Nos dias 25 e 26 de maio, o Campus Blumenau realizou, pela primeira vez, atividades em comemoração ao Dia da África. Durante dois dias, a comunidade acadêmica pode fazer uma imersão na cultura africana, com seus coloridos trajes típicos e o que representam, músicas e danças tradicionais. O evento foi realizado no Auditório Professor Fernando Ribeiro Oliveira e contou com a presença de um grande público.
Em 25 de maio de 1963, 32 chefes de estados africanos reuniram-se em Addis Abeba, na Etiópia, com o objetivo de defender e emancipar o continente africano, libertando-o do colonialismo e da apartheid. Neste dia, foi fundada a Organização da Unidade Africana, hoje conhecida como União Africana.
“Para nós, o 25 de maio é equivalente ao Dia da Independência para os brasileiros. Estamos muito felizes em mostrar para vocês um pouquinho da nossa cultura e poder falar o que não se fala sobre a África”, disse o estudante João Gaspar Alegria Noé, do curso de Engenharia de Materiais, na abertura do evento.
A ideia de realizar o evento partiu dos próprios alunos africanos que estudam aqui. Neste semestre, o Campus Blumenau recebeu cerca de 40 estudantes vindos de Angola, Guiné Bissau e Benin. O evento recebeu o apoio da Direção, do Núcleo Pedagógico (NuPe), do Núcleo de Assistência Estudantil (NAE) e das agentes culturais do campus.
O diretor do Campus Blumenau, Adriano Péres, falou sobre a importância de todos conhecerem mais sobre a cultura africana, já que chegam poucas informações aqui ao Brasil. “Mais da metade da população brasileira é de matriz africana. Temos uma ligação muito forte com o povo africano então é importante que a gente se entenda e se conheça”, disse.
Durante o evento, os alunos trouxeram fatos e curiosidades sobre a África, um continente formado por 54 países com uma diversidade cultural imensa. Só para se ter uma ideia, em todo o território africano, são faladas mais de 2 mil línguas. Além disso, também mostraram as inúmeras belezas naturais do continente, pouco conhecidas por aqui.
O evento contou com a participação presencial do professor do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) Luiz Herculano e com a participação remota do mestrando em História na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) Juvinal da Costa, que pesquisa a resistência ao colonialismo português no Arquipélago dos Bijagós na Guiné Bissau. Também marcaram presença Mbala José, angolano e Engenheiro Químico que mora em Blumenau e o professor de capoeira Jair Almeida.
O estudante do curso de Licenciatura em Matemática e representante dos estudantes na organização do evento, Arlindo Udé Ié, fez uma avaliação do primeiro Dia da África da UFSC Blumenau. “Consideramos positivo o evento. Estávamos preocupados com a participação dos alguns colegas gripados, porém eles se recuperaram a tempo e conseguiram mostrar um pouco da nossa realidade”, disse.
Arlindo conta que a ideia é melhorar o evento para as próximas edições. “Esperamos que no ano que vem consigamos nos organizar melhor para que a comunidade acadêmica possa conhecer ainda mais a nossa cultura. Agradecemos a todos pela colaboração, apoio e disposição desde a primeira reunião até a presente data. É muito bom saber que podemos contar com o apoio do campus mais e mais vezes”, finalizou.
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Serviço de Comunicação UFSC Blumenau
Fotos: Karine Lopes e Marília Tarnowski