Setembro Amarelo e Saúde Mental: Nupe realiza ação de conscientização no Campus

27/09/2019 15:06

Você já deve ter notado que os blocos da Sede Acadêmica e Administrativa do Campus Blumenau da UFSC estão com algo diferente. O Núcleo Pedagógico (NuPe), em parceria com a Direção do Centro, organizou espaços especiais voltados ao mês de conscientização sobre a prevenção do suicídio, o Setembro Amarelo, e ao Dia Mundial da Saúde Mental (10/10).

Até 11 de outubro, estarão expostos materiais sobre saúde mental nestes locais, bem como serão colhidas sugestões de ações/eventos a serem realizados no Campus sobre o tema. Também foram afixados pequenos cartazes nos armários utilizados diariamente pelos estudantes, com informações para identificação de sintomas, reflexões e dicas para a manutenção de uma rotina mentalmente equilibrada.

A psicóloga do NuPe, Maria Cláudia Gazola, aponta que questões relacionadas à universidade podem ser determinantes para o desenvolvimento de transtornos mentais, tais como depressão, transtornos de ansiedade e Síndrome de Burnout (esgotamento profissional) em estudantes e servidores. "Por isso reforça-se a importância de criarmos espaços nesse contexto para falar de saúde mental", afirma.

De acordo com dados divulgados pela organização da campanha Setembro Amarelo, são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 1 milhão no mundo. Trata-se de uma realidade que contabiliza cada vez mais casos, principalmente entre jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

Apoio - Apesar de ainda não contar com um setor específico para atendimento/acolhimento em  Saúde, o Campus Blumenau da UFSC conta com equipes de apoio na área pedagógica, psicológica e de assistência social, que podem orientar estudantes e servidores quanto ao acesso à serviços públicos de acolhimento em saúde mental. Saiba mais nas páginas do Núcleo de Assistência Estudantil (NAE) ou do Núcleo Pedagógico (Nupe).

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(Camila Collato/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau, com informações Nupe)

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Estudante de Engenharia Têxtil desenvolve roupas inclusivas e que trazem benefícios à saúde

04/01/2019 12:12

Coleção foi apresentada no 6º Prêmio Brasil Sul de Moda Inclusiva

(Atualizado em 11/01/2019, às 08h47min)

Fabieli Diones Breier desenvolveu looks com sensores e tecnologias exclusivas aplicadas ao tecido

Fabieli Diones Breier, acadêmica do curso de Engenharia Têxtil da UFSC Blumenau e bacharel em Design de Moda, coproduziu com a Associação Blumenauense de Deficientes Físicos (ABLUDEF), três looks que além de inclusivos promovem a saúde e o bem-estar. As peças, pensadas para auxiliar pessoas com deficiência física, contam com uma tecnologia exclusiva no tecido que permite melhorar a circulação sanguínea e possuem sensores acoplados para a prevenção de acidentes.

Utilizando premissas do Desenho Universal, os produtos são passíveis de serem utilizados por todas as pessoas, independentemente de possuírem alguma deficiência. Para tanto, os decotes das blusas são mais abertos e possuem a mesma altura tanto na frente, quanto nas costas, as costuras das peças possuem acabamento limpo, diminuindo o desconforto ao contato com a pele e as calças possuem elástico no cós e passantes nas laterais para facilitar o vestir.

As peças confeccionadas com tecidos doados pela Invel Roupas Medicinais comportam uma tecnologia exclusiva patenteada da Biocerâmica® MIG3®, irradiadora de infravermelho. Essa inovação estimula a produção de óxido nítrico (NO), gás solúvel que possui propriedades vasodilatadoras e broncodilatadoras quando em interação com o organismo. Isso proporciona uma melhor circulação sanguínea, trazendo benefícios para saúde do usuário.

Dispositivo é acoplado ao forro da jaqueta

O item-chave da coleção é uma jaqueta que combina o tecido terapêutico e a aplicação de dispositivos eletrônicos inseridos na parte frontal e dentro do forro, criados para detectar a queda do usuário. Os sensores, conectados a uma bateria de celular portátil e ligado à rede wi-fi, foram incorporados após pesquisa realizada com os associados da ABLUDEF que demonstrou a constância do número de quedas. “Alguns deles moram sozinhos e possuem dificuldades para se levantar depois de um incidente. Pensando nisso, a jaqueta foi criada para auxiliar não apenas pessoas que possuam algum tipo de deficiência, mas também para aquelas com alguma doença como Alzheimer, Parkinson, doenças degenerativas ou epilepsia, por exemplo”, explica a professora Grazyella Cristina Oliveira de Aguiar, orientadora da estudante.

Notificação é enviada por aplicativo e garante rápido atendimento

Um dos aparelhos eletrônicos portáteis inseridos na jaqueta é um acelerômetro, responsável por detectar a precisão da queda em movimento. Ao cair, a jaqueta emite uma notificação pelo celular, por meio de um aplicativo. Parentes ou amigos próximos receberão uma mensagem e poderão ligar para a pessoa para ver se ela precisa de ajuda.

Os idosos também são um público relevante. Estimativas do Ministério da Saúde apontam uma queda para um em cada três indivíduos com mais de 65 anos, por ano, no Brasil. Um entre vinte daqueles que sofrem quedas apresentam fraturas ou necessitam de internação. Dentre a população com 80 anos ou mais, 40% caem a cada ano. Para aqueles que moram em asilos e casas de repouso, a frequência de quedas é de 50%. A jaqueta torna-se assim uma aliada no atendimento a estes incidentes.

Trabalho em equipe – Para o desenvolvimento das peças, Fabieli Breier teve orientação técnica da professora Grazyella Cristina Oliveira de Aguiar, coordenadora do projeto de pesquisa “A moda é para todos: estudo dos princípios do Desenho Universal aplicados ao vestuário”.

A estudante contou ainda com o apoio e orientação quanto à parte tecnológica do professor do curso de Engenharia de Controle e Automação da UFSC Blumenau, Leonardo Mejia Rincon, e do acadêmico Christian Mailer, que aplicou sucessivos testes para verificar a viabilidade e a confiabilidade da tecnologia, montou os dispositivos eletrônicos, executou a programação e elaborou o layout do aplicativo.

Fusão entre tecnologia e arte – O público pode prestigiar o resultado de todo esse trabalho durante o desfile do Prêmio Brasil Sul de Moda Inclusiva. Fabieli participou da sexta edição do evento, realizada no dia 28 de novembro de 2018, em Florianópolis-SC.

Quanto à linguagem estética, a coleção inclusiva foi inspirada nas obras de Gonçalo Borges e na tendência artsy de inverno 2019, que faz alusão à comunicação de diferentes artes visuais e diversas obras de artistas. Gonçalo é professor, palestrante e artista visual inclusivo. Pinta suas obras com a boca e com os pés. Atualmente é membro da Associação de Pintores de Bocas e Pés (APBP).

A tela “Minha Palhaça”, pintada com a boca pelo artista, foi uma das escolhidas para a coleção. A imagem foi estampada em um colete e transpassa um ar jovial ao utilizar a peça, transmitidas pelas cores vibrantes presentes na obra. Outra tela utilizada foi “Palhaças”, que representa o afeto entre mãe e filha.

Veja como funciona o dispositivo 

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(Camila Collato/COMICOM UFSC Blumenau, com informações e fotos Grazyella Cristina Oliveira de Aguiar)

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