguiar e Maria Elisa Philippsen Missner são autores do capítulo 1: “Dyes and Dyeing of Textiles: An Overview of Sustainability Issues” (Corantes e Tingimento de Têxteis: Uma Visão Geral das Questões de Sustentabilidade), escrito em parceria com professores da UFSC de Florianópolis, do Quênia e do Canadá.
No processo de tingimento na indústria têxtil são utilizados, majoritariamente, corantes sintéticos. O problema é que esses materiais geram muitos problemas ao meio ambiente, causando poluição do solo, do ar e principalmente da água. A publicação destaca técnicas e inovações sustentáveis avançadas em tingimento têxtil e explora avanços de ponta em máquinas de tingimento e aprimoramentos de processos, oferecendo soluções inovadoras para processos de pré-tratamento e tingimento. Destinado a pesquisadores, estudantes e profissionais da indústria, a obra oferece soluções inovadoras para enfrentar os desafios de sustentabilidade no setor têxtil.
O convite para participar do livro foi feito pelos editores ao professor Carlos, que aceitou e ficou responsável de montar uma equipe para produzir o capítulo. De acordo com ele, um dos principais desafios do processo de tingimento têxtil é o alto consumo de água e energia. “Neste capítulo que escrevemos, são apresentadas todas as classes de corantes sintéticos têxteis, seus grupos funcionais e parâmetros de uso para o tingimento de cada fibra, com ênfase na discussão sobre como todos os fatores envolvidos no tingimento com esses corantes interferem no meio ambiente”, explica.
O capítulo também aborda questões sobre geração de resíduos provenientes do tingimento, trazendo dados atuais estatísticos de volume gerado no mundo. “Falamos sobre os riscos de toxidade que a degradação desses corantes na natureza causa, podendo inclusive causar doenças. O capítulo também aborda questões sociais, geopolíticas e regulatórias”, conta Carlos.
Por fim, os autores do capítulo apresentam alternativas para minimizar esses impactos ambientais. “Abordamos os processos sustentáveis de estamparia e tingimento, bem como o uso de corantes naturais, processos de tingimento em fluido supercrítico e estamparia botânica, além das perspectivas futuras sobre sustentabilidade no setor de tingimento e estamparia no mundo”, completa Carlos.
O livro está disponível nas versões impressa e digital, ambas à venda no site da Editora Springer. Os autores possuem como cortesia uma cópia do capítulo escrito por eles para quem tiver interesse.
Daiana Martini/Serviço de Comunicação UFSC Blumenau