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Pesquisadora da UFSC Blumenau estuda como cidades podem se recuperar de desastres

16/10/2023 12:32

Chuvas fortes exigem ações rápidas e resiliência das cidades (Imagem de Kammy27 por Pixabay)

Usar indicadores para compreender as cidades e pensar em formas de torná-las mais resilientes e preparadas a possíveis desastres. As pesquisas da professora da UFSC Blumenau Franciely Veloso Aragão podem ajudar a orientar municípios para questões cada vez mais importantes em tempos de emergências climáticas. A mais recente delas foi publicada no International Journal of Disaster Risk Reduction, com pesquisadores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). O estudo foi liderado pelas professoras Daiane Maria de Genaro Chiroli e Fernanda Cavicchioli Zola, da UTFPR.

A equipe usou como ponto de partida a norma técnica ISO 37123, que trata das cidades e comunidades sustentáveis, com indicadores para cidades resilientes. “Resiliência é a forma que uma cidade tem de reagir a possíveis riscos ou possíveis eventos catastróficos que ela possa sofrer. Então, para que a cidade seja resiliente, a gente sempre fala que ela precisa ser inteligente, porque ela precisa usar dados para conseguir prever esses possíveis riscos”, contextualiza a professora.

Esses dados podem ser obtidos e construídos a partir de variáveis estipuladas para possibilitar que a recuperação diante de desastres ocorra de uma forma rápida e sem prejuízos maiores.O grupo de pesquisadores reuniu estudos internacionais para mapear a evolução das pesquisas na área e identificar como essa questão é tratada pela comunidade científica do mundo todo.

“Para uma cidade ser resiliente, ela tem de ser inteligente também. Então, eu não consigo prever possíveis riscos se eu não tenho a capacidade de gerar e monitorar esses dados.Para ser inteligente, a cidade precisa conseguir captar dados e fazer com que gerem informações eficazes para prever possíveis desastres e se antecipar em relação a sua recuperação”, pondera Franciely.

Nos estudos analisados pelo grupo, há destaque para exemplos práticos. É o caso das cidades de Nova York e Taiwan. Na cidade dos Estados Unidos, por exemplo, pesquisadores indicam que, por estar muito exposta a interesses das elites, a cidade tem a sua infraestrutura verde condicionada às decisões dos residentes sobre pagar mais impostos por espaços resilientes e sustentáveis.

Em Taiwan, em contrapartida, estudos indicam que mesmo a região sendo suscetível a terremotos, a população não confia nas previsões e não se mostra disposta a pagar mais impostos pela política de redução do risco sísmico.”Hoje a gente tem muitas cidades ao redor do mundo que vem utilizando de muita tecnologia para fazer a antecipação desses desastres e o monitoramento de possíveis riscos dessas possíveis variáveis”, contextualiza a professora.

Tecnologia e indicadores como aliados

Ela explica que esses estudos levantados por seu grupo de trabalho tratam principalmente da utilização de tecnologias, como softwares e programas computacionais, para trabalhar no monitoramento das variáveis. “Dessa forma, é possível comunicar a população de forma praticamente imediata. Isso mostra que cidades ao redor do mundo, principalmente cidades que sofrem muito com desastres, estão utilizando dessa inteligência para se precaver e proteger a população”.

A pesquisadora também destaca o papel da sustentabilidade, já que, quando há características sustentáveis bem norteadas em um determinado espaço, as de resiliência urbana também costumam ser bem definidas. Para entender esses aspectos de forma sistemática é que se recorre aos indicadores. “Nós temos muitas cidades que se dizem sustentáveis e resilientes, mas muitas vezes elas não monitoram esses indicadores. E aí se tornam falhas”, pondera.

São José dos Campos é uma das cidades certificadas com a ISO das cidades resilientes (Foto: Cláudio Vieira, Prefeitura de São José dos Campos)

A norma técnica ISO 37123, foco do estudo do qual a professora participou, é a primeira que abrange um conjunto de indicadores voltados à cidades resilientes. Os pesquisadores explicam que ela surgiu em 2019, para auxiliar nos esforços de planejamento. “Este padrão internacional transmite definições precisas e referências avaliativas que padronizam os resultados esperados em relação às cidades resilientes e comunidades, fornecendo uma estrutura estruturada para dissecar os atributos de sistemas resilientes”, explicam, no artigo da International Journal of Disaster Risk Reduction.

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que adaptou a norma à realidade brasileira, o objetivo principal da certificação é ajudar a atrair investimentos e impulsionar o desenvolvimento econômico com dados comparativos globais. O processo facilitaria a troca de informações e projetos através do compartilhamento de dados, permitindo comparações por meio de uma vasta gama de medidas de desempenho.

De acordo com a professora, diferentes cidades e regiões possuem diferentes problemas que podem ocasionar desastres ambientais. No caso do Sul, tanto as secas quanto as cheias costumam prejudicar as cidades e exigir respostas imediatas. “Essa alteração climática que provoca esses desastres ambientais acaba impactando de forma muito rápida as pessoas mais vulneráveis socialmente. Por isso, o foco desses estudos é prever e planejar como essas cidades precisam se tornar resilientes”.

Segundo o estudo, os próprios indicadores propostos na norma técnica são um caminho que as cidades podem percorrer para assumirem o compromisso com a resiliência baseada em dados. Articulando o eixo ambiental, social e econômico, a partir de indicadores relacionados desde ao planejamento urbano até o fornecimento de água, a pesquisa pode contribuir para que os municípios empreguem uma nova lente para se tornarem inteligentes, resilientes e sustentáveis.

Atualmente, o grupo de Franciely está desenvolvendo uma ferramenta de avaliação da maturidade das cidades com foco na sua sustentabilidade, inteligência e resiliência. “Essa ferramenta já está pronta e já foi testada em algumas cidades, então a gente vem estudando fortemente, principalmente com os alunos, em forma de pesquisa e criação de tecnologias”. Para os pesquisadores, conforme exposto na conclusão do estudo, “é necessário mais investimento para desenvolver a resiliência, particularmente na prevenção e recuperação de desastres, destacando os eixos sociais e ambientais do tripé da sustentabilidade e incentivando a participação da população nas decisões públicas”.

Amanda Miranda, jornalista da Agecom/UFSC

Tags: cidades inteligentescidades resilientesclimaPesquisa

Prorrogada a submissão de trabalhos para o 6º Seminário de Iniciação Científica

03/10/2023 09:18

Foi prorrogada até o dia 11 de outubro a submissão de trabalhos para serem apresentados no 6º Seminário de Iniciação Científica do Campus Blumenau da UFSC (6º SIC-Blumenau). O evento será realizado nos dias 24 e 25 de outubro, de forma presencial, no Auditório Professor Fernando Ribeiro Oliveira.

O SIC-Blumenau tem como objetivo intensificar a divulgação dos trabalhos de pesquisa realizados pelos estudantes de iniciação científica e tecnológica do Campus Blumenau. Todos os alunos envolvidos em projetos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) ou do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), como bolsistas ou como voluntários, podem inscrever seus trabalhos. A ideia é promover o debate e o intercâmbio de informações entre a comunidade acadêmica.

A apresentação dos trabalhos de pesquisa será feita de forma oral, cada uma com 10 minutos de duração. A divulgação do cronograma das apresentações está prevista para ocorrer até o dia 10 de outubro.

Haverá duas categorias de certificados: uma para os apresentadores de trabalho e outra para quem assistir às apresentações. No caso dos ouvintes, não é necessário realizar inscrição prévia, basta comparecer ao evento e registrar sua presença.

>>> Para inscrever seu trabalho de pesquisa, clique aqui.

Em caso de dúvidas, entre em contato com a Comissão Organizadora pelo e-mail 

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau

Tags: eventoiniciação científicainscrições prorrogadasPesquisapibicpibitiSIC-Blumenausubmissão de trabalhos

Submissão de trabalhos para o 6º SIC-Blumenau pode ser feita até dia 2 de outubro

18/09/2023 12:21

Termina no dia 2 de outubro, a submissão de trabalhos para o 6º Seminário de Iniciação Científica do Campus Blumenau da UFSC (6º SIC-Blumenau). O evento será realizado nos dias 24 e 25 de outubro, de forma presencial, no Auditório Professor Fernando Ribeiro Oliveira.

O SIC-Blumenau tem como objetivo intensificar a divulgação dos trabalhos de pesquisa realizados pelos estudantes de iniciação científica e tecnológica do Campus Blumenau. Todos os alunos envolvidos em projetos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) ou do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), como bolsistas ou como voluntários, podem inscrever seus trabalhos. A ideia é promover o debate e o intercâmbio de informações entre a comunidade acadêmica.

A apresentação dos trabalhos de pesquisa será feita de forma oral, cada uma com 10 minutos de duração. A divulgação do cronograma das apresentações está prevista para ocorrer até o dia 10 de outubro.

Haverá duas categorias de certificados: uma para os apresentadores de trabalho e outra para quem assistir às apresentações. No caso dos ouvintes, não é necessário realizar inscrição prévia, basta comparecer ao evento e registrar sua presença.

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Serviço de Comunicação UFSC Blumenau

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Estudante de Engenharia de Materiais tem trabalho selecionado para evento internacional

15/09/2023 16:34

O estudante Pablo Andrés Molina Correa, da décima fase do curso de Engenharia de Materiais da UFSC Blumenau, teve um trabalho selecionado para a 30ª Jornadas de Jovens Pesquisadores da Associação de Universidades Grupo Montevideo (AUGM). O trabalho dele é um dos 17 de graduação selecionados para representar a UFSC no evento, que será realizado de 11 a 13 de outubro, na Universidad Nacional de Assunción (UNA) em Assunção, no Paraguai, com o tema “Investigación científica y tecnológica para un desarrollo sostenible”.

O trabalho selecionado tem como título Síntesis e Caracterización de la Aleación de Alta Entropía FeTiCoNbMo Mediante Fresado Mecánico y Laser Cladding (Síntese e Caracterização da Liga de Alta Entropia FeTiCoNbMo por Moagem Mecânica e Laser Cladding). Ele é desenvolvido por Pablo com o apoio dos demais integrantes do Grupo de Estudo e Síntese de Materiais (Gesmat), sob orientação do professor Claudio Michel Poffo.

Pablo conta que o trabalho já vem obtendo bons resultados até o momento. “Estamos realizando o estudo de uma liga especial que possui múltiplos componentes de igual proporção. Essa mistura proporcional nos permite, de acordo com as leis termodinâmicas, obter uma liga metálica com um grande leque de propriedades e desempenho superior a ligas comuns. No caso da pesquisa, a liga de alta entropia apresentou elevada dureza e boas propriedades térmicas”, explica.

Esta será a primeira experiência do estudante em um evento científico internacional. “Minha expectativa é abrir meus horizontes para o meio acadêmico/científico internacional, latino-americano principalmente. Conhecer esta nova geração de pesquisadores e de que maneira a indústria se conecta ao meio científico”, conta Pablo.

O futuro engenheiro também destaca a relevância da iniciação científica na graduação. “Gostaria de agradecer a toda a equipe do laboratório Gesmat que me apoiou e me ajudou muito na pesquisa. E também ressaltar a importância da iniciação científica tanto para o aluno quanto para a universidade e nação, visto que dessa forma, o meio científico terá mais visibilidade e possibilitará um aumento gradativo no investimento do mesmo”, completa.

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau

Tags: Engenharia de Materiaiseventoiniciação científicaPesquisa

Aberta a submissão de trabalhos para o 6º Seminário de Iniciação Científica

21/08/2023 13:08

Está aberta, até o dia 2 de outubro, a submissão de trabalhos para o 6º Seminário de Iniciação Científica do Campus Blumenau da UFSC (6º SIC-Blumenau). O evento será realizado nos dias 24 e 25 de outubro, de forma presencial, no Auditório Professor Fernando Ribeiro Oliveira.

O SIC-Blumenau tem como objetivo intensificar a divulgação dos trabalhos de pesquisa realizados pelos estudantes de iniciação científica e tecnológica do Campus Blumenau. Todos os alunos envolvidos em projetos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) ou do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), como bolsistas ou como voluntários, podem inscrever seus trabalhos. A ideia é promover o debate e o intercâmbio de informações entre a comunidade acadêmica.

A apresentação dos trabalhos de pesquisa será feita de forma oral, cada uma com 10 minutos de duração. A divulgação do cronograma das apresentações está prevista para ocorrer até o dia 10 de outubro.

Haverá duas categorias de certificados: uma para os apresentadores de trabalho e outra para quem assistir às apresentações. No caso dos ouvintes, não é necessário realizar inscrição prévia, basta comparecer ao evento e registrar sua presença.

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Servidora da UFSC Blumenau coleta amostras em escavações no antigo DOI-Codi em São Paulo

18/08/2023 13:42

Foto: arquivo pessoal

Na semana passada, de 7 a 12 de agosto, a servidora Maryah Elisa Morastoni Haertel, técnica de laboratório de Física da UFSC Blumenau, esteve em São Paulo para participar das escavações do prédio onde funcionava o Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). O trabalho faz parte de uma pesquisa que envolve profissionais de diversas universidades brasileiras. Apesar de não ser o único (haviam DOI-Codi em quase todos os estados durante o período da ditadura militar), o de São Paulo foi o primeiro e um dos mais ativos centros de tortura, interrogatório, assassinato e desaparecimento do país.

A pesquisa Arqueologias do DOI-Codi do II Exército de São Paulo: leituras plurais da repressão e da resistência tem como objetivo implementar uma pesquisa arqueológica (histórica e forense) sobre as antigas instalações da unidade. A partir dela, será possível produzir conhecimento e entendimento dos mecanismos adotados pelo órgão e suas conexões com outros espaços de tortura, tanto no Brasil como na América Latina, para que a sociedade possa compreender o papel do DOI-Codi durante a ditadura militar e o impacto das ações operadas no local sobre as vítimas e seus familiares.

Foto: Rubens Cavallari/Folhapress

O trabalho dos pesquisadores envolve diferentes frentes. Uma delas é a pesquisa de documentos e entrevistas com pessoas que vivenciaram experiências nesse ambiente durante o período estudado, inclusive vizinhos, já que o prédio fica em uma área residencial na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo. Também estão sendo empregadas metodologias advindas do campo da Arqueologia Forense para detecção de evidências para identificação de vestígios de tortura. Posteriormente, serão realizadas as etapas de genética forense (no caso de localização de evidência de sangue), arqueologia da arquitetura para compreensão dos espaços utilizados e escavação do subsolo do conjunto arquitetônico para busca de evidências das ações desenvolvidas nesses ambientes.

Possíveis vestígios

Maryah faz parte do núcleo de Arqueologia Forense, coordenado pela professora Claudia Plens, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Embora eu não seja arqueóloga, fui convidada para participar pela minha experiência com as tecnologias utilizadas para rastreamento de vestígios biológicos. Ou seja, eu utilizei diferentes técnicas em alguns locais do prédio para tentar rastrear vestígios de cunho biológico (saliva, sangue, urina, entre outros) que podem ter sido produzidos em centros de tortura e podem ainda ter ficado no prédio”, explica. A principal atuação de Maryah foi no segundo andar do prédio, em salas que mostraram pouca modificação em relação ao piso original, e que foi possível chegar a ele retirando camadas do piso atual.

Foto: arquivo pessoal

A pesquisadora conta que foi até São Paulo realizar esse trabalho sabendo que haveria uma mínima probabilidade de encontrar alguma coisa. “A verdade é que o prédio foi modificado e utilizado por outro instituto após seu período como DOI-Codi, além de ter ficado um tempo abandonado após seu tombamento histórico. Porém, eu acredito que é um trabalho que necessitava ser realizado: se você fosse parente de alguém preso, ou algum dos presos, você não gostaria que uma pesquisa séria fosse ao local ajudar a materializar todos os relatos das barbáries ocorridas naquele lugar? Estima-se que mais de sete mil presos passaram pelo local. É em respeito à memória de cada um que passou (e sofreu) por lá”, relata.

Porém, durante a coleta de amostras, alguns pontos deram positivo. “Neste momento da pesquisa ainda não é possível afirmar que foram encontrados vestígios biológicos. Foram utilizadas luzes forenses e aplicação de luminol, porém um positivo apenas significa ser um local/material de interesse e que merece mais investigação. Esse procedimento foi exatamente o que foi realizado: colhemos amostras que passarão por uma análise laboratorial”, explica Maryah. O luminol reage com substâncias metálicas, orgânicas ou não. No caso do sangue, o ferro das hemoglobinas é o que faz com que a solução emita luz.

A análise do material coletado será a próxima etapa da pesquisa. “Ainda estamos estabelecendo quais são as melhores técnicas a serem aplicadas. Além disso, essa coleta inicial foi realizada em espaços de sondagem, ou seja, aberturas pequenas no piso para entender o que havia por baixo. Com os resultados obtidos, estamos estudando a possibilidade de ampliar essas áreas e realizar novas coletas”, revela a pesquisadora.

Materialização dos relatos

Foto: Rubens Cavallari/Folhapress

Além dos vestígios que ainda serão analisados em laboratório, os pesquisadores encontraram também inscrições na parede após a decapagem das camadas de tinta do prédio, que aparenta ser de um calendário. Além disso, foram encontrados mais de 300 objetos antigos, como papéis de bala, solas de sapato, frascos de tinta para caneta e carimbo, fragmentos de louças, entre outros. A ideia é que, ao final da pesquisa e entrega do relatório final, o local seja transformado em um memorial, com exposição das peças encontradas, a fim de preservar a memória e a verdade sobre o período da ditadura no Brasil.

“O trabalho realizado até aqui por toda a equipe, que era majoritariamente feminina, foi fenomenal. Eram mais de 25 pessoas trabalhando em três frentes distintas, todos de forma voluntária. Os resultados obtidos pelas outras frentes também foram muito expressivos. Mas acima de tudo, o projeto está conseguindo materializar os relatos dos presos do local”, avalia Maryah.

Marco histórico

Foto: arquivo pessoal

Na pesquisa realizada no DOI-Codi, é a primeira vez que a Arqueologia Forense é aplicada no Brasil. “Isso, por si só, já é um grande feito. Além disso, foram desenvolvidos métodos para que este estudo fosse viabilizado, para que fosse possível de ocorrer. Então há uma importância histórica considerando os achados e sua importância para contar a história da ditadura no Brasil, mas também na criação de métodos para a aplicação desses mesmo processos em outros locais de repressão”, pontua Maryah.

A pesquisa teve grande cobertura pela imprensa nacional. Duas equipes acompanharam o trabalho dos pesquisadores durante todo o período de escavações, que foi de 2 a 14 de agosto. Uma delas irá produzir um documentário e outra uma edição do programa Profissão Repórter da TV Globo. Para auxiliar na divulgação dos resultados alcançados, também foi criado um perfil da pesquisa no Instagram (@arqueodoicodisp).

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau

Tags: arqueologia forenseditaduraDOI-CodiPesquisa

UFSC consulta comunidade sobre prestação de serviços em espaços concedidos nos campi

16/05/2023 12:20

A Pró-Reitoria de Administração (Proad) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está promovendo uma consulta, via formulário, para toda a comunidade, sobre quais serviços deveriam ocupar as áreas destinadas à concessão em seus campi. O levantamento se refere à oferta de serviços de lanchonete, máquinas de venda automática de produtos, lavanderia, área de coworking, caixa eletrônico, entre outros. 

Além de servidores técnico-administrativos em educação (técnicos e professores) e estudantes, a comunidade externa também pode participar do levantamento. As pessoas podem registrar as preferências por futuros estabelecimentos que devem ocupar os campi da UFSC. O formulário estará disponível para preenchimento até 31 de maio.

A pesquisa englobará as necessidades de implantação em todos os cinco campi da UFSC (Araranguá, Blumenau, Curitibanos, Florianópolis e Joinville). Além disso, irá recolher dados para a ocupação dos espaços vagos no Centro de Cultura e Eventos e também do Centro de Convivência, atualmente desativado. A Proad informa, no formulário da pesquisa, que pretende utilizar os resultados como subsídio para a elaboração de novos editais e promover o uso mais eficiente dos espaços disponíveis na UFSC.

>>> Para preencher o formulário, clique aqui.

Notícias da UFSC

Tags: consultaPesquisaproad
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