Campus Blumenau

No dia 9 de novembro, o Campus Blumenau da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi palco do Encontro Regional do 18º PIC Jr, evento relacionado à Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). No total, estiveram presentes cerca de 100 crianças que foram medalhistas ou que participam do PIC Jr, Programa de Iniciação Científica da OBMEP.

O evento foi organizado pelos professores Louise Reips e Felipe Vieira, do Departamento de Matemática da UFSC Blumenau, e aconteceu com o apoio de bolsistas de extensão da Sala das Olimpíadas de Matemática (Soma). O principal objetivo foi fazer com que as crianças tenham contato com conteúdos matemáticos que vão além daquilo que elas veem em sala de aula, com oficinas e palestras ofertadas por estudantes da UFSC, além de professores da UFSC e do Instituto Federal Catarinense (IFC).

Participante Kaio e a irmã Milena

Um dos participantes foi Kaio Roman Theichmann Alexandre, que veio de Pomerode para participar do evento, trazido pela mãe e pela irmã, Milena Ribeiro, que é egressa da UFSC Blumenau. "Eu gostei bastante do encontro na UFSC. Lá ouvi diversas palestras e aprendi muitas coisas. Mas a coisa que eu mais gostei de aprender foram as mágicas com baralhos. Eu conversei com algumas amigas minhas do PIC. Foi muito legal o encontro, e eu me diverti bastante", conta Kaio.

O professor Renan Gambale Romano, um dos palestrantes do encontro, conta que foi muito bom trabalhar com os alunos. “Eles possuem muita energia e vontade de aprender. Mágicas com baralhos podem ser interessantes para explorar certos conceitos, como ciclos, paridade ou até mesmo sistemas de numeração. Alguns foram capazes de entender alguns truques apenas raciocinando e discutindo entre eles e todos mostraram interesse por Matemática", relata.

As crianças participantes receberam um kit de boas vindas, além de terem o almoço pago pela coordenação da OBMEP e subsidiado pela UFSC, no Restaurante Universitário (RU). "Temos que mostrar para as crianças que a Matemática não é apenas o que elas veem em sala de aula, mas é uma ferramenta que nos transporta para um mundo lúdico e prático. Além disso, trazendo-as para dentro da Universidade e levando-as para almoçar em nosso RU, queremos motivá-las a continuar estudando após a conclusão do ensino médio, e a UFSC Blumenau está com as portas abertas para elas", relata o professor Felipe Vieira.

Professores na oficina sobre a Geometria Esférica

Formação de professores

Nesta edição do encontro, 10 professores de Criciúma e de Jaraguá do Sul também estiveram presentes, e tiveram uma programação especial, onde puderam participar de duas oficinas. Os professores participaram de atividades voltadas para o aperfeiçoamento de metodologias de ensino, contribuindo para a formação de uma rede colaborativa de educadores. “A participação nesse encontro foi enriquecedora para todos, promovendo o interesse pela pesquisa matemática e despertando o potencial dos estudantes para a ciência", relata a professora Karine Luiz Calegari Mrotskoski, que veio de Criciúma.

Medalha de Ouro

Uma das participantes mais novas do evento foi Cecília Fontanive Frizzo, que foi medalhista de ouro da OBMEP deste ano. Por conta dessa medalha, Cecília foi com a professora Louise na premiação nacional, que aconteceu no Rio de Janeiro, em junho. Na época, ela relatou como foi a experiência. "Meu sentimento é de gratidão. Foi a primeira vez que participei da OBMEP, primeira vez que viajei de avião, primeira vez que visitei o Rio de Janeiro. Voltei muito entusiasmada para continuar me dedicando. Conheci pessoas incríveis. A professora Louise esteve sempre conosco, orientando e nos transmitindo amparo em nossa rotina. Aos meus colegas só tenho a dizer que vale a pena se dedicar aos estudos. É um universo maravilhoso de possibilidades”, disse Cecília.

Confira abaixo as atividades que foram oferecidas durante o encontro:

• Algoritmo em ação - Aline Zermiani, Manoela Beumler, Maria Gabriela Igrejas (discentes Lic. em Matemática - UFSC Blumenau)
• Áreas misteriosas - André Vanderlinde da Silva (UFSC Blumenau)
• Matemágicas com baralho - Renan Gambale Romano (UFSC Blumenau)
• Sistemas de equações com significado: uma modelagem para o movimento parabólico - Cíntia Barbosa Passos (IFC Blumenau)
• Uma introdução às Cadeias de Markov e algumas aplicações - Eleomar Cardoso Júnior (UFSC Blumenau)
• Geometria Esférica: construção de régua e transferidor esféricos - Márcio de Jesus Soares (UFSC Blumenau)
• Metodologia de Polya para resolução de problemas - Louise Reips (UFSC Blumenau)
• Arte com tampinhas de garrafa e matemática - Leonardo Koller Sacht (UFSC Florianópolis)

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau, com informações e fotos do professor Felipe Vieira

O laboratório Sala das Olimpíadas de Matemática (Soma) da UFSC Blumenau alcançou em 2024 a marca de 30 bolsistas de extensão. Todos eles são estudantes do curso de Licenciatura em Matemática e participam, como tutores, dos projetos "PIC Jr. - Programa de Iniciação Científica da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP)", "Treinamentos para Olimpíada Mirim de Matemática" e "Treinamentos para Olimpíadas de Matemática".

"É extremamente gratificante e recompensador envolver estudantes em projetos tão importantes na popularização da Matemática no Brasil", conta o professor Felipe Vieira, coordenador da Soma. A principal atividade dos 30 bolsistas é a de ministrar aulas, presencial ou virtualmente, para crianças de todo o Brasil que foram premiadas na OBMEP. "Atualmente temos turmas presenciais em Blumenau, Pomerode e Brusque", conta a professora Louise Reips, que coordena parte dos projetos.

Além do ganho financeiro, os bolsistas já estão sendo preparados para as futuras atividades de estágio e para sua futura profissão de professor. "Ter a oportunidade de participar desses projetos é muito importante para que consigamos aproximar cada vez mais os alunos da Matemática, desmistificando-a e mostrando que ela é para todos aqueles que se interessam, além de aproximar a comunidade escolar da Universidade", afirma Aline Thaise Zermiani, que é bolsista dos projetos da Soma pelo segundo ano.

Projetos relacionados à preparação para a OBMEP acontecem no campus Blumenau desde 2014, quando da sua implementação. Mas, a partir de 2017, tais projetos foram potencializados com a parceria com a OBMEP através do PIC. Já no ano de 2019, dada a importância e relevância de tais projetos para o curso de Matemática, foi criada a Soma, um laboratório do Departamento de Matemática que serve como apoio para todos os estudantes bolsistas.

Além dos já citados, a Soma desenvolve diversos outros projetos, como: Curso de Formação de Professores de Massaranduba; OBMEP Na Escola; Olimpíada Massarandubense de Matemática; Preparação de material didático para Olimpíadas de Matemática; PROLÍMPICO; e Torneio Meninas na Matemática.

A Soma também é peça importante na divulgação da própria UFSC Blumenau. Nos os dias 17 e 18 de maio, o laboratório participou do estande do campus na "IV Mostra de Trabalhos da Rede Pública Municipal de Ensino de Blumenau", evento que contou com a participação das escolas da cidade e foi organizado pela Prefeitura de Blumenau, por meio das secretarias de Educação (Semed) e do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas). No evento, a Soma divulgou seus projetos e criou novas parcerias, além de estabelecer contatos com professores e diretores de diversas escolas municipais.

Para mais informações, acesse o site olimpiadas.blumenau.ufsc.br.

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau, com informações e fotos do professor Felipe Vieira

Professores do Departamento de Matemática da UFSC Blumenau participaram, na semana passada, do 9º Encontro do Hotel de Hilbert (EHH), evento que reuniu 160 crianças medalhistas da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) para uma semana de muita Matemática e diversão. O evento foi realizado de 22 a 25 de abril, em Natal, no Rio Grande do Norte.

O encontro é promovido pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). "O objetivo do EHH é manter acesa a chama Matemática nesses jovens que se destacam na OBMEP, além de premiá-las com esta viagem incrível, afinal, todos os custos são pagos pela organização do evento", conta o professor Felipe Vieira, que fez parte do comitê científico do evento.

A professora Louise Reips também participou do comitê científico pelo terceiro ano consecutivo. Ela conta que organizar o evento é muito gratificante. “As atividades/oficinas são centradas em diversas áreas da Matemática e escolhidas com muito cuidado pelo comitê científico, ao qual digo, com orgulho, que faço parte. Ademais, o evento possui também um caráter de inclusão, visto que escutamos com frequência frases como ‘nunca fiquei num hotel antes’ e ‘nunca tive a oportunidade de viajar de avião’, o que torna o EHH um evento singular para os estudantes", afirma.

O evento também promove o reencontro de professores entusiastas e divulgadores de Matemática. Três docentes da UFSC Blumenau apresentaram oficinas para os jovens: André Vanderlinde da Silva com a oficina Mágicas matemáticas: truques e um pouco mais; Eleomar Cardoso Júnior que falou sobre Mensagens cifradas: vamos brincar de criptografar?; e Daniel Fagundes, com a oficina Buracos negros: o que são e que segredos do universo guardam?. "Ministrar uma oficina no Encontro do Hotel de Hilbert proporciona o convívio com o interesse espontâneo pela Matemática e o respeito genuíno pela atuação docente. Além disso, impressiona, em muitos casos, a maturidade intelectual e emocional dos participantes", relata o professor André.

Quinze jovens de Santa Catarina participaram do evento, sendo três de Blumenau. "O EHH sempre consegue fazer algo que para muitos parece impossível: juntar matemática e diversão! Lá conseguimos estudar bastante, sem nos sentirmos cansados e muito menos entediados. Com os problemas do dia - desafios propostos durante a semana - aprendemos que o ato de pensar nas questões matemáticas não precisa ser necessariamente uma prática solitária, e que é possível, desejável e prazeroso encontrar as soluções por meio da colaboração. De forma dinâmica o EHH ensina, cativa e motiva os estudantes a continuarem no caminho da matemática. A gente entende que a matemática tem uma beleza própria, que é diferente das fórmulas estáticas que a gente costuma estudar na escola", conta Lia Rebecca Andreaus, medalhista da OBMEP que participou do EHH pela segunda vez.

Karolini Savitski Cieslinski conta que participar do Encontro do Hotel de Hilbert foi uma experiência maravilhosa. “Tive a oportunidade de viajar de avião pela primeira vez e foi muito bom conhecer estudantes de todo Brasil que realmente têm interesse pela Matemática. Os professores realizaram aulas, palestras, oficinas e gincanas incríveis para os alunos. O EHH vai ficar marcado na minha memória para sempre, agradeço muito a OBMEP por tudo que ela me proporciona, e também aos professores Felipe e Louise que nos acompanharam e orientaram em toda viagem", disse.

Por que “Encontro do Hotel de Hilbert”?

O encontro foi inspirado no “Hotel de Hilbert”, um paradoxo exposto pelo alemão David Hilbert (1862-1943). O matemático apresentou a analogia de um hotel com quartos infinitos sempre lotados, com um hóspede em cada quarto. Sempre que chega um novo cliente, o gerente pede que os hóspedes mudem para o quarto seguinte. Em linguagem matemática, com a nova chegada, o hóspede do quarto ‘n’ pula para o quarto ‘n+1’ e assim sucessivamente. Ou seja, apesar de estar sempre lotado, sempre há vagas no Hotel de Hilbert.

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau, com informações e fotos do professor Felipe Vieira

Entre os dias 23 e 28 de julho, professores do Campus Blumenau da UFSC participaram do 8º Encontro do Hotel de Hilbert, evento realizado anualmente e que reúne jovens premiados da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Este ano o encontro aconteceu em Natal, no Rio Grande do Norte, e contou com a participação de 160 jovens entusiastas da Matemática de todo o Brasil.

A programação do evento contou com palestras e oficinas com professores de todo o país. A UFSC Blumenau foi responsável pela realização de três atividades: Mágica topológica: alguns truques e um pouco mais, com o professor André Vanderlinde da Silva; Cadeias de Markov e algumas aplicações, com o professor Eleomar Cardoso Júnior; e Medindo o mundo com o celular, com o professor Daniel Girardi.

Já os professores Louise Reips e Felipe Vieira estiveram na comissão organizadora do evento. "É muito gratificante poder reunir 160 jovens com tanto talento e interesse pela Matemática, com o intuito de mostrar para eles que essa disciplina é ainda mais bela do que vemos na escola", avalia Felipe.

Felipe ressalta ainda o papel social desse tipo de evento. "Participar de um evento em outro estado é uma experiência incrível, pois muitos deles nunca haviam viajado de avião, ou se hospedado em um hotel antes. Tal aspecto inclusivo é também um dos pilares da OBMEP, especialmente porque agora várias universidades possuem uma modalidade de ingresso exclusiva para premiados em competições ou olimpíadas de conhecimento", completa.

Além das palestras, os jovens - dos quais três da região de Blumenau - puderam interagir com o Laboratório de Educação Matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e resolver desafios propostos pelos professores.

Por que “Encontro do Hotel de Hilbert”?

O encontro foi inspirado no “Hotel de Hilbert”, um paradoxo exposto pelo alemão David Hilbert (1862-1943). O matemático apresentou a analogia de um hotel com quartos infinitos sempre lotados, com um hóspede em cada quarto. Sempre que chega um novo cliente, o gerente pede que os hóspedes mudem para o quarto seguinte. Em linguagem matemática, com a nova chegada, o hóspede do quarto ‘n’ pula para o quarto ‘n+1’ e assim sucessivamente. Ou seja, apesar de estar sempre lotado, sempre há vagas no Hotel de Hilbert.

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau, com informações e fotos do professor Felipe Vieira

No último sábado, dia 24 de setembro, 54 crianças e 11 professores de diversas cidades de Santa Catarina participaram do Encontro Regional do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC) da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), voltado para estudantes da educação básica que já receberam alguma medalha. O evento foi realizado pelos professores André Vanderlinde da Silva, Felipe Vieira, Louise Reips e Rafael Aleixo de Carvalho do Departamento de Matemática da UFSC Blumenau, que coordenam projetos de extensão vinculados à OBMEP, e foi financiado pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).

A partir das 8h30 as crianças chegaram no campus para retirada de seus kits, e foram encaminhadas para a palestra de abertura "Construindo números com régua e compasso", com o professor Márcio de Jesus Soares. Na sequência, elas foram separadas em duas oficinas, uma intitulada "Geometrias: a euclidiana e um pouco mais" com o professor André Vanderlinde da Silva, e a outra, "As órbitas planetárias e as elipses: explorando as leis de Kepler" com o professor Eslley Scatena Gonçales.

Durante a tarde, todos os participantes assistiram à palestra com a estudante do curso de Licenciatura em Matemática da UFSC Blumenau, Jhuliene Cristina Seger, intitulada "Problemas do Milênio: como ganhar 1 milhão de dólares estudando Matemática", e encerraram o dia ouvindo sobre "Números grandes: como eles governam nosso universo?" com o professor Renan Gambale Romano.

O professor Felipe Vieira conta que, além de aproveitarem um dia inteiro dedicado à Matemática, suas belezas e aplicações, as crianças puderam conhecer um pouco do dia a dia do Campus Blumenau da UFSC, pois o almoço foi oferecido no Restaurante Universitário (RU). “Um evento desse tipo propicia às crianças um olhar diferenciado da Matemática, com uma perspectiva muito mais curiosa e instigante, diferente do que estão acostumados nas escolas. Além disso, é muito recompensador ter o apoio do IMPA para a realização desse encontro, visto que todos estamos engajados em estimular essas crianças a seguirem a carreira acadêmica na área. Aliás, ao trazê-las para conhecer o Campus da UFSC em Blumenau, estamos indicando que há um caminho natural e de muita qualidade que elas podem seguir ao se interessarem por trilhar um caminho científico”, avalia o coordenador.

Um dia diferente

“Amei o lugar, super acolhedor, os professores muito bons, a comida estava uma delícia, aprendi muito com as palestras e oficinas, super organizado e orientado. Enfim, adorei o dia”, disse a aluna Luana Pires Colonetti. Já o participante Luigi Ronsani conta que a viagem foi divertida e com muito aprendizado. “As palestras trouxeram assuntos interessantes, que prenderam minha atenção. Adorei a oficina sobre as órbitas dos planetas, conseguimos aprender um pouco como funciona o nosso sistema solar. Mesmo sendo ciências diferentes, Astronomia e Física, ainda assim se conectam com a Matemática. Essa viagem me fez ampliar minha visão sobre a Matemática”, disse Luigi.

Arthur Laguna Cruz da Silva conta que participar do evento foi uma experiência muito educativa e diferente do que ele estava acostumado. “Mesmo que algumas coisas das palestras eu não tenha entendido, ainda assim consegui aprender bastante, e agora eu tenho mais interesse do que eu achei que poderia ter pela Matemática. Com certeza essa foi a melhor viagem que eu já fiz!”, disse o estudante. Já o aluno Eduardo Zanivan relata que aprendeu várias coisas e revisou alguns conteúdos. “Todos os professores foram muito atenciosos e o que mais me interessou foram as oficinas de Física e Astronomia, estudando Matemática de forma aplicada”, conta Eduardo.

Por fim, a professora Karine Luiz Calegari Mrotskoski, que já participou do OBMEP na Escola em outros anos, resume um pouco do que foi o evento. “Foi um sábado para estudar Matemática, conhecer algumas de suas aplicações em oficinas, encontrar pessoas que gostam desta ciência. Experiências como esta criam um espaço de conhecimento e interação, mostram aos estudantes que podem chegar mais longe por meio da educação e motivam os professores a buscarem novas metodologias de ensino”, avalia.

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau, com informações e fotos do professor Felipe Vieira

Professores da UFSC Blumenau participaram na semana passada do 7º Encontro do Hotel de Hilbert, evento que reuniu cerca de 160 estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio de escolas públicas de todo o país participantes do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC). O evento, realizado pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) aconteceu de 16 a 19 de maio, em Florianópolis.

O encontro contou com a presença de 14 professores universitários, entre eles os docentes da UFSC Blumenau Felipe Vieira, Louise Reips, Rafael Aleixo de Carvalho, Eslley Scatena Gonçales, Renan Gambale Romano e André Vanderlinde da Silva. O professor Felipe conta que participar de um evento cheio de jovens que possuem afinidade com a Matemática foi muito gratificante. “Seria muito bom se existisse esse tipo de evento para outras áreas também. Um lugar onde se pudesse reunir talentos para motivá-los ainda mais a continuar os estudos em determinada área do conhecimento”, analisa.

O professor conta também que, não só o evento, mas a OBMEP como um todo tem como característica ser muito inclusiva. “Além de motivar os participantes a construírem uma carreira na Matemática, de aprenderem coisas novas que talvez nem haja espaço para aprender na escola, ainda tem o aspecto social, de dar oportunidades e mostrar uma nova realidade para essas crianças e adolescentes. Como eram todos alunos de escolas públicas, muitos nunca tinham andado de elevador, de avião, ou se hospedado em um hotel, por exemplo”, avalia.

Felipe finaliza afirmando que é muito importante manter esses talentos e incentivá-los para que continuem nesse caminho. “Precisamos de cientistas e a OBMEP tem um papel fundamental nisso”, conclui.

Durante os quatro dias de evento, os estudantes participaram de aulas, palestras, oficinas e desafios propostos pelos professores, abordando temas inovadores, criativos e curiosos da Matemática. Os professores da UFSC Blumenau foram responsáveis pelas seguintes atividades:

• Oficina Geometrias: a euclidiana e um pouco mais, com o professor André Vanderlinde da Silva
• Oficina Harmonia do mundo: explorando as leis de Kepler, com o professor Eslley Scatena Gonçales
• Oficina A Matemática no dia a dia de uma pandemia, com o professor Rafael Aleixo de Carvalho
• Palestra de encerramento Números grandes e suas relações com o universo, com o professor Renan Gambale Romano

Por que “Encontro do Hotel de Hilbert”?

O encontro foi inspirado no “Hotel de Hilbert”, um paradoxo exposto pelo alemão David Hilbert (1862-1943). O matemático apresentou a analogia de um hotel com quartos infinitos sempre lotados, com um hóspede em cada quarto. Sempre que chega um novo cliente, o gerente pede que os hóspedes mudem para o quarto seguinte. Em linguagem matemática, com a nova chegada, o hóspede do quarto ‘n’ pula para o quarto ‘n+1’ e assim sucessivamente. Ou seja, apesar de estar sempre lotado, sempre há vagas no Hotel de Hilbert.

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau, com informações do site do Impa

No dia 23 de abril, a UFSC Blumenau começou a oferecer as aulas do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC) da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). O PIC é voltado para estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio que já receberam alguma medalha na OBMEP.

O PIC é um programa que propicia aos estudantes premiados da OBMEP entrar em contato com interessantes questões no ramo da Matemática, ampliando o seu conhecimento científico e preparando-o para um futuro desempenho profissional e acadêmico. Aqui na UFSC Blumenau estão sendo ofertadas duas turmas do PIC Presencial e oito turmas do PIC Virtual, onde são realizados encontros remotos. Todas as aulas acontecem aos sábados.

Os alunos do PIC têm acesso a um fórum virtual, elaborado pela OBMEP, no qual, com ajuda de moderadores, realizam tarefas complementares às aulas. O material didático é preparado especialmente para os alunos nos diferentes níveis de participação e são todos gratuitos.

Estudantes medalhistas que estão matriculados em escola pública recebem ainda uma bolsa mensal de R$ 100 para participar do projeto. Além dos premiados, alunos da região são convidados a integrarem as turmas presenciais. Os professores das turmas do PIC são todos estudantes dos cursos de graduação da UFSC Blumenau, e também recebem uma bolsa e treinamento específico oferecido pelos coordenadores Felipe Vieira e Louise Reips.

Este projeto - assim como outros realizados em Blumenau - são todos coordenados e promovidos pela SOMA, a Sala das Olimpíadas de Matemática, um laboratório especialmente criado pela UFSC Blumenau para lidar com as olimpíadas de Matemática da região de Blumenau.

Os objetivos do PIC são:

• Despertar nos alunos o gosto pela Matemática e pela ciência em geral;
• Motivar os alunos na escolha profissional pelas carreiras científicas e tecnológicas;
• Aprofundar o conhecimento matemático dos alunos, por meio de resolução e redação de soluções de problemas, leitura e interpretação de textos matemáticos;
• Desenvolver nos alunos algumas habilidades tais como: sistematização, generalização, analogia e capacidade de aprender por conta própria ou em colaboração com os demais colegas;
• Incentivar o aprimoramento matemático dos professores, em especial dos professores dos alunos bolsistas;
• Estimular uma articulação entre as escolas e as universidades.

Para mais informações sobre o PIC na UFSC Blumenau, acesse o site: olimpiadas.ufsc.br/pic

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau, com informações do professor Felipe Vieira e do site obmep.org.br