Projeto de extensão da UFSC Blumenau leva ciência para escola de educação básica no município

19/06/2017 18:38

O primeiro ciclo de oficinas do projeto de extensão Ciência Itinerante na Escola, coordenado pela Professora Dra. Leila Procópia do Nascimento, do Centro UFSC Blumenau, encerrou no dia 9 de junho. O objetivo foi possibilitar aos estudantes da educação básica da rede pública a apropriação de conceitos, conteúdos e noções básicas de Química e Matemática, por meio de pequenas experiências científicas. Neste semestre a escola participante foi a EEB Dr Max Tavares D’Amaral, localizada no bairro Itoupava Norte, em Blumenau.

A coordenadora do projeto considerou que a ação teve um impacto muito positivo. Ao final de três dias de oficinas foram atendidas 24 turmas da escola, com uma média de 30 estudantes cada turma. Isso totaliza um alcance de cerca de 720 estudantes por semestre. Para a professora os benefícios do projeto de desdobram tanto na comunidade escolar, como na comunidade acadêmica: "de um lado, temos nossos estudantes de graduação, futuros professores, passando pela experiência didática e conhecendo ainda mais o espaço de sua futura profissão. Por outro, temos a escola e seus estudantes experimentando uma aproximação com alguns temas científicos – relacionados ao conteúdo escolar e ao conhecimento cotidiano", avaliou.

A curiosidade despertada durante as oficinas também se reflete na escolha da futura profissão. Os estudantes dos últimos anos do Ensino Médio, que se encontram na expectativa do vestibular, tiveram a curiosidade despertada pelos cursos ofertados na Universidade Federal de Santa Catarina no município. "Só tenho à agradecer a 15ª GERED – SED e à equipe da referida escola pela acolhida e aos bolsistas voluntários que não mediram esforços para fazer este lindo projeto acontecer”, afirmou a Profª Leila.

O projeto de extensão Ciência Itinerante na Escola conta com a parceria da 15ª GERED - SED e de seis bolsistas voluntários, estudantes dos cursos de Licenciatura em Química e Licenciatura em Matemática da UFSC Blumenau. As oficinas acontecem em três datas diferentes a cada semestre, atendendo uma escola neste período e de forma itinerante para as demais escolas.

Veja as fotos abaixo.

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Bolsitas Voluntários (estudantes da UFSC Blumenau)
Charles Machado (Licenciatura em Química)
Paola Stéfany Maass (Licenciatura em Química)
Rhaisa Gazola Pezzi Verlindo (Licenciatura em Química)
Susan Michelle Stolf Stuhlert (Licenciatura em Química)
Ana Luiza Evaristo (Licenciatura em Química)
Edionara Bachmann (Licenciatura em Matemática)

Entidades envolvidas: 15a GERED Blumenau
Informações e contato: 

(Comunicação UFSC Blumenau)

Tags: educaçãoensinoescolaExtensão

LabCTI desenvolve protótipo de aquaponia

07/06/2017 19:48

Alguns projetos nascem de uma indagação, outros para suprir alguma necessidade. Mas há aqueles que curiosamente iniciam da teimosia. Dirigida para uma finalidade criativa, ela pode render bons resultados. Ao menos é o que tem demonstrado o Professor Marcio Loos e a equipe do Laboratório de Ciência, Tecnologia e Inovação (LabCTI), do campus Blumenau.

Quando tinha doze anos, Loos encasquetou com uma ideia: queria ter um lago no terreno de em casa. Nem a negativa repetida dos pais impediu que um dia o pegassem com a enxada em mãos, cavando um buraco para, enfim, dar cabo do intento. “Aí não teve outro jeito, tiveram que me deixar fazer o lago”, lembra o professor rindo. Ainda antes de entrar na universidade, trabalhando para juntar o dinheiro que o possibilitaria cursar o primeiro semestre da faculdade de Física escondido dos pais, o professor Loos entrou em contato com o universo da piscicultura ao trabalhar em um “pesque e pague”.

Dessas experiências aparentemente desconexas do cotidiano atual do docente, que há três anos leciona na UFSC Blumenau, surgiu a ideia de montar, em laboratório, um protótipo acessível ao público que integrasse peixes e plantas, possibilitando o cultivo de chás e temperos em escala doméstica. O projeto de montagem de um sistema de aquaponia mobiliza uma equipe de vinte pessoas no LabCTI, formada por alunos de graduação do campus Blumenau e bolsistas de ensino médio (PIBIC EM). Iniciado em agosto de 2016 ele deve ser finalizado em julho deste ano.

Mas afinal, o que é aquaponia?

A aquaponia é uma técnica que conjuga práticas da hidroponia e da aquicultura. Ela consiste em um ciclo no qual a água utilizada em um aquário é bombeada para uma horta acima do nível do viveiro. Assim a água com nutrientes proveniente dos peixes é levada para a cama de cultivo onde as plantas absorvem esses nutrientes e fazem um processo de filtragem. Esta água filtrada retorna ao aquário, fazendo com que o ciclo continue (ver imagem).

A utilização de peixes, além de fornecer nutrientes para as plantas, gera um complexo sustentável e eficiente. A economia de água pode chegar a 90% em relação à agricultura convencional e ainda eliminar completamente a liberação de resíduos no meio ambiente, pois se trata de um sistema fechado. Economicamente, a aquaponia tem um custo de implantação mais baixo se comparado à hidroponia, possibilita uma produtividade elevada em pequenos espaços, diversificação na produção, dispensa o uso de defensivos agrícolas e pode ser instalada em centros urbanos e, até mesmo, em zonas com pouca disponibilidade de água doce.

A tecnologia já é utilizada na Comunidade Europeia, México, Austrália e Ásia Oriental. No Brasil, a Embrapa tem investido, desde 2014, em estudos para implantação de sistemas de aquaponia, com destaque para projetos desenvolvidos em Sergipe.

 

Tentativas, erros e acertos

Para auxiliar no projeto piloto da UFSC, o professor Loos entrou em contato com o Engenheiro de Aquicultura Marcos Nicolás Blum, referência na área em Santa Catarina, para obter as orientações básicas. Logo após, cada etapa foi delegada a grupos menores entre os integrantes do projeto no LabCTI - pesquisa da melhor forma de iluminação, criação do sistema de bombeamento e filtragem de água, mapeamento das espécies de peixes, plantas e até mesmo a construção de um sistema automatizado para fornecer a ração periodicamente aos animais.

Na entrada do bloco B da Sede Acadêmica encontra-se um dos protótipos em atividade. Nas primeiras tentativas, utilizaram-se tilápias nos tanques de piscicultura. Porém, devido ao tamanho atingido pelo peixe na fase adulta, foi feita a troca por lambaris. As espécies comerciais de aquário não são indicadas para a atividade por serem muito sensíveis a variações de temperatura e pH. Na prancha de cultivo vegetal há variedades como alface, cebolinha, manjericão e hortelã.

Periodicamente os bolsistas monitoram a qualidade da água, a quantidade de sais, amônia, oxigênio e a adaptação dos animais e plantas ao ambiente. Quando questionados (as) sobre o principal problema já encontrado durante a construção do sistema, os (as) bolsistas Mariana Pontara, Maria Clara Lima, Gabriel Schmdit e Pedro Bernardo foram unânimes: “Logo no início todos os peixes morreram” lembraram em tom tragicômico. Outro instrumento que demandou várias tentativas durante a construção foi o chamado copo de Pitágoras, responsável por manter constante o nível da água armazenado na cama de cultivo. Conseguir o diâmetro ideal foi um dos desafios para fazer com que a peça funcionasse de modo adequado.

Para automatizar o fornecimento periódico de ração aos peixes e o controle de iluminação artificial, a bolsista Gabriela Antunes está utilizando o Arduino, uma plataforma de prototipagem eletrônica, para programar essas funcionalidades. Como o projeto prevê um modelo de aquaponia doméstico, a proposta é tornar o sistema o mais autônomo possível.

Aprendizado além da sala convencional

Com uma equipe heterogênea e horários variados de trabalho, é preciso manter uma boa sintonia em laboratório para evitar o retrabalho dentro do projeto. Para isso, os (as) alunos (as) mantém um “diário de bordo” online onde são descritas as atividades do dia e relatórios. Assim garante-se uma continuidade na rotina. “Para os (as) bolsistas é uma boa oportunidade para desenvolver o senso de organização, o espírito de trabalho em equipe, além de instiga-los (as) a achar soluções para os problemas que são encontrados pelo caminho”, explica o professor Loos.

Como monitores da equipe atuam os graduandos Diogo Guimarães da Silva (Engenharia Têxtil), Igor Vinícius de França (Licenciatura em Química) e Gabriel Henrique Dal­ Ri (Engenharia de Materiais). Entre os (as) bolsistas de ensino médio, engana-se quem acha que apenas aqueles com afinidade com a área de exatas e biológicas se interessam pelas atividades. Mariana quer fazer vestibular para Publicidade e Propaganda. Seus demais colegas de equipe – entre uma indecisão aqui outra ali – flertam mais com as engenharias.

Para as disciplinas escolares, a vivência no laboratório ajuda a estabelecer paralelos entre prática e teoria. Os bolsistas afirmam que os conteúdos de biologia e física começaram a fazer mais sentido depois de verem as aplicações conceituais se desenrolando ao longo das atividades. Uma coisa é certa: independente da área profissional almejada pelos futuros universitários, as habilidades proporcionadas pela experiência certamente servirão para a vida.

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Para saber mais

Embrapa: https://www.embrapa.br/tabuleiros-costeiros/projetos

Canal Rural: http://www.canalrural.com.br/noticias/rural-noticias/aquaponia-economiza-agua-usada-producao-65949

(Camila Collato/Comunicação UFSC Blumenau)

Tags: aquaponiaExtensãohidroponialabctiPesquisapibicpisciculturaprojeto

PROEX lança edital para cursos de inverno em inglês

24/05/2017 13:47

A Pró-reitoria de Extensão da UFSC  e a Secretaria de Relações Internacionais (SINTER) divulgaram, nessa terça-feira (23/5), edital para a apresentação de propostas de Cursos de Extensão de Inverno, ministrados em inglês, a serem desenvolvidos entre os meses de julho e agosto de 2017. O edital tem como objetivo apoiar a institucionalização de até 10 (dez) cursos destinados à ampla concorrência dos Departamentos de Ensino.

Os cursos serão organizados na modalidade semipresencial, com carga horária de 36 horas, realizados preferencialmente em uma semana intensiva para facilitar a participação de membros externos à UFSC. Também poderão ser desenvolvidas 7 horas de atividades à distância.

Poderão ser proponentes coordenadores dos cursos docentes capazes de ministrar os cursos integralmente em língua inglesa, sendo que a equipe pode contemplar técnicos-administrativos, estudantes e membros externos conforme critérios descritos no edital. O período de inscrição das propostas se estende de 29 de maio a 09 de junho. O resultado final será divulgado no dia 20 de junho.

 

Tags: CursosExtensãoproex