Estudantes criam tabela periódica acessível em 3D na disciplina de Educação Especial

30/06/2023 13:03

Na última quarta-feira, 28 de junho, os alunos da disciplina de Educação Especial, ministrada pela professora Fabiana Schmitt Corrêa, apresentaram uma tabela periódica acessível em 3D como projeto de PCC (Práticas como Componente Curricular). O resultado apresentado é fruto de todo o conhecimento adquirido ao longo do semestre.

O projeto teve como objetivo a produção de uma tabela periódica para atender as necessidades de pessoas com deficiência, tais como a cegueira/baixa visão, surdez e deficiência intelectual e física, incluindo também pessoas com transtorno do espectro autista. Na tabela, cada elemento possui informações de suas particularidades, apresentando uma organização em cores, fontes grandes, símbolos na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e no braille. Cada elemento também conta com um QRcode que leva a audiodescrição do elemento com todas as informações contempladas no cubo.

Lucas Gonçalves, idealizador do projeto e estudante da 7ª fase do curso de Licenciatura em Química, conta que teve a ideia depois que apresentou um trabalho no XXI Encontro Nacional de Ensino de Química (Eneq 2023), realizado em março deste ano. "Lá eu pude ver o que estava sendo produzido no Ensino de Química, porém vi a carência dos materiais incluírem e assistirem mais pessoas com deficiências distintas. Então, inspirado nos trabalhos que vi lá e em uma tabela que a Universidade Federal de Brasília produziu, resolvi propor a ideia para a minha turma, que abraçou o projeto e juntos conseguimos fazer um lindo trabalho colaborativo, com foco na inclusão e acessibilidade", relata.

Ao todo, 21 alunos colaboraram com o projeto. A tabela periódica acessível 3D ficará em exposição nos eventos dos cursos de Química da UFSC Blumenau e poderá ser utilizada pelos licenciandos para dar aulas. "Temos como objetivo agora divulgar nosso trabalho em eventos científicos e nas escolas para promover a inspiração para que mais tabelas como essa sejam produzidas e espalhadas pelo nosso estado, em escolas públicas e particulares", conclui Lucas.

A disciplina de Educação Especial é obrigatória para alunos dos cursos de Licenciatura, mas estudantes de todos os cursos podem cursá-la como optativa.

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau
Fotos: Richard Kauê Schubert

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Núcleo Pedagógico promove evento sobre acessibilidade dia 25 de abril

17/04/2023 13:39

No dia 25 de abril, o Núcleo Pedagógico (NuPe) da UFSC Blumenau promove um evento com o tema “Diálogos sobre deficiência e acessibilidade: modelos de compreensão da deficiência e as dimensões de acessibilidade". O encontro acontece a partir das 17h, no Auditório Professor Fernando Ribeiro Oliveira, e contará com a presença da professora Luana Tillmann, do Instituto Federal Catarinense (IFC).

Os principais tópicos abordados serão: modelos de compreensão da deficiência e os impactos na prática pedagógica; conceito de acessibilidade e as possibilidades de oferta no processo de ensino e aprendizagem; e noções introdutórias sobre o Desenho Universal para Aprendizagem (DUA). Os participantes receberão certificado de 4h, sendo 2h de encontro presencial e 2h de leituras complementares (links abaixo).

Para fazer sua inscrição, clique aqui.

Leituras complementares

BOCK, G. L. K.; NUERNBERG, A. H. As concepções de deficiência e as implicações nas práticas pedagógicas. In: VIII Congresso de Educação Básica. Anais do VIII COEB, Florianópolis. 2018. p. 1-10.
SASSAKI, R. K. Inclusão: acessibilidade no lazer, trabalho e educação. Revista Nacional de Reabilitação (Reação), São Paulo, Ano XII, mar./abr. 2009. p. 10-16.

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau

Tags: acessibilidadeeventoinscrições abertasNúcleo PedagógicoNUPE

Projeto lança site sobre acessibilidade e inclusão digital de pessoas com autismo

15/06/2022 09:20

O projeto de extensão Acessibilidade e inclusão digital: a dinâmica no uso de games e aplicativos móveis por crianças autistas lançou um site para divulgação de atividades e conteúdos voltados à acessibilidade e inclusão digital de pessoas com autismo. O projeto é coordenado pela professora Cristina Luz Cardoso, do Departamento de Engenharia de Controle, Automação e Computação da UFSC Blumenau.

O site traz diversos materiais para consulta, como cartilhas sobre direitos e orientações aos pais, campanhas de conscientização e notícias sobre o tema, além de links úteis. O projeto busca fomentar a promoção dos princípios de ética, solidariedade e cidadania, na perspectiva inclusiva de atenção às pessoas com deficiência na UFSC, em especial no Campus Blumenau. Além disso, espera-se incentivar outras ações de extensão, estudos, pesquisas e projetos que abordem a acessibilidade digital para pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A professora Cristina conta que a idealização do projeto de extensão veio de uma pesquisa. “A ideia surgiu durante o desenvolvimento do projeto de pesquisa Fatores estéticos no design de interfaces gráficas de aplicativos móveis: uma abordagem User Experience. Neste projeto, houve a necessidade de aproximação com instituições para o entendimento da dinâmica no uso de aplicativos móveis por crianças com TEA”, conta.

Página inicial do site

Segundo a professora, tecnologias computacionais, em especial aquelas relacionadas a aplicativos móveis, vêm sendo utilizadas largamente para apoio aos interesses e habilidades de crianças com TEA. “Considerando que elas sofrem com dificuldades de interação social, observa-se que o uso de games e aplicativos móveis propicia o avanço no tratamento além de ambientes clínicos, incluindo o cotidiano familiar e escolar”, explica a professora.

Por meio de imagens, desenhos, jogos de associação e atividades do cotidiano, é possível estimular a comunicação, aumentando a confiança da criança com TEA e, consequentemente, melhorando sua qualidade de vida. “O uso de dispositivos móveis acontece sem restrições de horário ou espaço específicos, e as tarefas e atividades oferecidas pelos games possuem uma conexão com o mundo real e imaginário, permitindo à criança com TEA expandir o contato real com outras pessoas, reforçando vínculos afetivos e a interação social”, avalia a coordenadora.

O projeto foi selecionado no Programa Probolsas da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e conta com a participação dos bolsistas Alexandre Pereira Vega e Rodrigo Laffront, estudantes do curso de Engenharia de Controle e Automação da UFSC Blumenau. O projeto agora está em fase de prospecção de instituições e associações para futuras parcerias. “Serão estudados os principais métodos e recomendações adotadas para aproximação com a criança autista e a dinâmica dela em suas experiências com games em aplicativos móveis”, completa a professora Cristina.

Para acompanhar as atualizações do site, acesse acessibilidadeinclusaodigital.paginas.ufsc.br.

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau

Tags: acessibilidadeExtensãoinclusão digitalsiteTEATranstorno do Espectro Autista

Campus Blumenau é parceiro na realização da Semana Inclusiva SC 2021

14/09/2021 17:27

O Campus Blumenau da UFSC, por meio do Núcleo de Educação na Perspectiva das Tecnologias e Alteridade (Nepta), é um dos parceiros na realização da Semana Inclusiva Santa Catarina 2021, evento que tem como objetivo criar um movimento sobre acessibilidade, diversidade, cuidado, bem-estar e inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Este ano, o evento será totalmente on-line, com transmissão pelo YouTube.

De 21 a 23 de setembro, serão realizados eventos virtuais que abordarão temas como Diversidade e Inclusão; Cuidado e Bem-Estar; Esporte e Lazer; Trabalho e Emprego; Novas tecnologias; e Novas linguagens e Acessibilidade. Já no primeiro dia do evento, acontece o Dia D - Feirão de Empregos.

Nesta quinta-feira, 16 de setembro, das 14h às 16h, será realizado um pré-evento, denominado Sensibilização, que tem por objetivo orientar o empregador sobre a necessidade do cumprimento do art. 93 da lei 8.213/91, que reserva uma parte das vagas em empresas com mais de 100 funcionários a beneficiários do INSS e pessoas com deficiência. Durante a Sensibilização, os empregadores também receberão orientações de como é possível, por meio da Semana Inclusiva, encontrar mão de obra qualificada para preenchimento dessas vagas.

De acordo com o Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT), atualmente quase 2 mil empresas de SC se enquadram nesta lei e apenas 54,71% das vagas estão preenchidas. Esse percentual vem aumentando gradativamente desde 2015, quando o primeiro Feirão de Empregos - que deu origem a Semana Inclusiva - foi realizado.

É possível participar do evento como beneficiário do INSS ou pessoa com deficiência, como representantes de empresas (empregadores) ou também como pessoa interessada no evento. Para fazer sua inscrição, clique aqui.

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau, com informações do Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT)

Tags: acessibilidadeempregoExtensãoinclusãoSemana Inclusiva

Entidades entregam Carta Compromisso pela Acessibilidade aos candidatos à prefeitura de Blumenau

30/11/2020 20:35

(Foto: Guilherme Santos)

Um movimento da sociedade civil encabeçado pela Sociedade Cultural Amigos do Centro Braille de Blumenau (ACBB) e que contou com a participação de diversas pessoas e entidades ligadas à deficiência, resultou na entrega de uma Carta Compromisso pela Acessibilidade aos então candidatos à prefeitura da cidade de Blumenau, João Paulo Kleinübing e Mário Hildebrandt, na última quarta-feira (25/11). O documento, formulado coletivamente, elenca as principais demandas das pessoas com deficiência, no que tange à superação das barreiras existentes na cidade para a participação plena e efetiva desses cidadãos em igualdade de condições com as demais pessoas.

Inicialmente, divulgou-se um formulário de pesquisa com tradução em LIBRAS, em que as pessoas com e sem deficiência puderam fazer um diagnóstico da acessibilidade em Blumenau, pontuando suas principais dificuldades no que tange aos aspectos arquitetônico, urbanístico, de acesso à comunicação e à informação, nos transportes e nas atitudes discriminatórias. A partir daí, as quase sessenta respostas ao formulário foram sistematizadas, resultando na escrita de um documento contendo as principais reivindicações apontadas pelos participantes.

Assinam a carta a Associação dos Cegos do Vale do Itajaí (Acevali), Sociedade Cultural Amigos do Centro Braille de Blumenau, Associação de Paradesporto Escolar de Blumenau, Associação dos Surdos de Blumenau (ASBLU), Universidade Federal de Santa Catarina - Campus Blumenau (UFSC Blumenau) e Gentes Instituto. A íntegra do documento e as cartas assinadas pelos candidatos podem ser acessados neste link.

As entidades participantes reforçaram sua disponibilidade para com a chefia do Executivo blumenauense, sinalizando a busca pela participação nos espaços decisórios e de gestão de políticas públicas, bem como na fiscalização para efetivação das demandas já existentes.

(Camila Collato/Serviço de Comunicação UFSC Blumenau, com informações das entidades participantes)

Tags: acessibilidadeblumenaueleições

Coronavírus: projeto da UFSC Blumenau produz vídeos sobre questões têxteis

02/07/2020 15:25

Um projeto divulgação científica inclusiva desenvolvido no campus de Blumenau da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) produziu dois vídeos sobre questões têxteis relacionadas ao coronavírus. O primeiro apresenta dicas de cuidados para evitar o contágio e aborda os tecidos recomendados para a confecção de máscaras, a forma adequada de retirá-las e descartá-las e orientações para a higienização de sapatos, roupas e máscaras.

O segundo vídeo fala sobre a Liga Anti-Máscara, surgida durante a pandemia de gripe espanhola na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos. O movimento do início do século 20 disseminou dúvidas com relação à eficácia do uso de máscaras e acusações contra autoridades. Com consequência, a cidade registrou uma das mais elevadas taxas de contaminação e letalidade de gripe espanhola nos Estados Unidos. Com apresentação de Lucas Luiz Vasselai, estudante da graduação em Engenharia Têxtil da UFSC, ambas as produções contam com janela de Libras e nota explicativa para pessoas com deficiência visual.

Nota explicativa para pessoas com deficiência visual: O vídeo tem início com a frase em caixa alta “Você sabe o que fazer com sua máscara, roupas e calçados? Dicas sobre cuidados têxteis para evitar o contágio”. O vídeo contém imagens ilustrando cada uma das dicas mencionadas pelo estudante de engenharia têxtil relacionadas à confecção e ao uso de máscaras caseiras, bem como à higienização de roupas e sapatos no cenário da pandemia de Covid-19. Também há imagens ilustrando a importância do distanciamento físico mantendo-se a gentileza com garotas usando máscaras e fazendo imagens de corações com as mãos, bem como uma imagem de biscoitos usando máscaras, um ponto de doação de máscaras com dizeres atrelados à gentileza e uma estátua de Blumenau em homenagem aos estudantes usando a máscara. Ao final do vídeo, estão as logos relativas aos órgãos oficiais citados, às universidades realizadoras (UFSC e UFRN) e ao Coletivo Colmeia, um dos apoiadores, bem como os créditos com todos os colaboradores do projeto e as referências bibliográficas.

Nota explicativa para pessoas com deficiência visual: O vídeo tem início com a seguinte frase em caixa alta: “Você sabia da existência da Liga Anti-Máscara durante a pandemia de influenza?” O vídeo contém imagens registradas durante a gripe espanhola, no século passado, com relação ao uso de máscara para proteção da população. No canto inferior esquerdo há uma janela com a interpretação de Libras. Ao final do vídeo, surgem algumas imagens com orientações do Ministério da Saúde durante a pandemia de Covid-19, bem como as logos relativas aos órgãos oficiais citados, os créditos com todos os colaboradores do projeto e as referências bibliográficas, sendo o vídeo finalizado com a logo das Universidades realizadoras (UFSC e UFRN) e do coletivo Colmeia, um dos apoiadores do projeto.

Divulgação científica inclusiva 

Os vídeos fazem parte de um projeto inclusivo multidisciplinar de democratização da ciência. “Mais especificamente, os dois vídeos divulgados referem-se ao campo da Engenharia Têxtil em sua interface com a saúde e a efetivação dos Direitos Humanos. É fundamental a importância da divulgação de materiais têxteis adequados para a fabricação de máscaras, bem como dos seus cuidados de conservação, colaborando com a proteção do(a) usuário(a)”, comenta a professora da UFSC Blumenau Renata Orlandi, uma das coordenadoras da ação.

A docente ressalta ainda a relevância da acessibilidade dos materiais: “todos têm direito de acesso à ciência e de assim tomarem decisões conscientes com relação à sua saúde”. Além de Renata, coordenam a ação as professoras da UFSC Blumenau Catia Rosana Lange de Aguiar e Fernanda Steffens e o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Francisco Claudivan da Silva. Contribuiu, ainda, a estudante de Licenciatura em Química Natasha Hempkemeyer.

O projeto também produz vídeos sobre a Covid-19 para crianças. Todos os materiais são publicados no canal da UFSC Blumenau no Youtube.

(Fonte: Notícias UFSC)

Tags: acessibilidadeCoronavírusCovid-19Engenharia Têxtilinclusãoprevenção

Professora lança canal no YouTube que ensina Libras para ouvintes

18/06/2020 14:16

A professora da UFSC Blumenau Fabiana Schmitt Corrêa lançou um canal no YouTube intitulado Um Sinal de Inclusão, onde ensina a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para ouvintes. A ideia surgiu nesse momento de distanciamento social, provocado pela pandemia do novo coronavírus, para divulgar a língua e informações sobre a comunidade surda.

Fabiana explica que os temas dos vídeos são pensados para a comunicação do cotidiano, como saudações, contexto de alimentação, animais e lugares públicos de Blumenau. No entanto, o canal está aberto para sugestões. “Estamos sempre observando os comentários dos vídeos para suprir os interesses das pessoas que acompanham o canal. Foram solicitados temas referentes aos espaços e utensílios de casa e já estamos providenciando esse vídeo”, revela.

Além de ensinar os sinais para a interação cotidiana, os vídeos também trazem curiosidades referentes à língua e apresentam o uso da gramática. Para ajudar na elaboração dos vídeos, a professora conta com a bolsista voluntária Morgana Aline Voigt, formada no curso de Licenciatura em Química da UFSC Blumenau e atualmente aluna do mestrado em Nanociência, Processos e Materiais Avançados, também no Campus Blumenau.

Fabiana conta que atualmente ainda é comum que familiares de pessoas surdas se sintam inseguros sobre o uso da Libras. “A difusão da língua de sinais e a apresentação da cultura surda à sociedade promove a aproximação entre pessoas surdas e ouvintes, rompendo a barreira comunicacional e atitudinal. Esperamos que esse projeto amplie o conhecimento das pessoas e elimine o preconceito referente à Libras”, completa a professora.

O canal faz parte do projeto de extensão "Libras: comunicação e informação", coordenado pela professora Fabiana. Além do canal para difusão da língua, o projeto inclui ainda a tradução dos boletins sobre o coronavírus emitidos pela Prefeitura de Blumenau.

(Daiana Martini/Comitê de Comunicação UFSC Blumenau)

Tags: acessibilidadeExtensãoinclusãoLIBRAS
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