UFSC Blumenau exibirá o documentário ‘O armário não é o nosso lugar’ na próxima quarta

15/06/2023 13:21

Em comemoração ao Mês do Orgulho LGBTQIA+, na próxima quarta-feira, dia 21 de junho, a UFSC Blumenau exibirá o documentário O armário não é o nosso lugar, no Auditório Professor Fernando Ribeiro Oliveira, a partir das 15h30. Após a exibição do longa metragem, será realizada uma roda de conversa com a presença do cineasta e diretor do documentário Alexsandro Stenico e convidados. O evento é gratuito e aberto ao público em geral. A classificação indicativa é 12 anos.

O documentário busca explorar e entender como se dá o processo de aceitação e de expressão da sexualidade e identidade de gênero e apresenta uma diversidade de “armários”, cada um com sua própria história. As histórias são únicas e encontram também ecos em outras vivências. Pessoas cis e trans, mulheres, homens e não-binárie, de diferentes sexualidades, raças, naturalidades e faixas etárias relembram os momentos em que assumiram suas identidades para o mundo.

Ao aliar entrevistas à performances artísticas, o documentário demonstra que apesar das singularidades das pessoas e de seus diferentes processos, existem semelhanças que as aproximam enquanto comunidade. A valorização da produção cultural e artística da comunidade, além da visibilidade das vivências, conflitos e histórias de pessoas LGBTQIA+, podem ajudar as pessoas que estão passando ou irão passar pelo processo de “saída do armário” e faz o público em geral conhecer (ao menos uma parte) desse processo.

A atividade faz parte do Circula UFSC, que é uma ação itinerante da Secretaria de Cultura, Arte e Esporte (Secarte) da UFSC, que objetiva promover a integração dos campi da Universidade por meio de atividades artístico-culturais.

>>> Para fazer sua inscrição, clique aqui.

Sobre o diretor

Alexsandro Stenico é cineasta, formado em Comunicação Social: Rádio e TV pela Unesp. Possui mais de 8 anos de experiência em produção de conteúdo audiovisual em diversos formatos e para diferentes plataformas. Em seu último projeto dirigiu a produção do documentário longa-metragem voltado à comunidade LGBTQIA+, “O armário não é o nosso lugar”, selecionado pelo edital ProAC Editais Nº 25/2020 – Desenvolvimento de Longas. Atualmente, vem realizando exibições presenciais do filme e palestras sobre diversidade. Foi homenageado e recebeu pela Câmara Municipal de Piracicaba, o certificado pela luta contra a LGBTfobia através de seus trabalhos artísticos.

Mês do Orgulho LGBTQIA+

O mês de junho é considerado o Mês do Orgulho LGBTQIA+ ao redor do mundo. O período, que é marcado por eventos e paradas, faz referência a um movimento que aconteceu em 1969, em Nova York, conhecido como a Rebelião de Stonewall. Na noite de 28 de junho daquele ano, a comunidade LGBTQIA+ sofreu uma violenta abordagem policial no bar Stonewall Inn, em Greenwich Village, e gerou reação dos presentes, que enfrentaram as autoridades.

A partir deste dia, mobilizações reuniram milhares de pessoas em diversos pontos de Nova York em protestos contra as abordagens. A rebelião de Stonewall culminou na primeira marcha de Orgulho Gay, em 1970, e foi um marco para as discussões dos direitos LGBTQIA+ no mundo.

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau, com informações da Secarte

Tags: artecine debateculturadiversidadedocumentárioLGBTQIA+Mês do Orgulho LGBTQIA+SECARTE

Coletivo LGBTQIAP+ da UFSC Blumenau promove primeiro evento nesta terça

27/06/2022 17:17

O Coletivo LGBTQIAP+ da UFSC Blumenau, criado recentemente para promover a sensibilização e a reeducação sobre assuntos de diversidade sexual e cidadania, promove nesta terça-feira, 28 de junho, a palestra Dia Mundial do Orgulho LGBT+: história, avanços e desafios. O evento acontece a partir das 17h, no Auditório Professor Fernando Ribeiro Oliveira, no Bloco B.

O grupo se reúne semanalmente, sempre às terças-feiras, às 17h. O objetivo é construir vínculos e manter um diálogo permanente com representações da sociedade civil e movimentos sociais comprometidos com os direitos da população LGBTQIAP+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, queer, intersexo e assexuais), além de grupos étnico-raciais e pessoas com deficiência, em prol dos direitos humanos em relação à temática de estudo de gênero e sexualidade.

As inscrições para participar do Coletivo LGBTQIAP+ podem ser feitas clicando aqui.

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau

Tags: Coletivo LGBTQIAP+Dia Mundial do Orgulho LGBT+diversidadepalestra

Projeto valoriza trajetória de mulheres do Campus Blumenau durante o mês de março

31/03/2021 11:46

Convite inicial para a campanha nas redes sociais

No mês de março, celebramos o Dia Internacional da Mulher, e com isso, o Serviço de Comunicação do Campus Blumenau, em parceria com o Núcleo de Educação na Perspectiva das Tecnologias e Alteridade (NEPTA), elaborou uma série especial nas redes sociais da UFSC Blumenau, com início no dia 8 de março e encerramento no dia 30 do mesmo mês. O projeto consistiu em postagens com foto e uma breve história sobre a contribuição de diversas mulheres com atuação no campus, proporcionando uma maior visibilidade à sua trajetória.

O intuito foi democratizar o debate sobre a igualdade de gênero de maneira interativa, de modo a celebrar o Dia da Mulher sem romantizá-lo, mantendo o foco em sua dimensão histórica, política e científica. Anualmente, a data demarca um dia de mobilização pela desconstrução das assimetrias nas relações de poder entre homens e mulheres, denúncia e enfrentamento das violências de gênero, proposição de estratégias globais dedicadas à emancipação de todos na perspectiva da alteridade, assim como a contenção de retrocessos que ameaçam todo o progresso alcançado em diversos países, nas últimas décadas, em termos de igualdade jurídica na diversidade. 

O convite à participação foi estendido às servidoras e estudantes. Ao todo, quinze aceitaram a proposta e representaram todas as outras mulheres incríveis que fortemente colaboram com a construção da UFSC em Blumenau - seja dentro ou fora da universidade - e que lutam, todos os dias, por uma sociedade mais justa e democrática. 

A área científica encontra-se em constante avanço e mais mulheres se interessam e ingressam nela por meio da docência, projetos de extensão e pesquisa ou na pós-graduação. Porém, o peso histórico do acesso tardio das mulheres à educação superior e às posições de liderança mantém seus efeitos até hoje. As ciências ainda são predominantemente masculinas, com exceções para os campos considerados tradicionalmente “profissões de mulher” - como, por exemplo, pedagogia, enfermagem ou serviço social - o que evidencia uma naturalização das relações formativas e laborais. Portanto, grandes desafios ainda são enfrentados diariamente pelas mulheres para a sua inclusão e reconhecimento nos institutos de pesquisa, universidades e empresas.

Atualmente, a desigualdade de gênero pode ser observada nitidamente ao longo da pandemia de COVID 19, contexto no qual as mulheres estão enfrentando o aumento da violência doméstica durante o isolamento, sobrecarga de tarefas não remuneradas, desemprego e pobreza em todo o mundo. Ironicamente, algumas das respostas mais eficientes e exemplares de combate à pandemia COVID-19 foram lideradas por mulheres, segundo dados publicados pela ONU em 2020. Nações governadas por elas, como Nova Zelândia, Islândia, Taiwan e Alemanha são exemplos de resposta de sucesso na contenção da pandemia. No entanto, quando falamos especificamente do setor de saúde global, as mulheres representam apenas 30% das lideranças.

Para a equipe da Comunicação UFSC Blumenau e do NEPTA que coordenou a ação, “além de uma homenagem, deixamos aqui um convite a todos para refletirmos e agirmos de forma a mudar esse cenário. A desigualdade de gênero afeta a todos(as): mulheres, homens e pessoas não binárias. Além disso, limita os homens a funções supostamente destinadas ao campo da masculinidade, tomada de maneira estereotipada, sem que possam ter a possibilidade de seguir caminhos que não são socialmente percebidos como próprios dos homens. A desigualdade e a violência de gênero são estruturais em uma sociedade tão misógina como a brasileira e cabe a nós construirmos relações ancoradas na alteridade todos os dias, nos diversos contextos em que atuamos. Sem isso, não há efetivação dos direitos humanos. Portanto, essa não é uma luta só das mulheres: é uma luta coletiva. Finalizamos com nosso profundo agradecimento a todas que, por meio de suas histórias inspiradoras, nos mostraram o que o dia 8 de março realmente significa”. 

Veja as imagens da campanha:

(Texto: Camila Collato, Isabelle Kuehlewein, Karol Buttchewits e Renata Orlandi/UFSC Blumenau)

Tags: Dia Internacional da MulherdiversidadeequidadeNEPTAprojeto

UFSC terá curso de seis semanas sobre ciência, gênero e diversidades

17/02/2021 19:01

O Programa Institucional de Apoio Pedagógico aos Estudantes (PIAPE), em parceria com a Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPESQ) e o Instituto de Estudos de Gênero (IEG) abriu o curso Ciência, Gênero e Diversidades para estudantes de graduação da UFSC. As atividades começam em março, com encontros remotos semanais ao longo de seis semanas. O curso poderá ser validado como atividade complementar pelos participantes, mediante participação em, no mínimo, 75% das atividades. As inscrições devem ser feitas aqui.

A ideia é fomentar discussões e reflexões sobre a trajetória feminina na ciência, explorando causas sociológicas e culturais que refletem a assimetria de gênero na ciência no Brasil e no mundo. Busca-se, com isso, possibilitar que estudantes conheçam o contexto histórico-cultural que norteia a trajetória cientifica das mulheres para contribuir com o fortalecimento do trabalho científico feminino.

Serão seis módulos didáticos, que contemplam diferentes discussões. Um dos módulos irá discutir especificamente a questão das mulheres nas ciências, buscando refletir sobre as dificuldades histórico-culturais para a liderança das mulheres na ciência e também nos espaços de poder executivo, legislativo e judiciário.

Equidade

O curso de seis semanas foi lançado no Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado em 11 de fevereiro, com uma celebração institucional. Trata-se de uma das ações que pretendem gerar impactos na comunidade universitária na busca pela equidade de gênero: a outra é a instituição de um prêmio para mulheres cientistas da UFSC e a formalização de uma Comissão para a Equidade.

A professora Maique Weber Biavatti, superintendente de projetos da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq), explica que são iniciativas necessárias para simbolizar uma mudança. A Comissão para a Equidade na UFSC, formalizada em portaria da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (Saad), terá mulheres de diferentes setores, cargos e campi. O grupo se reunirá ao longo dos próximos meses para pensar em uma política institucional e em metas a serem traçadas rumo à uma equidade “mais efetiva” na instituição. A comissão será presidida pela professora Miriam Grossi, do Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS/UFSC).

(Fonte: Notícias da UFSC)

Tags: cienciacursodiversidadeequidadePiapeufscuniversidade

Estudantes da UFSC Blumenau visitam Museu do Holocausto em Curitiba-PR

17/05/2018 18:00

"Apesar de tudo, ainda acredito na bondade humana". Com as palavras de Anne Frank, autora do famoso diário em que relata sua vivência como vítima do Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial, os visitantes são recepcionados no Museu do Holocausto em Curitiba-PR.

No ano em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos chega aos 70 anos, os alunos dos cursos de Engenharia e das Licenciaturas em Matemática e Química da disciplina "Educação, Direitos Humanos e Diversidade Sociocultural", ministradas pelas professoras Renata Orlandi e Marilise Sayão fizeram um visita técnica ao espaço, no dia 14/05. O museu, primeiro deste gênero no Brasil, abriga em seu acervo documentos, fotografias, objetos e material audiovisual sobre o período, as vítimas e os sobreviventes.

"A visita teve como objetivo levar os alunos a refletirem acerca da história de construção e consolidação dos Direitos Humanos atentando-se para o papel que teve o Holocausto nesse processo. Esta visita permitiu que os estudantes visualizassem as consequências advindas do genocídio inerente a esse fenômeno histórico, compreendendo a importância da preservação, proteção e promoção dos direitos humanos e da diversidade sociocultural, percebendo como estes são necessários para a proteção das pessoas contra as injustiças e preservando o seu direito a ter direitos. Conhecer a história para que ela não se repita", explicaram as professoras.

O museu disponibiliza ainda material educativo para uso em sala de aula. Atualmente está sendo preparado o projeto "Bagagem Pedagógica" que reunirá, em malas itinerantes, materiais ligados a histórias pessoais do Holocausto, como réplicas de fotos, documentos, objetos, cartas, postais e mapas. Há ainda o projeto “Nossa Luta: a perseguição aos negros durante o Holocausto”, sobre a perseguição nazista de afro-germânicos, com um panorama histórico e biografias de vítimas da Shoá. Ele foi lançado em 2017, como programação do mês da Consciência Negra. O material, que aborda um tema ainda pouco conhecido pela historiografia, é voltado principalmente a professores do Ensino Médio.

(Comunicação UFSC Blumenau, com informações Renata Orlandi e Marilise Sayão e Museu do Holocausto)

Tags: diversidadeholocaustomuseurespeitovisita

17 de maio – CDGEN/SAAD organiza evento sobre Direitos Humanos e Homofobia

16/05/2018 17:31

Para marcar o Dia Internacional Contra a Homofobia, celebrado em 17 de maio, a CDGEN/SAAD organiza evento sobre os Direitos Humanos e Homofobia. Haverá transmissão online pelo Facebook.

A Coordenadoria de Diversidade Sexual e Enfrentamento da Violência de Gênero (CDGEN) vincula à Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (SAAD/UFSC) realiza, no dia 17 e 18 de maio, o evento: “Cura ou não cura? II” com o intuito de dar visibilidade e ampliar as discussões a respeito de questões relacionadas a LGBTfobia.

O primeiro “Cura ou não Cura?” foi pensado a partir da polêmica sobre a autorização judicial para práticas profissionais destinadas à reversão sexual (mais conhecida como “cura gay”) pelos psicólogos. Já na segunda edição, o foco será abordar a Homofobia e a LGBTFobia sob diferentes aspectos, tal como segue a programação abaixo:

17/05 | 19:00 h - Auditório do Centro Socioeconômico/ UFSC
Palestra com Margareth Hernandes - OAB/SC
Palestra com Gabriela da Silva -Doutoranda UFSC (con) vivendo com a Homofobia
Mesa de discussão com alunos LGBT: Preconceito na UFSC

18/05 | 19:00 h - Auditório de Graduação da Engenharia de Produção/ UFSC
Mesa de discussão: Aspectos bio-psico-sociais da Homossexualidade: opção, orientação ou destino.
Naomi Neri, bióloga / aspectos biológicos
Ematuir Teles de Souza, psicólogo/ aspectos psicológicos
Miriam Grossi, professora de antropologia/ aspectos sociais

Lembrando que serão emitidos certificados de participação.

Evento: https://www.facebook.com/events/829796483879020/ 

(Informações SAAD/UFSC)

Tags: diversidadehomofobiarespeito

Diversidade sexual e violência de gênero são temas de intervenção na UFSC Blumenau

29/06/2017 12:59

A sexualidade por si só é um tabu e a violência em torno dela é cercada de ainda maior constrangimento e silêncio, sendo raros os espaços voltados ao debate sobre o seu impacto. As questões sobre o tema estão permeadas e intrinsecamente relacionadas aos direitos humanos, tornando fundamental a discussão sobre as naturalizações e prescrições sociais que oprimem, controlam, cerceiam e impedem a manifestação das singularidades, assim abrindo precedentes para o sexismo, a GLBTIfobia e uma infinidade de violências que atravessam as relações de gênero.

No dia 26 de junho, em alusão ao “Dia dos Namorados”, data a qual ainda deixa seus rastros comerciais nas vitrines das cidades brasileiras, e a dois dias da celebração do Dia Internacional do Orgulho LGBTI (28/6), foi realizada uma intervenção, no auditório da UFSC Blumenau, voltada à problematização de duas modalidades de violação de direitos atreladas ao campo da afetividade: os relacionamentos abusivos e a LGBTIfobia.

O projeto consistiu na realização de oficinas voltadas à provocação de debates sobre essas duas modalidades de violência por meio de atividades lúdicas, seguidas de um debate aprofundado e acolhedor sobre os temas, englobando também o esclarecimento sobre os recursos acionados no enfrentamento destas adversidades e a participação da rede social de apoio para lidar com tais violações dos direitos humanos. Entre estudantes de licenciatura e engenharias, bem como servidores do centro, cerca de 50 sujeitos participaram da execução do projeto ao longo de uma tarde.

Os relacionamentos abusivos são aqueles nos quais as relações de poder são assimétricas entre as pessoas, caracterizados por ações intencionais de controle do(a) outro(a) em benefício próprio. A LGBTIfobia se constitui como prática discriminatória de hostilidade geral, psicológica e social que se manifesta a partir de inúmeras violências cometidas contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e pessoas intersex, bem como contra sujeitos heterossexuais assim identificados.

No Brasil a taxa de feminicídios é de 4,8% para 100 mil mulheres – a quinta maior no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O país também apresenta os maiores índices de assassinatos entre a comunidade LGBTI no mundo. Para se ter uma ideia, dados alarmantes foram apontados pela Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais, que correspondem a uma morte a cada 25 horas no país. Além dessas estatísticas, outras tantas que sinalizam a grave desigualdade de gênero que estrutura a sociedade brasileira, nos indicam o desafio e a urgência do compromisso social das instituições no que tange à promoção da educação sexual na perspectiva dos direitos humanos e das relações de alteridade.

Os professores Aldo Sena de Oliveira (da área de Química) e Renata Orlandi (da área de Psicologia da Educação) consideram este tipo de debate no campo da Educação sempre desafiante: “A experiência com estes estudantes e servidores/as reforçou a necessidade de enfrentar tais processos de dominação simbólica, normalização, ajustamento, marginalização e exclusão. No cenário brasileiro, a provocação de discussões profundas  no campo da Educação Sexual sempre foi desafiadora, sobretudo hoje, em tempos de desqualificação da(o)s docentes e dos movimentos sociais comprometidos com a garantia deste direito humano. As questões acerca da sexualidade estão permeadas e intrinsecamente relacionadas aos direitos humanos, tornando fundamental os diálogos sobre as naturalizações e prescrições sociais que oprimem, controlam, cerceiam e impedem a manifestação das singularidades e de sujeitos fora da norma heterossexual. Essas violências reforçam o sexismo, a misoginia, a GLBTIfobia e uma infinidade de violências que atravessam as relações de gênero. Nesta perspectiva, acreditamos que é fundamental resistirmos aos mecanismos de objetivação e silenciamento, por meio da construção de novas práticas curriculares, culturais e de privilégio para a constituição de sujeitos múltiplos, livres e iguais”, avaliam.

Colaboraram no planejamento, sistematização e realização da atividade de ensino e extensão universitária os(as) estudantes do curso de Licenciatura em Química matriculados na disciplina Educação, Direitos Humanos e Diversidade Sociocultural (BLU7197) Eduarda Giese, Mauricio Raitz Junior, Morgana Aline Voigt, Morgana Sofia Zilse, Nilton Máximo Junior, Paola Stéfany Maass e Rhaisa Gazola Pezzi Verlindo, sob a orientação dos professores Renata e Aldo. O projeto, elaborado de forma interdisciplinar, apóia-se nos estudos e debates realizados em sala na disciplina, construída a partir da interface entre o processo de formação de professore e a esfera dos Direitos Humanos, visando a problematização e  análise da produção de discursos, enunciados, gestos e ocorrências, em situações em que se (re)constroem saberes, sujeitos, subjetividades, diferenças e hierarquias.  


A opinião de quem esteve lá

“Acho que o mistério gerado em torno da intervenção foi muito interessante. Consegui participar de apenas uma das atividades. Achei interessante como logo vinha em mente uma resposta pronta, mas, em seguida, após as reflexões, elaborava algo melhor”.

  • Brenda Teixeira Machado, estudante do 5º semestre do Curso de Licenciatura em Química

“Esse é um conceito muito importante para ser tratado na universidade e as temáticas podem ser transformadas em algo como uma mostra de arte, por exemplo”.

  • Darlei Daniel Hertel, estudante do 4º semestre do Curso de Licenciatura em Química

Representatividade municipal

No dia 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBTI, um importante passo na luta pela representatividade foi conquistado em Blumenau. Alice Alves é a primeira mulher trans a tomar posse no Conselho Municipal da Juventude (Gestão 2017/2019). A solenidade foi realizada no Salão Nobre da Prefeitura de Blumenau.

“Sinto orgulho de ser a primeira travesti a ocupar esse posto, minha responsabilidade será levantar todas as demandas da população LGBT, nossa comunidade, em especial xs jovens tem urgência de estarem na agenda das políticas públicas”, declarou em entrevista ao Coletivo LGBT Liberdade.

O conselho é formado por representantes governamentais e da sociedade civil e tem a missão de atuar na discussão, elaboração, implementação e avaliação de políticas públicas voltadas aos jovens no município.

(Foto: Coletivo LGBT Liberdade/Blumenau)


Fotos da atividade

Tags: diversidadehomofobialgbtiviolência
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