Projeto de extensão traduz para Libras o Boletim Coronavírus Blumenau

03/04/2020 14:39

Um projeto de extensão da UFSC Blumenau está fazendo a tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) do Boletim Coronavírus Blumenau, um informativo diário publicado no site da Prefeitura Municipal. A ideia é que a comunidade surda da cidade, estimada em cerca de três mil pessoas, se mantenha bem informada sobre os acontecimentos relacionados à pandemia da Covid-19.

A coordenadora do projeto "Libras: comunicação e informação", professora Fabiana Schmitt Corrêa, conta que a necessidade surgiu por meio do serviço de interpretação da UFSC Blumenau. "Percebemos que a comunidade surda também precisa ser amparada nesse momento crítico, pois as informações sobre o Coronavírus estavam chegando distorcidas para a comunidade surda, devido à falta de acessibilidade em Libras", explica.

Além da tradução do boletim, o projeto também irá produzir vídeos em Libras para ensinar a língua para ouvintes neste período de isolamento social. "Vamos apresentar sinais básicos para comunicação cotidiana, promovendo uma sociedade bilíngue", completa a professora.

O projeto conta com a participação do serviço de tradução da UFSC Blumenau, técnico em audiovisual e alunos bolsistas voluntários.

Os vídeos estão sendo publicados no canal da UFSC Blumenau no Youtube.

(Daiana Martini/Comitê de Comunicação da UFSC Blumenau)

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Licenciandos participam de atividades sobre acessibilidade no campus

20/11/2017 22:42

Há quem diga que o melhor aprendizado vem da experiência. Essa afirmação ganhou sentido ainda maior para os estudantes das Licenciaturas em Química e Matemática do campus Blumenau, nos dias 26/10 e 09/11. A professora Fabiana Schmitt Corrêa, que ministra a disciplina de Educação Especial, promoveu uma atividade para que os estudantes percebam as barreiras arquitetônicas que se colocam aos deficientes físicos e visuais no campus.

Para isso as turmas exploraram os blocos A e B da Sede Acadêmica utilizando vendas, bengalas, andadores, cadeira de rodas e muletas. Eles adentraram salas, secretarias, biblioteca e utilizaram equipamentos como os elevadores. Os estudantes puderam observar dificuldades de locomoção, a falta de espaço para mobilidade da cadeira de rodas e de referências táteis e sonoras.

“Esta ação promoveu um exercício de empatia e oportunidade de revisão de concepções, desconstrução de preconceitos a respeito da pessoa com deficiência, destacando a mobilidade e acesso das pessoas com deficiência visuais e físicas. Espero que a partir dessa ação, os alunos licenciandos reflitam sobre o direito da pessoa com deficiência, de acessibilidade, de equidade e de inclusão” avaliou a docente.

Fabiana agradeceu ainda à FURB e à ABLUDEF que contribuíram para a realização dessa experiência, cedendo os equipamentos como cadeira de rodas, bengalas, andador e muletas.

Opinião de quem participou

"Foram atividades de empatia. Com base nas nossas próprias suposições e impressões, tentamos compreender os desafios impostos às pessoas com deficiência física ou visual no dia a dia da instituição, além de refletir sobre a melhor forma de ajudá-las em situações de dificuldade.

Em alguns minutos, encontramos diversos obstáculos que podem dificultar ou impossibilitar a mobilidade dentro do campus: não há audiodescrição nos elevadores, pisos táteis nos corredores, nem placas ou mapas de localização em braile para maior independência da pessoa com deficiência visual. De forma análoga, alguns dos livros da biblioteca estavam dispostos em prateleiras a alturas inacessíveis para pessoas em cadeiras de rodas e os banheiros, classificados como adaptados, eram de difícil utilização e estavam ocupados enquanto banheiros comuns estavam livres. Além disso, não há rampas de acesso ao bloco B nem na saída de emergência, limitando o direito de ir e vir de pessoas com deficiências físicas.

O mais surpreendente foi perceber que o problema não estava na nossa maior ou menor limitação fisiológica, mas na consciência de o ambiente que nos cercava estava despreparado para atender às nossas necessidades e que as pessoas se sentiam desconfortáveis para se aproximar e prestar auxílio."

* Morgana Aline Voigt, Licencianda em Química

Fotos

 

(Comunicação UFSC Blumenau, com informações da docente)

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