A UFSC está entrando na Pré-Fase 2 da Pandemia. Essa é a definição que o reitor Ubaldo Cesar Balthazar anuncia após a publicação de uma nova Portaria Normativa nesta segunda-feira, 16 de agosto. A Portaria é fruto do planejamento da Administração Central, que, por meio de um Grupo de Trabalho, iniciou a organização que permitirá que a UFSC volte gradualmente ao trabalho presencial.
A Portaria Normativa nº 405 sinaliza que, a partir de 20 de setembro, a UFSC passará oficialmente à Pré-Fase 2, com os setores da Universidade abrindo suas portas em horário integral, das 8 às 18h. Cada setor acadêmico e administrativo precisará definir um plano de trabalho, e dar ampla publicidade. A medida tem embasamento no Relatório gerado em 2020 pelo Comitê Assessor e os Subcomitês de Combate à Pandemia e aprovado pelo Conselho Universitário. O documento sinaliza que “a adoção das Fases 2 (semipresencial) e 3 (presencial) será permitida somente após autorização explícita e reversível” emitida pelo reitor.
“Depende de cada equipe definir, de hoje até a data de 20 de setembro, quem poderá estar presencialmente a partir do início da Pré-Fase 2, respeitando-se os grupos de risco”, explica o reitor Ubaldo. “Cada equipe e cada ambiente tem suas peculiaridades. Este é o momento de cada setor levantar suas necessidades, para que gradualmente cheguemos às condições ideais, com ambientes seguros do ponto de vista sanitário. Queremos que as chefias tomem a dianteira desse processo, e mantenham o respeito às regras sanitárias e o bom senso ao tratar com suas equipes nesse retorno. Precisamos lembrar que nossas vidas mudaram muito de março de 2020 até agora, e a adaptação para a volta presencial leva tempo, e precisa começar”. O reitor lembra ainda que os profissionais de Educação da UFSC já tiveram acesso, como grupo prioritário, à vacinação contra a Covid-19 desde o início de junho de 2021, e em meados de setembro devem ter completado o ciclo com as duas doses dos imunizantes.
Preparação
Durante a Pré-Fase 2, o principal objetivo é a preparação das equipes e do espaço físico. Incluem-se as atividades de planejamento, adequação das salas e setores e a retomada do atendimento presencial ao público. Nessa fase ainda não será possível realizar eventos ou confraternizações presenciais. As reuniões devem continuar remotas e o trabalho presencial deve ser feito em regime de revezamento pelas equipes. As recomendações para a nova fase estarão no novo Guia de Biossegurança, que deverá estar disponível em breve.
Dentre as iniciativas que serão tomadas a partir de 20 de setembro estão a implantação de uma Política de Testagem, dentro da Universidade, para o controle e monitoramento de possíveis contaminações; análise dos indicadores epidemiológicos; medição dos níveis de CO2 nos ambientes para atestar a qualidade da circulação de ar; utilização obrigatória de máscaras PFF2 e N95; monitoramento da cobertura vacinal do corpo técnico e docente; entre outras.
Ensino Semipresencial
“É importante que a comunidade entenda que estamos entrando na Pré-Fase 2 agora, para preparar o trabalho. A Fase 2 não se iniciará ainda. Será nessa próxima Fase que teremos a modalidade semipresencial de ensino, depende de certos parâmetros já definidos, como a ocupação de UTIs menores que 60% e o declínio na transmissão da Covid”, explica o reitor.
Por isso, explica a Administração Central, as atividades de ensino presencial da Graduação só serão autorizadas nesta fase para aquelas disciplinas práticas, nos termos da Resolução Normativa nº 090/2021/CGRAD. No caso do Colégio de Aplicação (CA) e Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI), será autorizada a oferta semipresencial de ensino, em data a ser definida, de acordo com a Portaria Normativa nº 406/2021/GR, também publicada nesta segunda-feira, dia 16.
“O Grupo de Trabalho estima que até a data de 20 de setembro teremos pelo menos 75% da nossa comunidade de técnicos e professores vacinados com as duas doses, contra a Covid-19. A prioridade de reinício do ensino presencial é do NDI e Aplicação, em formato semipresencial e de acordo com o Plano de Contingência dessas unidades. Esperamos poder retornar com a oferta de ensino de forma ampla somente após a cobertura vacinal em duas doses dos nossos estudantes, o que certamente podemos prever para o semestre 2022.1. Antes disso, não há possibilidade de retorno em massa dos alunos”, salienta Ubaldo.
Grupo de Trabalho
O Grupo de Trabalho da Administração Central, nomeado em 2 de agosto, teve 20 dias para apresentar ao reitor Ubaldo uma proposta para preparar o início da Pré-Fase 2. O relatório do GT aponta os documentos em que se basearam para a definição, como o Relatório gerado em 2020 pelo Comitê Assessor e os Subcomitês de Combate à Pandemia, bem como as orientações mais recentes da Comissão Permanente de Monitoramento Epidemiológico e o Guia de Biossegurança.
“Operacionalizar o início da Fase 2 na UFSC tem sido nossa principal preocupação no momento, uma vez que já sabemos quando ela deve começar, ou seja, após a finalização do ciclo vacinal dos técnicos e docentes, e quando os dados epidemiológicos forem realmente favoráveis”, aponta o chefe de Gabinete, Aureo Moraes, que preside o GT.
Aureo esclarece que além do acompanhamento epidemiológico, o monitoramento de dados da vacinação dos trabalhadores da UFSC já vem acontecendo. Um levantamento preliminar apontou, em 16 de agosto, que 62% dos TAEs e docentes da UFSC haviam sido vacinados em Florianópolis com a primeira e a segunda dose.
“É um caminho longo, e que demanda cautela e respeito às regras com as quais já convivemos há tanto tempo. E mesmo sem que 100% dos técnicos e docentes estejam vacinados, teremos um ambiente seguro, pois a imensa maioria da nossa comunidade aderiu à imunização. É importante que cada setor se conscientize de suas responsabilidades nesse processo, que precisa ser adequado às necessidades de quem atua ali e também dos usuários desse serviço”, pontua.
Aureo recomenda que as unidades realizem levantamentos de necessidades e informa que haverá uma força-tarefa para viabilizar a adequação das condições para a Pré-Fase 2. “Estamos montando uma força-tarefa que envolverá a Seoma, Seplan, Proad, Prodegesp para focar esforços em colocar a UFSC em plenas condições de receber os alunos daqui a seis meses. A primeira prioridade será o NDI e o Aplicação. Em seguida partiremos para todas as unidades até conseguirmos ter todos os campi e as estruturas adequadas para receber a nossa comunidade como um todo”, salienta.
“A Administração Central continuará trabalhando nas iniciativas que precisam acontecer para que em 20 de setembro tenhamos essa estrutura necessária inicial. Todas as unidades, nesse ínterim, estarão também envolvidas nesse planejamento”, conclui o gestor.
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