Novembro Negro: UFSC Blumenau realiza atividades culturais de combate ao racismo

12/11/2024 13:56

Atualizada em 14/11/2024 às 14h18

Durante o mês em que se celebra a Consciência Negra, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) organiza uma série de atividades para fomentar o antirracismo na instituição. A ideia do Novembro Negro é promover o debate sobre as relações étnico-raciais e que enaltecem a cultura afro-brasileira. No Campus Blumenau, serão realizadas duas exposições e um intervalo cultural temático.

As exposições têm como objetivo ampliar a visibilidade da produção cultural e artística das pessoas pretas da comunidade acadêmica da UFSC para suscitar a reflexão e debates acerca do tema como forma de combate ao racismo estrutural.

Confira abaixo a programação completa e participe:

Exposições de Artes Visuais de Schilo Mucoviç
Local: Biblioteca Setorial de Blumenau
Data: 18 de novembro a 6 de dezembro
Nascido em Luanda/Angola, atualmente reside em Blumenau e é estudante do curso de Engenharia de Controle e Automação da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Desde pequeno desenvolveu suas habilidades artísticas, em trabalhos realistas e abstratos nas mais diversas técnicas de desenho e pintura. Sua grande inspiração se dá pelas máscaras africanas que representam uma parte muito significativa de sua cultura. Em 2019 passou a atuar profissionalmente como artista plástico e em 2022 chega ao Brasil para estudar Matemática na Universidade Internacional da Lusofonia (UNILAB), em Redenção, no Ceará. Na Unilab uniu-se ao coletivo de estudantes africanos fazendo diversas exposições e intervenções artísticas. Em julho de 2023 mudou-se para Blumenau. Na UFSC participou como expositor e ministrante nos eventos em Comemoração ao Dia da África e Novembro Negro. Schilo transmite em sua arte a luta do seu povo, suas memórias e a beleza do dia a dia em Angola.

Exposições de Poesias de Arlindo Udé Lé
Local: Biblioteca Setorial de Blumenau
Data: 18 de novembro a 6 de dezembro
Guineense da Guiné-Bissau, teve seu primeiro contato com a escrita aos 18 anos, quando começou a expressar em versos as experiências de sua vida e de amigos próximos, abordando suas realidades e contextos. Com a chegada à Unilab, no Ceará, em 2020, se viu inspirado pela força das poesias declamadas em eventos culturais, o que o levou a retomar sua produção poética. Desde então, tem presença marcada em celebrações significativas, como o Novembro Negro de 2022 e 2023 e o Dia da África em 2023, na UFSC Blumenau. Como Cronista e poeta, também é um dos fundadores do projeto Guingola, que promove a arte, cultura e história africanas no Brasil, buscando combater estereótipos negativos sobre o continente africano, especialmente em Blumenau, Santa Catarina cidade onde reside atualmente e é também estudante da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC graduando do curso de Licenciatura em Matemática.

Intervalo Cultural Especial: Alusivo à Consciência Negra
Local: Auditório da UFSC Blumenau
Data: 19 de novembro das 19h45 às 20h30
O objetivo da atividade é celebrar a diversidade e promover a troca de experiências culturais. Entre os convidados estão Jair de Almeida, contramestre de Capoeira (Brasileiro); Nathan Guerra de Almeida (Brasileiro); o artista plástico Schilo Vicente Mucoco (Schilomukoviç), que é graduando do curso de Engenharia de Controle e Automação. Haverá apresentação da banda Quarteto Fantástico e uma palestra com Luiz Herculano. A programação inclui, ainda, declamação de poesia com Arlindo Udé Lé, natural da Guiné Bissau e graduando da Licenciatura em Matemática.

Daiana Martini/Serviço de Comunicação UFSC Blumenau

Tags: antirracismoeventoNovembro Negro

Novembro Negro: UFSC organiza mês de atividades para construir uma instituição antirracista

10/11/2023 14:22

Atualizada em 13/11/2023 às 16h15

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) organiza, ao longo do mês de novembro, uma série de atividades para fomentar o antirracismo na instituição. Durante o mês em que se celebra a consciência negra, a UFSC busca promover visibilidade às pesquisas, atividades junto à comunidade e eventos culturais que abordem os temas das relações étnico-raciais.

Segundo Joana Célia dos Passos, vice-reitora da Universidade, a Administração Central tem marcado de diversas formas, durante todo o ano, a importância de tratar as questões raciais no cotidiano da UFSC. “Nesse sentido, o Novembro Negro é mais um momento em que podemos pautar que o Racismo não será tolerado na UFSC, em nenhuma circunstância e também um espaço para a gestão prestar contas sobre o que tem sido feito para isso. É um Novembro Negro construído com a participação de coletivos, grupos de pesquisa, cursos e também de órgãos da gestão. Essa experiência de construção, a quantidade de ações e a linda programação mostra que as pessoas estão querendo muito que essa discussão seja de fato parte integrante da UFSC”, declara Joana.

Para a pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe) da UFSC, Leslie Sedrez Chaves, é também uma oportunidade para a instituição mostrar o quanto se avançou no combate ao racismo institucional. “Em novembro completamos o primeiro ano da aprovação da Política de Enfrentamento ao Racismo Institucional, e desde então a UFSC tem se mobilizado para fazer o debate sobre o tema e implementar a Política. Este Novembro Negro será um momento de dialogar com a comunidade universitária sobre os avanços nessa implementação e apresentar o diagnóstico do racismo institucional na UFSC,” salienta a gestora.

Confira abaixo a programação do Campus Blumenau:

16 de novembro
Cine Debate: O Tropeiro e o Demônio Branco
Exibição do filme: 14h30 no Auditório
Live com a diretora Jana de Liz: 17h30 no Instagram @cultura.ufscbnu

20 de novembro
Cardápio especial no Restaurante Universitário de celebração à culinária africana e afro-brasileira

21 de novembro
Roda de conversa e oficina literária, com o professor José Endoença Martins
14h no Auditório

23 de novembro
Exposição de arte, roda de conversa e oficina Arte Africana, com o estudante e artista plástico SchilomukOviç
Exposição: Biblioteca
Roda de conversa e oficina: 14h30 no Auditório

Será emitido certificado aos participantes. Para isso, clique aqui para fazer sua inscrição. A programação completa, incluindo dos outros campi da UFSC, está disponível no site novembronegro.ufsc.br.

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau, com informações do site Notícias da UFSC

Tags: antirracismoDia da Consciência NegraeventoNovembro Negro

Atividades do Novembro Negro promovem educação antirracista por meio de arte e cultura

05/12/2022 10:34

Durante o último mês, o Campus Blumenau realizou diversas atividades que integraram a programação do Novembro Negro da UFSC, que teve como objetivo promover uma educação antirracista e potencializar relações étnico-raciais baseadas no reconhecimento e no respeito das diferenças entre as pessoas. O evento contou com a colaboração de estudantes e servidores, bem como de artistas do Coletivo Colmeia.

A primeira atividade, realizada no dia 23 de novembro, foi a exibição do filme Medida Provisória, seguida de um debate entre os participantes, mediado pelos convidados Luiz Herculano (brasileiro, professor do IFSC e doutor em Língua Portuguesa) e Juvinal Domingos da Costa (bissau-guineense, mestrando em História pela Udesc), que pesquisa a resistência ao colonialismo português no Arquipélago dos Bijagós na Guiné Bissau.

No dia 25, foi realizado um Intervalo Cultural temático, em celebração a cultura afro-brasileira, com performances de música, dança e poesia de matriz africana interpretados por estudantes do campus. Já no dia 29, foi realizada uma live com a professora Francis Tourinho, com o tema “Novembro Negro e a sociedade que não olha além do que os olhos podem ver”. A live está disponível na íntegra no Instagram da UFSC Blumenau (@ufscbnu).

Fechando a programação, na última quarta-feira, 30 de novembro, foi realizado um sarau de lançamento do livro Direito, comunicação e cidadania: intersecções étnico-raciais, de autores vinculados a diversas instituições de ensino superior (UFSC, IFSC, FURB, UNILAB E Unisociesc), que desenvolvem coletivamente ações antirracistas. O sarau contou com performances do grupo Maracatu Capivara, do Movimento de Capoeira Canto com Axé e artistas visuais, configurando-se como uma Polinização do Coletivo Colmeia (@coletivocolmeia), formado por artistas blumenauenses.

Além dos eventos, o Novembro Negro na UFSC Blumenau também contou com duas exposições fotográficas. A aluna Victória Gattás aprovou as atividades realizadas pelo campus para promover o debate sobre o combate ao racismo. “O uso da arte como aliada no enriquecimento do conceito de racismo no imaginário daqueles que fizeram parte das ações do Novembro Negro foi um valiosíssimo acerto na escolha das estratégias adotadas para abordar o tema”, disse.

Política de Enfrentamento ao Racismo Institucional

Em meio às atividades do Novembro Negro, o Conselho Universitário aprovou, em reunião realizada na última terça-feira, 29 de novembro, a Política de Enfrentamento ao Racismo Institucional – um conjunto de normas, divididas em sete capítulos, que orienta desde a identificação de atos discriminatórios até a forma de denúncias, encaminhamentos e acolhimento das vítimas. Para mais informações, clique aqui.

UFSC Antirracista e Antinazista

Ainda como forma de reforçar seu posicionamento contra preconceitos e violências, a Universidade  lançou em novembro a campanha UFSC Antirracista e Antinazista, que estimula toda a comunidade universitária a combater o racismo e o nazismo na instituição, bem como a denunciar casos que se tenha conhecimento. Para mais informações sobre a campanha, clique aqui.

Confira abaixo mais fotos do Novembro Negro na UFSC Blumenau:

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau

Tags: antirracismoeventoNovembro NegroUFSC Antirracista e Antinazista

Novembro Negro: UFSC Blumenau realiza atividades de combate ao racismo

09/11/2022 17:02

Atualizada em 30/11/2022 às 11h20

O Campus Blumenau irá realizar atividades de combate ao racismo durante o Novembro Negro. A ideia é promover o debate sobre as relações étnico-raciais e que enaltecem a cultura afro-brasileira. As atividades serão realizadas no Auditório Professor Fernando Ribeiro Oliveira e são abertas ao público em geral. Haverá emissão de certificado para os participantes que fizerem sua inscrição antecipadamente.

Confira abaixo a programação completa:

> Cine Debate - Medida Provisória
22/11 das 14h às 17h30
Início do filme: 14h
Início do debate: 15h45
Local: Auditório da UFSC Blumenau
Haverá café, chá e pipoca, traga sua caneca!

A atividade consiste na exibição de do filme “Medida Provisória”, lançado em abril de 2022 e dirigido por Lázaro Ramos, seguida de um debate mediado, a fim de iniciar uma análise crítica com os participantes a respeito do tema abordado, com enfoque no combate ao racismo.

Sinopse: Em uma iniciativa de reparação pelo passado escravocrata, o governo brasileiro decretou uma medida provisória que provoca uma reação imediata no Congresso Nacional. Os parlamentares aprovam uma medida que obriga os cidadãos negros a se mudarem para a África na intenção de retomar suas origens. Tal ação afeta diretamente a vida do casal formado pela médica Capitu (Thaís Araújo) e pelo advogado Antônio (Alfred Enoch), além de seu primo, o jornalista André (Seu Jorge), que mora com eles no mesmo apartamento.

A mediação do debate será feita pelos convidados Luiz Herculano, professor no Instituto Federal de Santa Catarina e doutor em língua portuguesa, e Juvinal Domingos da Costa, mestrando em História pela Universidade do estado de Santa Catarina (UDESC), que pesquisa a resistência ao colonialismo português no arquipélago dos bijagós na Guiné Bissau.

> Intervalo Cultural Temático
25/11 - das 12h30 às 13h30
Local: Auditório da UFSC Blumenau
Esta edição do intervalo cultural celebra a cultura afro-brasileira, com performances de música, dança e poesia interpretadas por alunos e servidores da UFSC Blumenau.

> Live: Novembro Negro e a sociedade que não olha além do que os olhos podem ver, com a professora Francis Tourinho
29/11 - 19h
Local: Instagram da UFSC Blumenau
Vamos conversar sobre como o racismo e o sexismo andam juntos e que mesmo assim as mulheres negras conseguem superar todos esses empecilhos e conquistar coisas maravilhosas. A professora Francis é pesquisadora em Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora do CNPq e uma das homenageadas no Prêmio Propesq - Mulheres na Ciência - Especial Cientistas Negras de 2022.

> Sarau de lançamento do livro “Direito, comunicação e cidadania: intersecções étnico-raciais”
30/11 - das 18h30 às 20h30
Local: Auditório da UFSC Blumenau
(clique aqui para baixar o e-book)

O sarau visa o fortalecimento do contato universitário com a cultura negra com enfoque na área de educação para as relações étnico-raciais e para os direitos humanos, prestigia também a colaboração de grupos artísticos locais que integram o Coletivo Colmeia e realizam ações ligadas ao tema.

Contamos com a participação de diversos autores do livro os quais são vinculados a diversas instituições de ensino superior (UFSC, IFSC, Furb, Unilab e Unisociesc) e que desenvolvem coletivamente ações antirracistas. O referido livro contou com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

Esta ação contará com performances do grupo Maracatu Capivara, do Movimento de Capoeira Canto com Axé e artistas visuais do Coletivo Colmeia, configurando-se como uma Polinização com enfoque antirracista deste coletivo blumenauense de artistas. As “Polinizações” do coletivo Colmeia visam a democratização da arte por meio do engajamento de artistas que desenvolvem ações culturais em distintos espaços da cidade, com livre acesso e gratuidade em todos os eventos.

> Exposições
23/11 a 02/12
Local: Auditório da UFSC Blumenau

A/R/TOGRAFANDO CORPOS NEGROS
Idealização: Jessé da Cruz
Fotógrafo: Rony Costa
Técnica: Fotografia

(Cor)agem
Artista visual: Fransuê Ribeiro
Bailarino co-criador das imagens: Rodrigo Andrade
Técnica: Fotoperformance

>>> Para fazer sua inscrição no evento e receber certificado de 8h, clique aqui.

Novembro Negro na UFSC

Durante todo o mês de novembro, a UFSC realiza diversas ações em todos os seus campi para o enfrentamento do racismo institucional. Serão ministrados cursos e palestras, assim como manifestações artísticas, rodas de conversa e exposições. No dia 1º de novembro, foi realizada uma audiência pública que discutiu a proposta de minuta da Política de Enfrentamento ao Racismo Institucional na UFSC. Para conferir a programação completa do Novembro Negro na UFSC, clique aqui.

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau

Tags: eventoNovembro Negroprogramação

UFSC debate Política de Enfrentamento ao Racismo em audiência pública nesta terça

31/10/2022 10:49

Será realizada, no dia 1º de novembro, uma audiência pública no Auditório da Reitoria e via Web Conferência para discutir a Proposta de Minuta de Resolução que institui a Política de Enfrentamento ao Racismo Institucional na UFSC. A audiência começa às 17h30, com uma apresentação da construção histórica da Política e o registro das contribuições da plenária em ata, de modo a compor o processo a ser enviado para análise do Conselho Universitário (CUn).

A Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe) é a unidade gestora da comissão que trabalha na minuta de Resolução. Desde 2018 ela vem sendo elaborada, e a comissão vigente foi nomeada em janeiro deste ano. A pró-reitora da Proafe, Leslie Chaves acredita que a discussão da Política durante o Novembro Negro é bastante simbólica. “É fundamental a redação e elaboração dessa política de combate ao racismo. Essa minuta que será apresentada e debatida teve a participação de diversos setores da sociedade, além da comunidade acadêmica, de movimentos sociais, em um trabalho conjunto para pensar todos os mecanismos de combate ao racismo, violências decorrentes de questões raciais”, ressalta.

“Todos devem tomar conhecimento, e devem contribuir. Assim, todos assumem a luta contra o racismo, não só as pessoas negras. O racismo é um problema de toda a sociedade, do conjunto da sociedade. Todos temos que nos comprometer com o combate a essas violências. Esse debate acontecerá ao longo do mês de novembro, junto com reflexões que estão sendo organizadas em diversos espaços da universidade, é fundamental para além de celebrações, estamos marcando uma posição política de combate e não permitir que [o racismo] ocorra no ambiente universitário”, pontua. 

Para Leslie, é importante que a população negra esteja visível, com suas representações demarcadas no espaço universitário. “A discussão da Política acontecer neste momento, tanto pela comunidade na Audiência Pública, como pelo Conselho Universitário, além de ser um ato político é também um ato pedagógico. Um dos nossos papeis na universidade é mostrar aos poucos a importância do respeito à diversidade e do combate ao racismo. Contamos com a participação dos estudantes, servidores docentes e técnicos, e da sociedade, dos movimentos sociais. Queremos todos integrados nessa discussão. O combate ao racismo é papel de toda a sociedade e um compromisso desta gestão”, disse a pró-reitora.

Segundo a diretora de Ações Afirmativas e Equidade da UFSC, Marilise Sayão, a Política abordará questões referentes às diferentes formas pelas quais o racismo deverá ser enfrentado institucionalmente, com a previsão de monitoramento e avaliação permanente dessas ações,   como devem ser feitos os registros das de denúncias de racismo, a caracterização do que se configura como ato e prática de racismo, bem como o acolhimento das vítimas, afirma.

>> Confira a programação da primeira semana do Novembro Negro UFSC
>> Conselho Universitário aprova moção de repúdio a casos de racismo na UFSC

Segundo Marilise, um dos objetivos é fazer um diagnóstico do racismo institucional na UFSC, considerando os diferentes níveis e setores, e agregar as ações de enfrentamento ao racismo institucional. A diretora da Proafe informa que a proposta de resolução normativa passou por adequações solicitadas pela Secretaria de Apoio Institucional (SEAI) da UFSC, inclusive sobre como serão disciplinadas as situações de racismo, de forma preventiva, inclusive.

“Questões referentes às denúncias, bem como do acolhimento às vítimas também precisaram figurar na proposta. Igualmente, as atribuições dos setores e o papel no acompanhamento e apuração das denúncias precisam ser observados, para que estes atuem dentro dos limites permitidos pela legislação. Esses limites também incluem princípios garantidores do devido processo legal e da imparcialidade”, ressalta a gestora.

A proposta regulamenta o enfrentamento ao racismo em todas as suas formas, e inclui estudantes, servidores e terceirizados. “Pensamos em uma proposta que considere uma central de acolhimento às vítimas; a participação estudantil e dos coletivos na construção da proposta; ações de educação e prevenção e a qualificação das instâncias de apuração de denúncias da universidade, com um setor permanente de acompanhamento e controle social da política, após aprovada”, relata.

Uma UFSC verdadeiramente antirracista

As desigualdades no ingresso de pessoas pretas e pardas na UFSC cresceu significativamente nos últimos 15 anos desde a implantação das políticas de ações afirmativas. “Ainda que seja o início de um processo, a presença destes alunos nos cursos de graduação e pós-graduação já estimulam mudanças e discussões que ainda não são familiares para muitos setores da Universidade. Hoje temos um percurso na instituição muito diferente do período anterior às políticas de ações afirmativas, e os conflitos daí derivados, muitos destes manifestados por ações racistas, evidenciam ainda mais o quanto o racismo se estruturou no nosso país e como isto se reflete no meio acadêmico”, reflete a professora Marilise.

“Passamos da senzala para a casa, da casa para a escola, da escola para a sociedade, da sociedade para a universidade. Esses estigmas não se perderam e se manifestam na forma de discriminação e racismo dentro da instituição e isso não pode mais ser tolerado, minimizado, ao contrário, precisa ser combatido. Não se pode mais negar uma estrutura montada desde a época da colonização que é excludente e que precisa ser enfrentada. A universidade deve assumir a existência dessa estrutura, e passar a revê-la, repensá-la”, salienta.

A gestora acredita que para que a UFSC seja efetivamente antirracista, a aprovação desta Resolução é um passo importante. “É nosso dever não só abordar de forma analítica os contextos sociais, históricos e econômicos do racismo, mas enfrentá-los de forma política. Ademais, o reconhecimento do racismo institucional é fundamental para a construção de um pensamento crítico que desconstrua o mito da democracia racial e descortine o pacto narcísico da branquitude. Por isso, a aprovação dessa política será muito importante, porque efetivamente será possível combatermos  práticas discriminatórias e racistas no âmbito institucional; criarmos programas de acolhida e acompanhamento psicológico; pensar em currículos que ampliem o direito antidiscriminatório e a abordagem de temáticas étnico-raciais; vislumbrar uma compliance antirracista, que seja responsável pela fiscalização e garantia de políticas e posicionamentos internos efetivos para a prevenção e combate dos racismos; e, por fim, a formação de servidores que combatam posturas racistas. Uma política como esta, se for aprovada, mostrará à comunidade acadêmica, e à sociedade, que a UFSC não só não tolera, como enfrenta e combate o racismo”, conclui.

Notícias da UFSC

Tags: antirracismoNovembro Negro

Programação do mês da Consciência Negra na UFSC começa na segunda-feira

25/11/2021 15:53

Novembro Negro e o enfrentamento ao racismo institucional é o mote dos dois dias de programação da Universidade Federal de Santa Catarina em alusão ao mês da Consciência Negra. As atividades contarão com transmissão pelo canal do Youtube da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (SAAD). As inscrições devem ser feitas via formulário.

Com essa agenda, a Coordenadoria de Relações Étnico Raciais e Diversidades (COEMA), recentemente criada, promove sua primeira ação pública junto à comunidade universitária, com dois dias de ação articulada e multicampi, para fortalecer coletivamente o trabalho de enfrentamento ao racismo institucional.

No dia 29, a coordenadoria será apresentada, com um panorama histórico da luta antiracista na UFSC (o protagonismo dos coletivos negros), apresentação das ações nos campi e diálogo sobre articulação institucional no enfrentamento ao racismo contra estudantes.

Já no dia 30, haverá um diálogo com a autora Jeruse Romão sobre a obra Antonieta de Barros: Professora, escritora, jornalista, primeira deputada catarinense e negra do Brasil e um debate sobre o papel da universidade para o povo preto – entre avanços e desafios.

Confira a programação
ATIVIDADE 1: Enfrentamento ao racismo institucional: aquilombar para avançar!
Dia 29/11 14h30
Atividade ampliada com convidados de movimentos sociais, estudantes, docentes, TAEs e gestores.
Apresentação da COEMA/SAAD UFSC
Panorama histórico da luta antiracista na UFSC (o protagonismo dos coletivos negros)
Apresentação das ações nos campi da UFSC
Diálogo sobre articulação institucional no enfrentamento ao racismo contra estudantes.

ATIVIDADE 2: Resistências negras nos espaços de poder: o legado de Antonieta de Barros
Dia 30/11 – 14h30 pelo canal do YouTube da SAAD.
Diálogo com a autora Jeruse Romão sobre sua obra “Antonieta de Barros: Professora, escritora, jornalista, primeira deputada catarinense e negra do Brasil” feito por Zâmbia Osório dos Santos (Professora e doutoranda em Educação na UFSC/Grupos Literalise e Alteritas).

ATIVIDADE 3: O papel da universidade para o povo preto – entre avanços e desafios.
Mesa redonda com Docentes e Estudante sobre os desafios atuais no ensino superior.
30/11 – 18h30 pelo canal do YouTube da SAAD.
Profª Drª Francis Tourinho – Secretária de Ações afirmativas da UFSC
Profª Ms Andreia de Sousa – Docente em Biblioteconomia e membro do NEAB/UDESC
Joyce Santos – Graduanda do Curso de Serviço Social da UFSC e membro do Coletivo Magali

Mais eventos

Em Curitibanos o Coletivo Curitiblack promove a atividade de semana da consciência negra “Reparação e Exaltação”. Em Araranguá,  GT PróNEABI-ARA, criado recentemente no campus, realiza o 1º Seminário de estudos afro-brasileiros, indígenas, quilombolas e de ações afirmativas do Campus Araranguá. Também o Grupo Alteritas promoveu, no dia 9, uma live de abertura de seus estudos sobre Beatriz Nascimento e segue divulgando as ações do mês por meio de suas mídias sociais.

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Pesquisadora mapeia trajetórias negras e racismos na infância
Professora leva temática antirracista em projetos de extensão para assistentes sociais

Notícias da UFSC

Tags: coemaDia da Consciência NegraNovembro Negrosaad

UFSC terá programação no mês da Consciência Negra

18/11/2021 10:12

Novembro Negro e o enfrentamento ao racismo institucional é o mote dos dois dias de programação da Universidade Federal de Santa Catarina em alusão ao mês da Consciência Negra. As atividades contarão com transmissão pelo canal do Youtube da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (SAAD). As inscrições devem ser feitas via formulário.

Com essa agenda, a Coordenadoria de Relações Étnico Raciais e Diversidades (COEMA), recentemente criada, promove sua primeira ação pública junto à comunidade universitária, com dois dias de ação articulada e multicampi, para fortalecer coletivamente o trabalho de enfrentamento ao racismo institucional.

No dia 29, a coordenadoria será apresentada, com um panorama histórico da luta antiracista na UFSC (o protagonismo dos coletivos negros), apresentação das ações nos campi e diálogo sobre articulação institucional no enfrentamento ao racismo contra estudantes.

Já no dia 30, haverá um diálogo com a autora Jeruse Romão sobre a obra Antonieta de Barros: Professora, escritora, jornalista, primeira deputada catarinense e negra do Brasil e um debate sobre o papel da universidade para o povo preto – entre avanços e desafios.

Confira a programação
ATIVIDADE 1: Enfrentamento ao racismo institucional: aquilombar para avançar!
Dia 29/11 14h30
Atividade ampliada com convidados de movimentos sociais, estudantes, docentes, TAEs e gestores.
Apresentação da COEMA/SAAD UFSC
Panorama histórico da luta antiracista na UFSC (o protagonismo dos coletivos negros)
Apresentação das ações nos campi da UFSC
Diálogo sobre articulação institucional no enfrentamento ao racismo contra estudantes.

ATIVIDADE 2: Resistências negras nos espaços de poder: o legado de Antonieta de Barros
Dia 30/11 – 14h30 pelo canal do YouTube da SAAD.
Diálogo com a autora Jeruse Romão sobre sua obra “Antonieta de Barros: Professora, escritora, jornalista, primeira deputada catarinense e negra do Brasil” feito por Zâmbia Osório dos Santos (Professora e doutoranda em Educação na UFSC/Grupos Literalise e Alteritas).

ATIVIDADE 3: O papel da universidade para o povo preto – entre avanços e desafios.
Mesa redonda com Docentes e Estudante sobre os desafios atuais no ensino superior.
30/11 – 18h30 pelo canal do YouTube da SAAD.
Profª Drª Francis Tourinho – Secretária de Ações afirmativas da UFSC
Profª Ms Andreia de Sousa – Docente em Biblioteconomia e membro do NEAB/UDESC
Joyce Santos – Graduanda do Curso de Serviço Social da UFSC e membro do Coletivo Magali

Mais eventos

Em Curitibanos o Coletivo Curitiblack promove a atividade de semana da consciência negra “Reparação e Exaltação”. Em Araranguá,  GT PróNEABI-ARA, criado recentemente no campus, realiza o 1º Seminário de estudos afro-brasileiros, indígenas, quilombolas e de ações afirmativas do Campus Araranguá. Também o Grupo Alteritas promoveu, no dia 9, uma live de abertura de seus estudos sobre Beatriz Nascimento e segue divulgando as ações do mês por meio de suas mídias sociais.

Notícias da UFSC

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