UFSC divulga resultado do processo de transferências e retornos

02/07/2019 14:35

O Departamento de Administração Escolar (DAE) divulgou o resultado processo seletivo de Transferências e Retornos para o preenchimento de vagas remanescentes para o segundo semestre de 2019 (Edital de Vagas nº23/GD/DAE/2019, de 27 de maio de 2019), conforme pareceres emitidos pelas coordenadorias dos cursos de graduação.

Candidatos classificados devem realizar matrícula online no período de 10 a 18 de julho.

Dúvidas sobre o resultado das transferências e retornos deverão ser tratadas diretamente com a Coordenadoria do respectivo Curso.

(Fonte: Notícias UFSC/Agecom)

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Vestibular 2019.2: confira locais de prova e relação candidato/vaga

19/06/2019 12:18

O curso de Medicina do Campus Araranguá foi o mais procurado no Vestibular 2019.2 da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com 5.151 inscritos para 60 vagas, totalizando uma concorrência de 85,85 candidatos por vaga. Apesar de ser o mais procurado, o curso não é o mais concorrido deste concurso, que terá 110 candidatos disputando uma única vaga para o curso de Licenciatura em Química, no Campus UFSC Florianópolis.

Os dados são da relação candidatos/vaga na classificação geral, divulgados nesta terça-feira, 18 de junho, pela Comissão Permanente do Vestibular (Coperve). A Coperve divulgou também a confirmação definitiva de inscrições e locais de prova, além da relação candidato/vaga para os optantes de ações afirmativas.

Confira os 10 cursos mais procurados no Vestibular 2019.2:

Ranking Curso Vagas Inscritos C/V
1 MEDICINA – ARARANGUÁ 60 5151 85,85
2 GEOGRAFIA – BEL/LIC – NOTURNO – FLORIANÓPOLIS 5 204 40,80
3 ENGENHARIA DE AQUICULTURA – DIURNO – FLORIANÓPOLIS 15 159 10,60
4 ENGENHARIA CIVIL DE INFRAESTRUTURA – JOINVILLE 15 145 9,67
5 SECRETARIADO EXECUTIVO – NOTURNO – FLORIANÓPOLIS 4 134 33,50
6 MATEMÁTICA – LIC – DIURNO – FLORIANÓPOLIS 62 131 2,11
7 BIBLIOTECONOMIA – NOTURNO – FLORIANÓPOLIS 16 114 7,13
8 ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO -DIURNO/NOTURNO – ARARANGUÁ 14 110 7,86
9 QUÍMICA – LIC – DIURNO – FLORIANÓPOLIS 1 110 110,00
10 AGRONOMIA – DIURNO – CURITIBANOS 39 107 2,74

Relação candidato / vaga na classificação geral e ações afirmativas:

Total de Candidatos / Total de Vagas

Classificação Geral (Somente Não Optantes PAA) / Total de Vagas Classificação Geral (Somente Não Optantes PAA)

Classificação Geral

PAA – Escola Pública – Renda até 1,5 Sal. Mínimos – PPI (Pretos, Pardos e Indígenas) – DEFICIENTES

PAA – Escola Pública – Renda até 1,5 Sal. Mínimos – PPI (Pretos, Pardos e Indígenas)

PAA – Escola Pública – Renda até 1,5 Sal. Mínimos – Outros – DEFICIENTES

PAA – Escola Pública – Renda até 1,5 Sal. Mínimos – Outros

PAA – Escola Pública – Renda acima de 1,5 Sal. Mínimos – PPI (Pretos, Pardos e Indígenas) – DEFICIENTES

PAA – Escola Pública – Renda acima de 1,5 Sal. Mínimos – PPI (Pretos, Pardos e Indígenas)

PAA – Escola Pública – Renda acima de 1,5 Sal. Mínimos – Outros – DEFICIENTES

PAA – Escola Pública – Renda acima de 1,5 Sal. Mínimos – Outros

 

Mais informações: vestibular2019.2.ufsc.br

Coperve: (48) 3721-9200

(Fonte: Notícias UFSC)

Tags: concursoufscVestibular

Perfil do graduando UFSC: série apresenta resultados de pesquisa nacional realizada com estudantes

03/06/2019 11:55

(29/05/2019)

O acesso ao ensino superior gratuito no Brasil ainda está em processo de democratização. A exclusão histórica de pobres, pretos/pardos/indígenas, deficientes físicos entre outros é um retrato complexo a ser revertido. Este cenário está em constante mudança deste a aprovação da Lei de Cotas (nº 12.711) que, a partir de 2012, passou a reservar 50% das vagas em cursos de universidade institutos federais para estudantes que realizaram o ensino médio na rede pública.

Para analisar como a Lei de Cotas (nº 12.711/2012), o Estatuto da Juventude (nº 12.852/2013) e as Políticas de Ações Afirmativas têm se comportado nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFEs), a Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes) tem realizado pesquisas para identificar o perfil socioeconômico e cultural do graduando. Conforme o pró-reitor de Assuntos Estudantis da UFSC, Pedro Luiz Manique Barreto a pesquisa é extremamente importante porque apresenta um raio-x da realidade social e socioeconômica que serve de base para definir as políticas de permanência estudantil e para entender quais são as principais características e necessidades dos estudantes. “Os dados apresentados demonstram a democratização do acesso e indicam fatores como os benefícios de atividades físicas para os estudantes”, destacou. Um dos dados apresentados pela pesquisa que surpreendeu o pró-reitor é o indicativo relacionado ao número de alunos que entram na universidade por meio de ações afirmativas e são os primeiros integrantes da família a cursarem o ensino superior, “cerca de 66% dos alunos que entram na UFSC através de ações afirmativas apresentam essa característica”, enalteceu.

A V Pesquisa Nacional de Perfil Socioeconômico e Cultural dos Graduandos das IFEs, edição de 2018, contou com a participação de mais de 1,2 milhão de estudantes de 65 IFEs, sendo 63 universidades e dois Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets). Da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) participaram 34.205 graduados, o que representou 2,8% do total de respondentes.

Relatório Executivo que apresenta os dados da realidade brasileira foi divulgado este mês. Para apresentar os achados da pesquisa, a Agência de Comunicação da UFSC (Agecom) preparou uma série composta por quatro reportagens especiais. A primeira vai abordar, de maneira geral, os dados encontrados na pesquisa que definem o perfil do graduando do Brasil e da UFSC, tais como faixa etária, cor/raça, orientação sexual/gênero. A segunda vai versar sobre a relação de trabalho e tempo para os estudos, como moram os estudantes, como se constitui sua renda, origem familiar e deslocamento até a universidade. A terceira reportagem falará sobre o histórico escolar desses estudantes, como se deu o ingresso na universidade e aspectos da vida acadêmica e atividades culturais. A última delas vai tratar de assuntos delicados, mas relevantes, tais como as dificuldades estudantis e emocionais, saúde e qualidade de vida.

Definida pelo Estatuto da Juventude como um direito de todos, a educação superior ainda é um sonho distante para muitos jovens. A democratização deste acesso, principalmente por meio da implantação de políticas que permitem o ingresso e a permanência desses estudantes, tem mudado o perfil dos graduandos no Brasil.

A pesquisa divulgada este ano revelou que o perfil racial do estudante das IFEs brasileiras mudou: do universo pesquisado, 51,2% dos estudantes são pretos/pardos/quilombolas. O número de indígenas aldeados dobrou da pesquisa de 2014 para a de 2018. Na UFSC, 77,7% dos respondentes são brancos; 12,9% se declaram pardos; 5,3% pretos; e 0,5% indígenas.

As questões sobre gênero e orientação sexual foram inovações do questionário da V Pesquisa. Segundo os dados, na UFSC 58% dos respondentes são do sexo feminino, sendo que do total, 73% se declaram heterossexuais.

O perfil do estudante da UFSC é composto, na maioria, por jovens entre 18 e 24 anos (68%); 77,2% ingressaram via Vestibular e 17,5% via Enem/Sisu; 63,9% entraram na universidade por ampla concorrência e 36,1% via cotas, o que representa 12.343 estudantes; 55,8% estudou somente ou a maior parte em escola pública; 86,3% são solteiros; e 92,9% não possuem filhos.

Os dados de ingresso por ações afirmativas na UFSC mostram que 12,7% deles vêm de escola pública e possuem baixa renda (renda bruta per capita igual ou inferior a 1,5 Salário Mínimo), 3.010 ingressaram pela cota preto/pardo/indígena e 89 pela de deficiente. Ainda, 82,5% realizaram o ensino médio padrão e 13,7% o ensino médio integrado ao técnico. Há um número significativo de estudantes que concluíram o Ensino Médio via Educação de Jovens e Adultos (EJA), são 755 estudantes na UFSC.

Dos respondentes, 25,5% são estudantes de Engenharias, seguido de 21,8% da área de conhecimento Sociais Aplicadas e 12,4% da área de conhecimento Humanas; 48,5% dos graduandos estudam em período integral; 31,5% diurno; e 20% noturno.

 

A vida do graduando da UFSC

Os estudantes da UFSC residem, na sua grande maioria, na mesma cidade em que estudam, sendo que 35,4% moram com os pais e 22,4% sozinhos. Para chegar até a universidade, 41% usam transporte coletivo (ônibus, van, etc) e 32,3% se deslocam a pé. 10. 697 estudantes moram entre 10 e 50 quilômetros de distância da universidade; 36,3% trabalham (12.466) e 10.059 estão à procura de trabalho (29,4%). A maioria dos que trabalham possuí vínculo de estágio (14,5%) ou carteira assinada (3.366).

Da formação dos pais, 47,8% das mães(quem criou) e 44,9% dos pais (quem criou) possuem ensino médio ou ensino superior completos.

Dos respondentes, 62% relataram que a moradia da família é própria ou quitada e 19,4% é alugada. A maioria possui água encanada (98,1%), rua pavimentada (83,9%), acesso à Internet em casa (96,3%), entre um e três computadores em casa (81,7%), entre um e dois automóveis na casa da família (70,4%).

Dentre os graduandos da UFSC que participaram da pesquisa, 47,6% realizam as suas principais refeições no Restaurante Universitário e 10.427 possuem ou participam de alguma ação do Programa de Assistência Estudantil.

Os estudantes da UFSC se informam pela mídia eletrônica formal (49,4%), seguido pelas Redes Sociais (25,3%); 48% possuem um bom domínio do inglês; e 43,2% dizem que aumentaram a leitura de obras literárias após ingressar na universidade.

 

Das dificuldades enfrentadas pelo graduando da UFSC

Para 23,7% dos graduandos da UFSC que responderam à pesquisa (8.095), as dificuldades financeiras enfrentadas por eles interferem significativamente na sua vida ou no contexto acadêmico; o tempo de deslocamento para a universidade afeta 19,8% dos estudantes (6.790); 15,8% alegam carga excessiva de trabalho (5.397); e 15% têm dificuldade de aprendizado (5.115).

Os problemas emocionais também afetam 10.184 estudantes, sendo a ansiedade a principal delas: 24.279 dos respondentes disseram sofrer de ansiedade nos últimos 12 meses. O abandono ao curso já foi considerado por 53,8% dos estudantes, sendo a maioria declara que pensou nessa possibilidade devido à carga de trabalho acadêmico (19,4%).

Confira AQUI o Relatório Executivo completo contendo os dados nacionais

Nicole Trevisol / Jornalista da Agecom / UFSC

Ricardo Torres / Agecom / UFSC

*Arte: Leonardo Reynaldo / Agecom / UFSC

** Foto: Ítalo Padilha / Agecom / UFSC

Tags: EstudantegraduandoperfilPesquisaPRAEufsc

Lançada segunda etapa da pesquisa para escolha do novo nome do Centro de Blumenau

23/05/2019 18:11

Está no ar a segunda rodada da pesquisa para escolha do novo nome do Centro de Blumenau da UFSC. Nessa nova enquete foi agregada uma terceira sugestão (além das duas inicialmente mais votadas) apontada pelos participantes, na primeira fase, na opção "outros".

Desse modo, após discussão do Conselho de Unidade, no dia 16 de maio, servidores e estudantes poderão escolher dentre as seguintes opções:

1. Centro Tecnológico, de Ciências Exatas e Educação (CTE)
2. Centro de Ciências e Tecnologias (CCT)
3. Centro Tecnológico de Blumenau (CTB)

A votação ficará disponível até 31 de maio no link adm.blumenau.ufsc.br/pesq_nome/

(Camila Collato/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau)

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Carta de Florianópolis: veja propostas da UFSC, IFC e IFSC a partir do bloqueio de orçamento

22/05/2019 11:12

Carta de Florianópolis

Florianópolis, Santa Catarina, 20 de maio de 2019.

Dirigentes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e do Instituto Federal Catarinense (IFC), professores, estudantes, movimentos sociais e comunidade acadêmica reuniram-se no Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima no auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos “Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo”, onde se realizou o Seminário “A situação das Universidades e Institutos Federais a partir do bloqueio do Orçamento proposto pelo Ministério da Educação”, promovido pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

Dados do orçamento dessas instituições federais de ensino, a partir do impacto que o bloqueio orçamentário do Governo Federal (por meio do Decreto 9.741, de 28 de março de 2019) proposto pelo Ministério da Educação, foram apresentados ao público presente pelo seus reitores/as. Entidades do corpo docente, discente e técnico-administrativos ali representadas e personalidades se manifestaram, apresentando também uma série de recomendações ao debate na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

Os sucessivos cortes nas políticas educacionais, no ensino superior e na educação básica, a ameaça de acabar com a vinculação constitucional que assegura recursos para a educação evidenciam um quadro de desmonte do ensino público de nosso país.

Medidas tomadas pelo governo federal têm atingido à gestão democrática e à autonomia das instituições, desfigurando princípios constitucionais e pilares fundamentais para a liberdade de pensamento e crítica acadêmico-científica que edificam as universidades, dentre estas medidas prescritas destaca-se a subordinação de nomeações e exonerações dos cargos de confiança pelos reitores, incluídos os cargos de pró-reitores e diretores, ao aval dos ministros da Educação e da Casa Civil. O Ministério da Educação, com estas decisões, afeta a qualidade do atendimento público nas escolas, universidades e institutos federais.

Sendo assim os participantes deste seminário apresentam os seguintes pontos a ser entregue ao Ministro da Educação, Abraham Weintraub e a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados:

  1. Que não sejam aplicados os cortes orçamentários, devendo o MEC obedecer aos preceitos legais da Lei de Diretrizes Orçamentária e também primar pelos ritos e atribuições da Câmara Federal;
  2. Que seja respeitada plenamente a autonomia das universidades e institutos federais, revogando os decretos que ferem a autonomia universitária – a exemplo do Decreto 9.794/2019 – preservando a autonomia e a democracia na escolha dos dirigentes e demais cargos das instituições federais de ensino;
  3. Que se apoie o Projeto de Lei Complementar (PLP) 8/2019, de autoria da deputada Maria do Rosário, no sentido de alterar o parágrafo 2º do artigo 9º da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, determinando que os recursos destinados no Orçamento da União para as universidades públicas federais e os institutos federais de educação, ciência e tecnologia não sejam objeto de limitação de empenho e movimentação financeira;
  4. Que sejam mantidos os programas de apoio à permanência estudantil, com a garantia de manutenção das bolsas voltadas à formação e à permanência estudantil, preservada a integralidade das Políticas de Cotas para acesso ao ensino superior público;
  5. Que se mantenha e fortaleça o FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, como política de Estado e não de governo;
  6. A liberação, ainda no primeiro semestre, dos limites orçamentários de, no mínimo, 50% dos recursos previstos para as despesas correntes, garantindo a plena execução orçamentária;
  7. A revogação da Emenda Constitucional 95, que estabelece o teto de investimentos públicos em áreas como educação, saúde e assistência social.

Por fim, os participantes ainda se manifestam contrários à reforma da previdência e a redução de direitos. Consideram ainda muito grave a fala do Senhor Presidente da República, Jair Bolsonaro, que tratou de forma desrespeitosa as manifestações democráticas ocorridas no último dia 15 de maio. Salientam o necessário decoro que o seu cargo exige. Ao final do Seminário os participantes lembraram a importância das mobilizações para os dias 30 de maio e 14 de junho, como forma de expressar a defesa da educação pública e dos direitos conquistados.

 

Documento original em PDF

 

Saiba mais:
Dirigentes de instituições federais de SC participam de seminário sobre bloqueio orçamentário

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PréUFSC: estudante de Indaial conquista aprovação em Medicina na UFSC

10/03/2019 19:33

"Eu queria mostrar que a escola pública também pode", afirmou Érick Schnorrenberger, aprovado no Vestibular UFSC 2019 para o curso de Medicina.

Érick e o pai, Lauro, retornam ao Campus Blumenau após a aprovação (Foto: Camila Collato/UFSC Blumenau)

A preparação para o vestibular é um desafio que abrange uma série de fatores, que vão desde o curso a ser escolhido, até questões pedagógicas e socioeconômicas de acesso à escola, materiais, professores e cursinhos preparatórios. Para quem almeja carreiras como Medicina é preciso ainda ter foco para não se deixar abalar pela alta concorrência. No último vestibular da UFSC, o curso somou 204 candidatos/vaga mantendo-se no topo do ranking das carreiras mais disputadas.

Mas tudo isso não desanimou Érick Schnorrenberger, de 18 anos, então estudante da EEB Raulino Horn, de Indaial/SC. Com o suporte das aulas do PréUFSC, cursinho gratuito oferecido pelo Campus Blumenau, e o apoio da família ele conquistou a tão sonhada vaga e iniciará, em agosto deste ano, os primeiros passos na carreira médica na UFSC.

Quando convidado para falar um pouco sobre sua experiência nesse processo, Érick veio acompanhado do pai Lauro Schnorrenberger, que não continha o sorriso orgulhoso estampado no rosto. De família simples, oriunda de Itapiranga, no Extremo Oeste catarinense, o novo calouro da UFSC aprendeu desde cedo o significado de persistência e o gosto pela leitura com os pais. "Desde crianças eles [referindo-se também à irmã, Ketlyn] devoravam gibis. A gente tinha que contar várias e várias vezes histórias para eles. Também sempre estavam na biblioteca municipal de Indaial. Voltavam para casa com pilhas e mais pilhas de livros", recorda Lauro. Para ambos, a educação para a leitura foi de vital importância no desenvolvimento de competências como concentração e interpretação.

Érick acompanhado dos pais, Marlene e Lauro, e da irmã Ketley no campus Florianópolis da UFSC, onde iniciará os estudos no segundo semestre.

No 8° e 9° ano do fundamental, Érick participou das competições da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBMEP), conquistando a medalha de bronze e uma bolsa do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC). Essa experiência o motivou a seguir sozinho na preparação para o vestibular durante o ensino médio. Mesmo com um boletim impecável - com notas que variavam em sua maioria entre 9,0 e 10,0 - o estudante não relaxava na rotina escolar. "Eu sempre estudei muito...assim, eu sempre fui o nerd da sala [risos]. Sempre fiz mais do que precisava, para além dos trabalhos, das provas. Os professores me questionavam por que eu estudava tanto se eu já estava com notas excelentes para passar. Mas eu sabia que se eu quisesse aprovar no vestibular, tudo tinha que ser diferente", contou.

Logo no 1° ano do ensino médio o estudante começou a fazer simulados e no 2° ano adquiriu um cursinho online, elaborando por conta própria os cronogramas de estudos. "No mesmo ano eu fiz o Enem e o vestibular da UFSC e me saí relativamente bem", contou. Nesse intervalo de cerca de dois anos, com o auxílio dos pais, Érick conseguiu subir sua média de pontuação no Enem de 450/480 para 740. Em 2018, depois de conversar com os professores e ler mais a respeito da profissão médica, veio a decisão pela graduação a ser seguida. "Eu sabia que Medicina era o curso mais concorrido da universidade, mas então pensei que se eu passasse para este, caso eu quisesse trocar de opção depois, teria condições de ser aprovado em qualquer outra graduação", explicou. O vasto campo de pesquisa proporcionado pela área das ciências da saúde também chamou a atenção do estudante, que já cogita desenvolver projetos.

Muita leitura, exercícios e pouca rede social: rotina de estudos somava 10 horas diárias ou mais. (Foto: Camila Collato/UFSC Blumenau)

A rotina de estudos era rigorosa: começava às 7h30min na escola e se estendia até às 22h em casa, de segunda a sexta. Aos sábados, Érick vinha ao Campus Blumenau para assistir às aulas do PréUFSC. Redes sociais e aplicativos de mensagens? Nem pensar. "Eu saí do whatsapp, era muita distração", afirma sem vacilar. "Eu lia os livros do vestibular e fazia todas as questões das provas anteriores: imprimia e resolvia tudo na mão, para sentir mesmo como era", recorda. Aos finais de semana, para descansar a mente, aproveitava para tocar violão, viola, jogar bola e ficar com a família. Não sem antes reservar um tempo aos domingos para o planejamento da semana seguinte.

No PréUFSC, Érick entrou em contato com muitos conteúdos anteriormente vistos no colégio, mas agora de forma aprofundada, algo que as aulas regulares não conseguiam suprir, em sua opinião. Para ele a receptividade e o suporte da equipe do cursinho, com monitorias, oficinas e apoio psicopedagógico foi fundamental, além do contato constante com os graduandos o que, segundo ele, permitiu diminuir a ansiedade projetada acerca dessa nova etapa da vida. "A gente que estuda na escola pública às vezes não sabe muito bem como que é a universidade. E é muito difícil participarmos de coisas como as que foram oferecidas nas oficinas, tanto de redação quanto nessa parte de apoio psicológico, além de aulas sobre física moderna ou exercícios práticos de química como os que fizemos nos laboratórios", relatou.

Quando questionado se havia feito provas para mais de uma universidade, ele explica que sua estratégia foi esmiuçar ao máximo o certame da UFSC e apostar apenas na instituição, por causa de fatores como permanência e distância da família. "Como eu estava estudando sozinho, foquei na UFSC porque o estilo da prova é bem diferente (somatório). Nos cursinhos especializados a gente sabe que o pessoal estuda o dia todo para todas as universidades, mas cada prova é diferente. Então eu fui só nela (UFSC), era tudo ou nada. E deu certo", comemora.

Sobre as contribuições que pretende deixar agora como aluno regular da UFSC, Érick ressalta fatores que ultrapassam os anseios individuais. "Eu queria mostrar que quem vem da escola pública também pode. Para mim, todo estudo reflete a interação humana. Por isso não basta só estudar: é preciso ser humano, conversar com as pessoas, olhar no olho. E lembrar que não há só coisas ruins no mundo, têm muitas pessoas que fazem tudo valer a pena. Acho que é isso que eu quero deixar como exemplo".

(Camila Collato/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau)

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Vestibular 2019: divulgados cronogramas das chamadas e matrículas do vestibular e Sisu

08/02/2019 16:59

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulga os cronogramas de chamadas do Vestibular UFSC 2019 e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). As datas de chamadas e matrículas para ambas as formas de ingresso coincidem. Os candidatos devem ficar atentos às duas etapas de matrícula, online e presencial, para assegurar a vaga, além do cronograma de validação de autodeclaração para pessoas com deficiência; pretos, pardos; indígenas; e estudantes de familiar de baixa renda. Na etapa presencial alerta-se à presença dos candidatos munidos da documentação exigida.

Os Editais para cada chamada estarão disponíveis nas páginas do Vestibular 2019 e do Sisu/UFSC 2019, respectivamente.

Cronograma de chamadas Vestibular e Sisu UFSC 2019

Divulgação do 3º remanejamento Vestibular 11 de fevereiro
Divulgação da 3ª chamada Vestibular e 2ª chamada Sisu 13 de fevereiro
Matrícula online 3ª chamada Vestibular e 2ª chamada Sisu 13 a 15 de fevereiro
Divulgação do 4º remanejamento Vestibular 18 de fevereiro
Divulgação da 4ª chamada Vestibular e 3ª chamada Sisu 21 de fevereiro
Matrícula online 4ª chamada Vestibular e 3ª chamada Sisu 21 e 22 de fevereiro
Divulgação do 5º remanejamento Vestibular 25 de fevereiro
Matrícula Presencial da 3ª e 4ª chamada Vestibular e 2ª e 3ª chamada Sisu 26 a 28 de fevereiro
Divulgação da 5ª chamada Vestibular e 4ª chamada Sisu 7 de março
Matrícula online da 5ª chamada Vestibular  e 4ª chamada Sisu 7 e 8 de março
Matrícula Presencial da 5ª chamada Vestibular e 4ª chamada Sisu 14 e 15 de março

 

Mais informações

Portaria matrícula Vestibular UFSC 2019

Portaria matrícula Sisu UFSC 2019

 

(Fonte: Notícias/UFSC)

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