UFSC Blumenau lança campanha para conscientizar sobre pobreza menstrual e arrecadar absorventes

01/10/2021 08:52

A UFSC Blumenau lança nesta sexta-feira, 1º de outubro, a campanha “Todos contra a pobreza menstrual”, que tem como objetivo conscientizar sobre o problema, especialmente entre meninas estudantes do ensino fundamental. Além de combater a desinformação e dar visibilidade ao tema, o lançamento da campanha também inicia a arrecadação de absorventes descartáveis, que serão destinados a escolas públicas municipais de Blumenau, em parceria com o Instituto Vida. As doações poderão ser feitas durante todo o mês de outubro.

A pobreza menstrual é caracterizada pela falta de acesso à higiene pessoal durante o período menstrual, seja por falta de recursos financeiros, de infraestrutura ou até de conhecimento. O problema é agravado por variáveis que envolvem a desigualdade racial, social e de renda. Uma família em situação de vulnerabilidade, por exemplo, tende a dedicar uma parte menor de seu orçamento para itens de higiene, uma vez que a prioridade, para esta família, sempre vai ser a alimentação.

Foto: Freepik

Nestes casos, as crianças e adolescentes são o alvo mais vulnerável à pobreza menstrual. Primeiro porque ainda não possuem tanto conhecimento sobre a importância da higiene menstrual para sua saúde, e segundo porque dependem dos pais ou familiares para a compra do absorvente. Sem acesso a eles, meninas utilizam alternativas como pedaços de tecido, jornal, roupas velhas, algodão, papel higiênico, sacos plásticos, miolo de pão, entre outros materiais que causam desconforto e não são efetivos para a contenção do fluxo menstrual.

A campanha “Todos contra a pobreza menstrual” é uma ação de extensão do Campus Blumenau da UFSC, coordenada pela professora Selene de Souza Siqueira Soares, do Departamento de Engenharia Têxtil. Ela explica que a falta de absorventes afeta diretamente o desempenho escolar das estudantes e, como consequência, restringe o desenvolvimento de seu potencial na vida adulta. “Algumas meninas até deixam de ir à escola nos dias da menstruação porque não têm acesso a absorventes. Isso pode levar à queda do rendimento escolar e, às vezes, até à evasão. Ou seja, as estudantes já saem em desvantagem só por serem meninas. O ato biológico de menstruar acaba sendo mais um fator de desigualdade de oportunidades entre os gêneros”, avalia.

Estudo sobre o tema

Desde 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) considera o acesso à higiene menstrual um direito, que deve ser tratado como uma questão de saúde pública e de direitos humanos. Em maio deste ano, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) publicaram um estudo intitulado “Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos”

De acordo com o documento, 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em sua residência e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas. Isso inclui falta de acesso a absorventes e instalações básicas nas escolas, como banheiros e sabonetes. Ainda de acordo com o mesmo relatório, uma a cada quatro meninas brasileiras já deixou de frequentar as aulas durante o período menstrual por falta de absorvente. 

A publicação do estudo, que trouxe dados até então inéditos sobre pobreza menstrual no Brasil, deu grande visibilidade ao tema e motivou uma série de discussões sobre a implementação de políticas públicas voltadas para a saúde menstrual. Projetos de lei nos âmbitos federal, estaduais e municipais começaram a tramitar por todo o país.  

Ações do poder público

No dia 14 de setembro, o Senado Federal aprovou um projeto de lei que cria o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, que irá distribuir gratuitamente absorventes higiênicos para estudantes dos ensinos fundamental e médio, mulheres em situação de vulnerabilidade social e presidiárias. A forma de distribuição ainda será definida em regulamento específico, mas a implantação do programa deverá ocorrer de forma integrada entre estados e municípios, em especial pelas áreas de saúde, assistência social, educação e segurança pública.  

Foto: Freepik

Na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) está em tramitação um projeto de lei que cria a política pública "Menstruação Sem Tabu". Entre os objetivos da proposta estão incentivar a compreensão do ciclo menstrual feminino como um processo natural do corpo e promover a universalização do acesso a absorventes higiênicos.

Na última terça-feira, dia 28 de setembro, a Câmara de Vereadores de Blumenau aprovou o projeto de lei que institui o Programa permanente de combate à pobreza menstrual e incentivo à saúde íntima feminina no município de Blumenau. O objetivo do programa é promover ações efetivas de prevenção à pobreza menstrual das mulheres em situação de vulnerabilidade, melhorar a educação quanto à saúde íntima feminina e disponibilizar itens de higiene pessoal para a população carente do município. Como foi aprovado com emenda, o projeto ainda precisa ser votado em redação final antes de ser encaminhado à sanção do prefeito e virar lei municipal. 

Em Gaspar, a Câmara de Vereadores realizou a campanha Ciclo do Bem - Gaspar, inspirada na campanha Ciclo do Bem realizada em Blumenau pela mestranda em Desenvolvimento Regional Anna Coirolo, que arrecada produtos de higiene menstrual para lares e associações voltados ao atendimento de mulheres. Além disso, Gaspar aprovou, no início de setembro, uma lei municipal que prevê uma série de ações voltadas à promoção da saúde menstrual. Entre elas, o acesso gratuito a absorventes higiênicos nas escolas da rede municipal de ensino, o que deve impactar a vida de aproximadamente 2600 estudantes.

Como doar

Foto: Freepik

Durante todo o mês de outubro, a UFSC Blumenau receberá doações de absorventes descartáveis, que podem ser entregues nas recepções dos blocos A e C, de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h. Pessoas que querem ajudar, mas não se encontram em Blumenau no momento, ou não querem se deslocar até a UFSC pessoalmente, podem mandar entregar os materiais diretamente no campus. O endereço completo segue abaixo:

Campanha “Todos contra a pobreza menstrual”
UFSC Blumenau
Rua João Pessoa, 2750, bairro Velha, Blumenau/SC
CEP 89036-256

(Serviço de Comunicação UFSC Blumenau, com informações do site da Unicef e da Agência Senado)

Tags: campanhaExtensãopobreza menstrual

Nova campanha de arrecadação de itens de higiene e limpeza é iniciada

03/06/2020 14:43

Como os itens arrecadados até o momento já foram doados aos estudantes que estão enfrentando dificuldades socioeconômicas, o Grupo de Trabalho de Apoio do Discente iniciou uma nova campanha de arrecadação de materiais de higiene e limpeza. As doações podem ser entregues diretamente na recepção do Bloco A da Sede Acadêmica (Rua João Pessoa, 2750 – Velha).

Os itens solicitados nesta nova etapa são:

Cloro - 9 litros
Lava roupas - 10 kg
Álcool líquido - 13 litros
Amaciante - 10 litros
Detergente - 20 unidades
Desinfetante - 10 litros
Sabão em barra - 8 unidades
Shampoo - 12 unidades
Papel higiênico - 6 pacotes (4 rolos)
Esponja multiuso - 7 unidades

Esta semana, a UFSC Blumenau também recebeu mais doações de alimentos vindos da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE). Os estudantes que estiverem passando por algum tipo de necessidade podem preencher o formulário (clique aqui) com as suas solicitações.

Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail .

(Daiana Martini/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau)

Tags: campanhaCoronavírusCovid-19doação

Coronavírus: UFSC Blumenau arrecada itens de higiene e limpeza para doação a estudantes

06/05/2020 17:12

(Atualizado em 26/05/2020, às 16h27min)

O Núcleo de Assistência Social (NAE) da UFSC Blumenau e o Grupo de Trabalho de Apoio do Discente organizam uma nova etapa de arrecadação de doações aos estudantes que estão enfrentando dificuldades socioeconômicas devido à pandemia provocada pelo novo Coronavírus.

Serão montados kits com itens de higiene e limpeza para distribuição entre os discentes. As doações podem ser entregues diretamente na recepção do Bloco A da Sede Acadêmica (rua João Pessoa, 2750 – Velha). Os alunos que indicaram suas necessidades ao NAE poderão retirar os kits diretamente na UFSC Blumenau ou então solicitar a entrega em domicílio, caso não tenham condições de se deslocar até o local.

Ainda dentro das ações de apoio aos estudantes, em abril, a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) organizou uma doação de alimentos, tendo em vista o fechamento do Restaurante Universitário. O Campus Blumenau recebeu mais de uma tonelada de alimentos para distribuição.

As doações dos materiais de limpeza e higiene serão recebidas até serem atingidos os quantitativos necessários para a composição dos kits. Dúvidas podem ser encaminhadas ao e-mail Veja a lista abaixo e saiba como contribuir:

Lista de materiais para doação

10 litros de clor(Meta alcançada!)
5 kg de sabão em pó para lavar roupas  (Meta alcançada!)
9 litros de álcool líquido 70°
5 litros de amaciante (Meta alcançada!)
20 garrafas de detergente (Meta alcançada!)
10 litros de desinfetante (Meta alcançada!)
10 esponjas multiuso (Meta alcançada!)
10 unidades de sabão em barra (Meta alcançada!)
22 unidades de sabonete (Meta alcançada!)
20 unidades de creme dental (Meta alcançada!)
10 unidades de fio dental (Meta alcançada!)
10 unidades de shampoo
10 pacotes de papel higiênico (4 rolos) (Meta alcançada!)

(Camila Collato/Comitê de Comunicação da UFSC Blumenau)

Tags: campanhaCoronavírusCovid-19doaçãoUFSC Blumenau

UFSC Blumenau adere à campanha de vacinação contra a Febre Amarela

02/04/2019 12:45

O Campus Blumenau da UFSC, por meio do Núcleo de Assistência Estudantil (NAE), adere à campanha de conscientização para vacinação da comunidade acadêmica contra a febre amarela. Desde o segundo semestre de 2018, seguindo recomendação do Ministério da Saúde, todo o estado de Santa Catarina tornou-se Área com Recomendação de Vacinação (ACRV) – antes 162 municípios catarinenses já integravam a ACRV. Desde então, todos os moradores catarinenses com mais de nove meses de idade devem procurar os postos de saúde para se vacinar contra a doença.

A intensificação da campanha ocorreu após a confirmação do primeiro óbito, no estado, ocasionado pela doença. O Instituto Carlos Chagas (ICC) – Fiocruz do Paraná confirmou por análise laboratorial a morte de um homem de 36 anos em Joinville por febre amarela, em 12 de março. Ele morava na região de Pirabeiraba, uma área densa de matas, e havia se deslocado para um sítio no limite com o Paraná, região de mata Atlântica. Santa Catarina não registrava casos autóctones de febre amarela em humanos desde 1966.

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O que é a febre amarela?

É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), que pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. Os casos de febre amarela (FA) no Brasil são classificados como febre amarela silvestre ou febre amarela urbana, sendo que o vírus transmitido é o mesmo, assim como a doença que se manifesta nos dois casos, a diferença entre elas é o mosquito vetor envolvido na transmissão.

Na FA silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus, e os macacos são os principais hospedeiros; nessa situação, os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada adentra uma área silvestre e é picada por um mosquito contaminado. Na FA urbana, o vírus é transmitido ao homem pelos mosquitos Aedes aegypti; mas, nessa área, a ocorrência não é registrada no Brasil desde 1942.

Qualquer pessoa está em risco de contrair febre amarela silvestre?

Sim, pode ter febre amarela silvestre qualquer pessoa que não tenha sido vacinada e que resida em áreas onde há transmissão da doença ou apenas as visite, independentemente da idade ou do sexo.

A febre amarela é contagiosa?

A doença não é contagiosa, ou seja, não há transmissão de pessoa a pessoa. A FA é transmitida somente pela picada de mosquitos infectados com o vírus.

Quais os sintomas da Febre Amarela?

Os sintomas iniciais incluem: febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.Em casos graves, a pessoa pode desenvolver: febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem a doença na forma grave podem morrer.Vale chamar a atenção para o fato de que a febre amarela pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente.

Como se manifesta a febre amarela?

O período em que o vírus irá se manifestar no homem varia de 3 a 6 dias após a picada do mosquito infectado, podendo se estender até 15 dias. A maioria das pessoas apresenta melhora após os sintomas iniciais, no entanto cerca de 15% apresentam apenas um breve período de horas a 1 dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença. Essa pessoa doente pode servir como fonte de infecção para outros mosquitos transmissores durante, no máximo, 7 dias (entre 24 a 48 horas antes do aparecimento dos sintomas até 3 a 5 dias após). Nos casos que evoluem para a cura, a infecção confere imunidade duradoura. Isso quer dizer que você só pode ter febre amarela uma vez na vida.

O que você deve fazer se apresentar os sintomas?

Depois de identificar alguns dos sintomas, procure um médico na unidade de saúde mais próxima. Informe-o sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas e, também, se houve mortandade de macacos próximo aos lugares que você visitou. Comunique-lhe, ainda, se você tomou a vacina contra a febre amarela e a respectiva data.

Como a febre amarela é tratada?

Não há nenhum tratamento específico contra a doença. O médico deve tratar os sintomas, como dores no corpo e na cabeça com analgésicos e antitérmicos. Salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. O médico deve estar alerta para quaisquer indicações de um agravamento do quadro clínico. Importante: somente um médico é capaz de diagnosticar e tratar corretamente a doença.

Como a doença pode ser evitada?

A única forma de evitar a febre amarela é a vacinação. A vacina está disponível gratuitamente, durante todo o ano, nas 36 mil salas de vacinação distribuídas pelo país.

Que grupos precisam ser avaliados antes da vacinação?

Pessoas com doenças agudas febris moderadas ou graves devem adiar a vacinação até a resolução do quadro, para não se atribuir à vacina as manifestações da doença; pessoas a partir de 60 anos nunca vacinadas; pessoas infectadas pelo HIV, sem sinais e sintomas da doença e com imunossupressão moderada, de acordo com a contagem de células.

 

(Fonte: Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina)

Tags: campanhasaúdevacinação

Curso de Engenharia Têxtil promove campanha de arrecadação para brechó da ACEVALI

09/08/2018 13:44

O curso de Engenharia Têxtil, juntamente com a turma da disciplina de Introdução ao Design e Moda (PIDRIS), semestre 2018/2, está desenvolvendo neste mês de agosto um projeto em parceria com o brechó da Associação dos Cegos do Vale do Itajaí - ACEVALI.  A proposta é arrecadar peças doadas e customizá-las para então colocá-las a venda no brechó. Toda a renda será revertida para a manutenção da instituição.

Para participar, basta doar roupas que estejam em boas condições de uso e limpas. Também são aceitos calçados e acessórios, além de de cabides e produtos de limpeza para melhorar a organização e manutenção do ambiente do brechó. O período de coleta estende-se de 9/08 a 14/09, com ponto identificado para a entrega dos materiais na entrada do bloco A da Sede Acadêmica da UFSC Blumenau.

Pratique o desapego e seja solidário, afinal gentileza gera gentileza!

(Comunicação UFSC Blumenau, com informações Grazyella Cristina Oliveira de Aguiar)

Tags: acevalibrechócampanhadoação
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