UFSC Blumenau realiza doação de almofadas à Rede Feminina de Combate ao Câncer

15/08/2019 16:09

Moldes das almofadas são disponibilizados online para incentivar sua produção - clique aqui

Aproveitar resíduos têxteis para criar novos produtos já é um trabalho bem interessante, né? Evita o descarte desses materiais no meio ambiente e contribui para a sustentabilidade do planeta. Imagina então se esse novo produto for algo para levar um pouco de conforto a pacientes com câncer de mama em tratamento?

Essa foi a ideia da estudante Adriana Eidt, bolsista voluntária do projeto de extensão “O lixo que vira luxo: utilização de retraços têxteis para elaboração de novos produtos”, coordenado pela professora Grazyella Cristina Oliveira de Aguiar. Juntas, elas confeccionaram 25 almofadas em formato de coração que foram doadas à Rede Feminina de Combate ao Câncer de Blumenau na última quarta-feira, 14 de agosto.

Adriana conta que a ação foi inspirada na campanha “Doe um coração e ajude mulheres com câncer de mama”, criada pela designer Carol Viana. No site eduK, plataforma de cursos on-line, ela ensina como confeccionar almofadas em formato de coração para ajudar mulheres que se recuperam da mastectomia, que é a cirurgia de retirada da mama. “Achei super bacana, pois minha mãe tem câncer há 25 anos e sempre fico atenta nos projetos que surgem sobre a temática”, conta a estudante.

As peças foram confeccionadas no Laboratório de Desenvolvimento de Produtos Têxteis (LDPT) da UFSC Blumenau, utilizando resíduos têxteis doados por empresas da região. “O objetivo da almofada é dar um pouco de conforto e carinho para as pacientes que estão passando pelo tratamento”, explica a professora Grazyella. A almofada é uma importante aliada das pacientes no período pós-operatório, principalmente para dormir, facilitando o posicionamento do braço da maneira correta, o que minimiza as dores musculares.

A RFCC de Blumenau contabiliza mais de 260 mil atendimentos e 87 mil pacientes cadastradas

Adriana foi aluna do curso de Engenharia Têxtil do Campus Blumenau em 2018. Atualmente está concluindo o curso de Antropologia, no Campus Florianópolis da UFSC. “Já estou no TCC, e posteriormente pretendo voltar para a Engenharia Têxtil. Pra mim foi uma grande satisfação, pois sei como é importante para essas mulheres terem algum apoio na doença, o mínimo que seja. Mais pra frente queremos fazer mais corações, movimentar outros estudantes voluntários e escrever bilhetinhos para entregar às pacientes junto com o coração”, revela a estudante.

Saiba mais

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é o tipo da doença mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. Ele é causado pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor.

O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso satisfatórias. Caso a doença seja diagnosticada na fase inicial, a chance de cura é superior a 90%, por isso a necessidade frequente de fazer o autoexame e realizar a mamografia. A recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) é que as mulheres façam o exame a partir dos 40 anos de idade. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a faixa dos 50 aos 69 anos é definida como público prioritário para a realização da mamografia, segundo normas da Organização Mundial da Saúde (OMS), seguidas pelo Ministério da Saúde.

(Daiana Martini/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau, com informações Grazyella Aguiar e Inca)

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