UFSC Blumenau receberá verba para estimular a extensão como atividade curricular

17/05/2021 19:09

A UFSC Blumenau foi contemplada no edital nº 6/2021/PROEX, lançado pela Pró-Reitoria de Extensão da UFSC, com o objetivo de apoiar institucionalmente a preparação dos cursos de graduação para o processo de inserção da extensão no currículo. O campus irá receber R$ 140 mil para fortalecimento e ampliação de projetos de extensão já existentes e criação de novos.

A proposta submetida pelo campus foi elaborada por uma comissão, designada pela Portaria n° 036/2021/BNU, e composta por professores de todos os cursos e departamentos do Centro Tecnológico, de Ciências Exatas e Educação (CTE), além de um técnico-administrativo para apoio. O coordenador desta comissão, professor Felipe Vieira, conta que o objetivo do grupo foi envolver todos os setores do campus - cursos, departamentos, laboratórios e núcleos - na curricularização da extensão, da forma mais interdisciplinar e integrada possível.

Felipe conta que a UFSC Blumenau já executa várias atividades de extensão que atendem diversos setores da comunidade de Blumenau e região, como alunos das redes básicas de ensino, pequenas e médias empresas, além de associações de diversos setores. “Com os recursos provenientes desse edital, estudantes, professores e técnicos do campus poderão ter uma tranquilidade ainda maior para continuar e ampliar tais projetos, além de criar novos, com o intuito de aumentar a quantidade de pessoas e instituições beneficiadas por todo o conhecimento produzido no CTE”, afirma.

Além de trazer mais segurança para a execução dos projetos, o orçamento específico para a extensão também será utilizado para melhorar a infraestrutura da UFSC Blumenau. “Essa verba vai também ajudar o campus a se preparar para receber mais visitas da comunidade, equipando melhor seus espaços vinculados às atividades de extensão”, complementa o coordenador da comissão.

A professora Marilise Luiza Martins dos Reis Sayão, também integrante da comissão que elaborou a proposta, lembra que, na articulação entre ensino, pesquisa e extensão, historicamente a extensão é o elo mais frágil. “A inclusão de no mínimo 10% da carga horária total dos cursos de graduação em atividades de extensão precisa vir balizada pelo apoio institucional e financeiro de forma que sejam garantidos os equipamentos necessários para o desenvolvimento de atividades de extensão de qualidade, que atendam tanto o que está previsto na Lei, quanto atinja as metas de formação cidadã de nossos estudantes na sua articulação com as demandas da sociedade. Apoiar financeiramente a extensão é mecanismo fundamental para que se promova, de fato, a incorporação da extensão nos currículos dos cursos de graduação”, explica.

Sobre a proposta

O programa de extensão submetido pelo campus, intitulado "Curricularização da Extensão no Campus Blumenau: Enriquecendo a Formação Acadêmica e Promovendo o Desenvolvimento Regional", traz uma série de atividades de extensão envolvendo escolas, prefeituras, microempresas, ONGs, médias e grandes empresas, parques, bairros, entre outros, do município de Blumenau e região. Essas atividades terão caráter técnico, formativo, mas, principalmente, de comunicação para que os estudantes adquiram e demonstrem conhecimentos e saberes fundamentais à sua imersão no contexto social e profissional.

Realizadas na forma de cursos, eventos e workshops, e pensadas a partir das matrizes curriculares e com participação ativa dos alunos na sua realização, as atividades de extensão buscam apresentar e disseminar o conhecimento científico ou tecnológico produzido na UFSC Blumenau.

Para conhecer a proposta completa, clique aqui.

Curricularização da extensão

A inserção de uma carga horária mínima de atividades de extensão no currículo dos cursos de graduação foi proposta no Plano Nacional de Educação (PNE - Lei n° 13.005/2014), que determina diretrizes, metas e estratégias para a política educacional brasileira no período de 2014 a 2024. Depois disso, a Resolução nº 7 MEC/CNE/CES, de 2018, estabeleceu as diretrizes para a extensão na educação superior brasileira, já com as adequações propostas no PNE.

Na UFSC, o assunto vem sendo discutido desde 2016, e, mais intensamente, a partir da criação da Comissão Mista de Curricularização (CMC), em 2018, que vem trabalhando em apoio à universidade para promover a incorporação da extensão nos currículos dos cursos de graduação.

Para o professor Felipe, as universidades federais constituem uma importante fonte de serviços de atendimento à sociedade de forma gratuita, visando uma melhora na qualidade de vida das pessoas e um aprimoramento dos processos desenvolvidos em diversos setores do país. “A curricularização da extensão visa dar a devida e merecida importância a tais atividades, fazendo com que todos os estudantes de graduação do Brasil participem de tais ações. Com isso, além de aperfeiçoar e ampliar tais ações, a formação dos graduandos será aprimorada, pois eles estarão na linha de frente do relacionamento de seu objeto de estudo com a comunidade externa”, avalia.

A professora Marilise também defende que a curricularização da extensão é fundamental para que se compreenda a importância da necessidade de que o conhecimento gerado na universidade - e vivenciado em salas de aula e laboratórios - precisa ser devolvido para a sociedade. Integrante do Conselho Municipal de Inovação de Blumenau, a docente considera que a proposta “exalta o entendimento de que a experiência extensionista trata-se de um elemento formativo, que coloca o estudante como protagonista de sua formação. Além disso, é uma oportunidade para a reflexão das próprias práticas docentes, de forma que as mesmas estejam mais próximas do contexto local e regional, repercutindo dessa forma em uma atuação social com impactos positivos aplicados às demandas da sociedade”, avalia.

(Daiana Martini/Serviço de Comunicação UFSC Blumenau)

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NEPTA promove cinedebate virtual sobre curta-documentário Ilha das Flores

05/08/2020 19:58

Núcleo de Educação na Perspectiva das Tecnologias e Alteridade (NEPTA) convida para um cinedebate virtual sobre o curta-documentário Ilha das Flores (1989), do diretor Jorge Furtado. O evento, que será realizado no dia 10/8, às 13h30, é uma iniciativa da UFSC, em parceria com a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS).

Para participar basta fazer a inscrição online pelo formulário disponível neste link. Após a confirmação, o participante receberá o link da sala virtual. Os interessados podem assistir ao documentário antecipadamente, pois ele encontra-se disponível no YouTube - clique aqui para assistir.

O debate será conduzido pela professora da UFSC e doutoranda em Educação, Ângela Della Flora e pelo agrônomo da UFSC, permacultor e doutor em Geografia, Marcelo Venturi. Como mediadoras estarão a professora da UFFS e doutora em Biologia comparada, Caroline Heinig Voltolini e a professora da UFSC, doutora em Psicologia, pós-doutora em Educação e em Psicologia Social, Renata Orlandi.  O evento terá ainda o apoio das intérpretes de Libras, Aline Vanessa Poltronieri Gessner e Patrícia Taffarel.

O curta - Ilha das Flores é um local na cidade de Porto Alegre-RS destinado ao depósito de lixo. Produzido por Jorge Furtado, mostra como a economia engendra relações desiguais entre os seres humanos, uns mais tomados como humanos que outros, o desperdício oriundo dos processos de produção, consumo e seus impactos na geração da desigualdade dento do sistema econômico vigente.

(Camila Collato/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau, com informações NEPTA)

 

 

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